Equipamento que pode detectar dengue através do sopro está sendo testado em Foz

Foz do Iguaçu tornou-se nesta quinta-feira (9) sede de uma pesquisa pioneira que promete detectar casos positivos de dengue de forma ágil. A cidade recebeu uma máquina capaz de identificar a doença por meio do sopro, apresentando os resultados em até três minutos.

O aparelho foi desenvolvido através de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), campus de Foz; e Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

O equipamento foi instalado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) João Samek, no Jardim das Palmeiras. Foz é a primeira cidade do Brasil a avaliar o equipamento e esta testagem deve durar em torno de dois meses.

Nesta fase inicial serão captados resultados com pacientes voluntários, que apresentem sintomas de dengue há pelo menos cinco dias. O objetivo é identificar os compostos na respiração dos pacientes, que estejam presentes em testes positivos da doença.

De acordo com os pesquisadores responsáveis pelos testes, todos os dados coletados serão usados como base para a elaboração do estudo que busca comprovar a eficácia da máquina e torna-la segura para a utilização no sistema público de saúde.

“Vamos conseguir informações detalhadas sobre os princípios da doença e trabalhar para que seja possível aplicar essa solução rápida e segura aos pacientes. Toda pesquisa demanda tempo, mas recebemos todo o apoio possível da Secretaria da Saúde de Foz para que tudo seja feito de forma ágil e traga resultados benéficos”, frisou a pesquisadora Luciana Abraão Pires.

Teste do sofro não substitui exames convencionais

De acordo com a Secretaria da Saúde em Foz, como se trata de uma pesquisa experimental, o teste do sopro não substituirá os exames convencionais para a detecção da dengue, como a prova do laço por exemplo.

Para as pessoas que apresentarem sintomas leves de dengue a recomendação é procurar uma UBS para a realização do exame. O horário de atendimento foi ampliado nas unidades da Vila Yolanda, Profilurb II, Morumbi III, São João e Cidade Nova, de segunda a sexta-feira até 22h, e aos sábados das 16h às 22h.

Cenário de casos

O último levantamento da doença, divulgado na semana passada, mostra que a cidade já tem mais de 600 casos confirmados de dengue, duas mortes e 10,5 mil notificações desde o início do ano epidemiológico, em agosto de 2022.

Por conta disso a prefeitura deu início a um mutirão de limpeza em terrenos baldios e intensificou a vistoria em residências, visando acabar com criadouros do mosquito Aedes aegypti. A região do Porto Meira é a que concentra no momento o maior número de casos positivos da doença, por isto está recebendo uma atenção maior.

A Vigilância em Saúde também monitora os casos de Chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes, que até agora somam 91 notificações e 11 casos confirmados de pessoas residentes na cidade e 47 de não residentes. O município não tem registros de casos de zika vírus.

A principal recomendação é para que as pessoas realizem a limpeza dos quintais e não deixem objetos expostos que possam acumular água. A cidade vive uma situação preocupante no momento e os índices só podem se reduzidos com a colaboração da população.

 

  • Da redação / Foto: Thiago Dutra/PMFI

 

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