No Bico do Corvo
Acabou o Carnaval
Como na música, o que se vê é o povo catando os confetes e serpentinas, olhando para o resto do ano, porque a coisa promete não ser fácil. Os eventos carnavalescos em Foz reuniram muita gente e agradaram, embora alguns contratempos, os que sempre ocorrem em festas de grandes dimensões.
Localização
A área da terceira pista da JK sempre foi e pelo visto será o ponto de realização das festas populares. Outros locais foram experimentados, mas tudo sempre acaba voltando para o centro. Falamos de mais de 40 anos, quando a cidade passou a realizar desfiles de blocos e shows públicos. Antes os foliões não saíam dos clubes. Inclusive, foi a rivalidade entre Oeste, Country, Gresfi e Floresta que se tornou disputa na avenida, com carros alegóricos e samba no pé.
Estacionamento
O povo se ajeita quando a intenção é participar da folia. Todo o perímetro central serviu de estacionamento. O Corvo por exemplo, deixou o carro ao lado do Restaurante Tirol e caminhou com a Corva até a terceira pista. Deu para notar que as pessoas que possuíam espaços ganharam um bom dinheirinho guardando automóveis. No mais o que se via era a turma caminhando alegremente para a festa.
Segurança
Toda a área da J.K estava bem policiada, com a presença da PM, GM e seguranças contratados. Havia também muitas viaturas circulando pelo centro. Isso impôs respeito e os foliões se sentiram mais seguros. Na terça-feira famílias se deslocavam, com crianças e idosos, foi uma festa bonita e colorida, para todas as idades.
Câmaras de tortura
O Corvo precisou encarar um banheiro químico para aliviar o chope e olha… não foi fácil. Haja estômago para encarar o desafio. Isso foi talvez o maior problema do evento. O banheiro decente mais próximo era o da pastelaria em frente à Câmara. Só que para frequentar era preciso comer um pastel, então imagina a aventura! Não que cobrassem isso, pelo contrário, os proprietários trabalham em família e são muito gentis, é que não ficava bem frequentar o local só para ir fazer um xixi. A prefeitura terá que pensar em solução melhor, até porque a cidade precisa de banheiros públicos fixos naquele local. Banheiros são o drama das festas populares em qualquer cidade. Um item indispensável nos carnavais é o algodão, para enfiar no nariz toda a vez que for necessário encarar o banheiro químico. Uma barbaridade!
Canja só elogios!
O pessoal do Rotary e os voluntários da Associação Um Chute Para o Futuro foram muito cumprimentados pela qualidade da Canja do Galo Inácio, diga-se, com o toque especial do mestre Carlão, que comanda a cozinha. Ele é o “canjeiro-mor”! A barraca foi montada em local estratégico, atendendo inclusive muita gente que foi buscar o alimento para a ceia, em casa. Isso tornou-se uma tradição e se deve ao Padre Germano Lauck, um dos incentivadores do evento. Há quem diga que provar a Canja no Carnaval é uma maneira de abençoar o resto do ano.
Divulgação
Este ano a Canja recebeu uma cobertura permanente por parte de vários veículos de Tv, Rádio, Blogs, Portais e jornais. Depois de 23 anos, não se ouviu usarem nomes esquisitos e desajustados com a realidade, do tipo “sopa solidária” e afins. Usaram o nome do evento: Canja do Galo Inácio. E isso atiçou a curiosidade de muita gente, inclusive a nova geração de jornalistas que cobriam o evento. A pergunta era: “de onde surgiu o nome Galo Inácio”?
Explicação
Lá nos tempos de antigamente, precisamente no início dos anos 80 (Século passado), o Rogério Bonato escrevia e desenhava cartus em jornais de fora e depois nos da cidade. Um de seus desenhos, retratava um galo irritado, distribuindo bicadas nos políticos. À base de maledicência, vereadores e o prefeito da época, Dobrandino Gustavo da Silva diziam, toda a vez que o Bonato aparecia: “lá vem o galináceo”. Para se livrar da enrascada a saída foi dar nome ao galo e, chama-lo de Inácio. Ironia do destino, Sâmis da Silva, filho e herdeiro político de Dobrandino chamou o jornalista para “inventar” algo mais que incrementasse o Carnaval de 2001.
