Alta nos preços de produtos de Páscoa pressiona orçamento das famílias em Foz
Os consumidores de Foz do Iguaçu enfrentaram uma Páscoa mais cara em 2025. Um levantamento do Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon), da UNILA, apontou aumentos expressivos nos preços dos principais produtos típicos da data, além de uma alta acumulada na cesta básica no primeiro trimestre do ano.
O chocolate ao leite, vendido em barras de 1 quilo, foi um dos produtos que mais subiu: até 76% mais caro em relação à Páscoa de 2024. Ovos de chocolate infantis registraram aumento médio de 18%, enquanto as tradicionais caixas de bombons ficaram até 33% mais caras.
A escalada nos preços é explicada por fatores externos e internos. O relatório do Cepecon aponta que “o aumento nos preços está ligado, principalmente, à alta global nos custos de produção e à queda na oferta de cacau, agravada por questões climáticas”.
Entre os itens tradicionais do cardápio da Semana Santa, o bacalhau em posta teve alta de 15,7%. Já o “peixe tipo bacalhau”, vendido desfiado como opção mais acessível, apresentou queda de 35% no preço.
Cesta básica acumula inflação de 4,67% no trimestre
Além dos produtos sazonais, o custo dos alimentos essenciais também subiu. O boletim de março do IPC-Foz revela que a cesta básica teve inflação de 4,67% entre janeiro e março deste ano. Entre os vegetais, a couve aumentou 59% e a alface, 13%. Entre as frutas, destaque para a laranja, com alta de 27,7%, enquanto o limão teve recuo de 21,3%.
As proteínas de origem animal mostraram forte oscilação. A carne suína ficou 29% mais barata, mas cortes bovinos como patinho e paleta subiram 15,7% e 42,8%, respectivamente. Os ovos foram o item com maior variação: alta de 89,5% no trimestre, impulsionada pelo custo da produção.
Outro produto que pesou no bolso do consumidor foi o café, que subiu 55,7% desde o início do ano. A alta contribuiu para o aumento de 21,5% no subgrupo de bebidas, o maior impacto individual dentro do índice geral.
- Da redação com UNILA