Aumento de casos de dengue coloca saúde de Foz em alerta

Foz do Iguaçu contabiliza no momento 2.800 casos notificados de dengue e mais de 130 confirmados. Os dados são da Secretaria Municipal da Saúde e referem-se ao ano epidemiológico 2022/2023.

Conforme o último Levantamento Rápido de Índices de Aedes aegypti, o LIRAa, feito no início de novembro, a propagação da doença cresceu bastante nos últimos meses, um fato que preocupada as autoridades de saúde.

Frente a isso, a prefeitura intensificou as vistorias nos locais com maior índice de infestação do mosquito. A Semana Nacional de Mobilização de Combate à Dengue, que começou na segunda-feira (21), segue até o sábado (26).

“Os índices entomológicos estão altos e temos um número elevado de notificações para este período. Estamos atuando em parceria com as equipes da Atenção Primária e das secretarias de Obras, Fazenda e Meio Ambiente, para que tenhamos uma ação efetiva e com redução do número de casos da doença”, afirmou a supervisora técnica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Renata Defante Lopes.

Os Agentes de Combate às Endemias percorrerão quatro regiões da cidade: nos bairros Portal da Foz (Leste); Jardim Colombelli e Conjunto Sol de Maio (Nordeste); Vila C nova (Norte) e Conjunto Bubas (Sul).

Nas visitas serão realizadas orientações, vistorias aos quintais e busca ativa de pessoas sintomáticas para arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya. Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, foram instaladas caçambas para o descarte correto de materiais inertes.

A secretária de Saúde de Foz, Jaqueline Tontini, reforça o pedido para a conscientização da população em manter os cuidados com a limpeza dos quintais. Situações irregulares, como terrenos baldios abandonados ou residências com focos aparentes, podem ser denunciadas pela plataforma eOuve, da Central 156 e pelo telefone 156.

“O combate à dengue é uma missão de todos. A Prefeitura está fiscalizando e visitando todas as residências, mas é preciso que os moradores tenham a responsabilidade e contribuam com essa missão para não entrarmos novamente em um cenário de epidemia”, destacou.

Trabalho coletivo

Fátima dos Santos, moradora do Jardim Colombelli, abriu a casa para receber os agentes e ouvir cada uma das dicas. Mesmo com o quintal limpo e livre do mosquito, ela faz questão de sempre recepcioná-los.

“É um trabalho muito importante que eles fazem aqui. Estou sempre cuidando, mas mesmo assim é importante ouvir as informações e saber como posso melhorar”, afirmou.

Para a vizinha de bairro, Neroni Gabriel, o trabalho do CCZ é essencial para relembrar a responsabilidade de cada morador. “Eu sempre cuido do meu quintal, mas esse trabalho precisa ser de todos, então todos nós precisamos ter esse compromisso”, contou.

Atenção aos sintomas da doença

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, variando desde casos assintomáticos a quadros graves, inclusive óbitos. Nos casos sintomáticos pode apresentar três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação.

A primeira manifestação é a febre, geralmente acima de 38°C, de início súbito e com duração de 2 a 7 dias, associada à dor de cabeça, cansaço, dor muscular, dor nas articulações, e dor atrás dos olhos. Com o declínio da febre (entre o 3º e 7º dia do início dos sintomas), grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente. No entanto, alguns podem evoluir para a fase crítica da doença, iniciando com sinais de alarme.

A dengue pode evoluir para remissão dos sintomas, ou pode agravar-se, exigindo constante reavaliação e observação, para que as intervenções sejam oportunas e os óbitos não ocorram.

Da redação / Foto: Thiago Dutra/PMFI

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