A fórmula
A canja sempre foi ligada ao Carnaval. As pessoas se reuniam após os bailes para repor as energias e, preparavam e serviam a iguaria. Em Foz isso acontecia nos clubes e no lendário Restaurante Coluna, que ficava na Travessa Cristiano Weirich. Para fazer a Canja dar certo, a ideia era reverter a renda para uma entidade beneficente voltada para a infância e juventude, além do mais, havia muita carência na área da nutrição. A primeira entidade escolhida foi a Pastoral da Criança, um exemplo nutricional. No mais, também havia a ideia de chamar a atenção para o “novo” Carnaval da cidade e isso deu muito certo. Logo no primeiro evento a Canja do Galo Inácio foi parar ao vivo no telejornal Bom Dia Brasil dividindo a atenção com o Bloco Bacalhau do Batata, de Olinda. Foi um êxito inesperado. Em verdade, são 23 anos de muito sucesso e ajudando a quem precisa.
E… todo Carnaval tem mesmo o seu fim…
Como este colunista comentou no início, terminada a festa, é hora de voltar à realidade. Em Foz, dois temas prometem “agitar” os próximos dias da política iguaçuense: a Reforma da Previdência dos Servidores e as eleições para o SISMUFI.
Previdência
Ainda não é certeza que o governo municipal vai conseguir emplacar a reforma. A situação é apertada, tem gente contando os votos dos vereadores nos dedos. A maior dúvida, ao que parece, ainda é o voto da Yasmin Hachem, numa sinuca de bico, não sabe se vota pela ideologia ou pelo pragmatismo.
Voto perdido?
Outro voto duvidoso, segundo disseram ao Corvo é o do vereador Ney Patrício, que publicou em suas redes sociais que estará ao lado dos servidores. Será isso um sinal de rompimento? Será um voto contrário? Há muita gente de olho no ambiente e como o Ney é uma figura expoente nas relações com o governo, é natural que a sua posição chame a atenção.
SISMUFI
A eleição do Sindicato já tomou as redes e as ruas e não há favoritismo. O que há de sobra é fuxico e fofoca. Tudo nos leva a crer que os próximos dias serão tensos entre os componentes nas duas chapas concorrentes. Vamos acompanhar…
E La Nave Vá…
O mundo fora da folia anda tenso. A guerra entre russos e ucranianos está pronta para ganhar novas sacudidas e tomara isso não envolva outros países. Os poloneses estão apreensivos. A faixa de fronteira da Rússia está totalmente tensa.
Putin e os discursos
Tanto o mandatário russo, como o presidente norte-americano Joe Biden estão reeditando falas velhas, mofadas dos tempos da guerra fria. O mundo não precisa mais disso, deveríamos estar além desses fricotes. Ouvir e saber desses arranca rabos nos entristece.
Condições climáticas
Enquanto isso a Natureza manda ver, derramando a lama dos morros. Tomara os municípios em áreas de risco tenham acordado, do contrário continuarão a viver o pesadelo, o drama de socorrer milhares de famílias afetadas, como na faixa litoral de São Paulo; aconteceram ocorrências séria de norte a sul, ou melhor, de São Sebastião à Bertioga.
Estradas
Tantos problemas nos acessos, que as pessoas pensam duas vezes antes de colocar o carro nas rodovias. Quando não é problema com pedágios é com a segurança, ou com bloqueios e manifestações, e, de uns tempos para cá, os morros caindo. Tá difícil. A maioria das pessoas que viajam saem com os recursos meio contados e precisar permanecer dias a mais nos destinos é algo bastante complicado.
BBB está chato
Corvo, para escapar dos desfiles das escolas de samba maratonei no BBB e dei-me mal. É no fim das contas muito tedioso ficar vigiando aquele povo trancado em uma casa. Perdi o meu tempo. No fim os desfiles seriam bem mais divertidos.
Paulo M. C. Britto
O Corvo responde: bem feito! Mas o consolo é que você foi um entre milhões de adeptos aos Big Brother, uma mania que prende a atenção nos inícios de ano. O Corvo não vê, prefere assistir um bom filme, ou ler, ouvir música, pilotar fogão, olha só: a vida é bastante diversificada quando a gente não a desperdiça o tempo todo olhando a Tv. Faz muitos anos o Corvo só vê os noticiários.
Carnaval
Turma da imprensa se encontrando no Carnaval. A barraca estava em local privilegiado e meio mundo passou por lá, desde simples registros fotográficos até entrevistas. Eita povo que trabalha até na hora do chopp.