No Bico do Corvo

Recados

A mamãe natureza se revolta e dá sinais de que as coisas podem piorar. O problema é que os filhos não entendem e, não aprendem. Todos os inícios de ano, quando há potencial de chuvas, morros vem abaixo em diferentes lugares, no entanto, o desmatamento das serras próximas às cidades continua, abrem picadas e algumas empreitadas assim, aparentemente inocentes, são suficientes para acordar as montanhas e elas vão para cima dos povoados. Não há o que segure o solo encharcado, toneladas de terra e pedras morro abaixo.

 

“Ah, para com isso…”

Alguém escreveu assim, acreditando que era exagero, quando o Corvo mencionou ocupações irregulares em trechos próximos ao litoral, margeando a BR 277. Se a trepidação da estrada, transitada por milhares de caminhões pesados já é um perigo, o que dizer quando retiram árvores e maltratam o terreno? Há sim deslizamentos naturais, mas em geral, a ocupação humana é que causa os sinistros. Por isso é bom cuidar ao arranjar lugares para construir em zonas acidentadas ou que possuem morros.

 

Profissionalismo

O jornalista Roberto Kolavick foi curtir o Carnaval em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo e acabou foi pegando no batente, relatando a catástrofe enfrentada inclusive pela família, ilhada pelas enchentes. Não pensou duas vezes, embrenhou-se nas áreas afetadas e realizou uma cobertura digna de prêmio.

 

Sintonia

Algo parece que mudou no Brasil. Governador de São Paulo e presidente da República unidos e agindo imediatamente após a catástrofe, como a tempos não acontecia. É assim que a população e os afetados acreditam na ação pública. Tarcísio de Freitas, que é engenheiro e conhece muito de infraestrutura acredita que será muito difícil reconstruir as áreas arrasadas, que é para ver o tamanho do estrago. Mas a preocupação maior é apoiar as vítimas. Triste é ver aliados de Bolsonaro incomodados com as atitudes de Tarcísio e Lula, oras, não é momento para pensar em politicagem. Que barbaridade!

 

Prevenção

Quase todas as cidades litorâneas são cercadas por serras; todos sabem dos riscos de desmoronamento, mas prevenção que é bom, nunca acontece. Só depois das tragédias é que falar em realizar obras preventivas, pegando carona na dor dos afetados.

 

Carnaval em Foz

Tudo foi muito bem organizado, só se ouvia elogios e a reclamação de sempre, quando realizam eventos na Terceira Pista: falta de estacionamento. A solução é simples: ir sem o automóvel, ou estacionar em locais um pouco mais distantes e dar uma caminhada. Para tudo há solução, se o folião quiser de fato aproveitar o Carnaval.

 

Descentralização

Muitas pessoas se queixavam da falta que faz o Carnaval da Saudade, que existia na Rua Marechal Deodoro por mais de dez anos. Há gestores de blocos que avaliam levar a festa para uma rua da Vila Iolanda. Não é má ideia e os moradores não devem se incomodar, até porque a maioria pediu pela iniciativa. Taí uma solução para os próximos anos.

 

Canja do Galo Inácio

Apesar de todos os contratempos, afinal de contas aconteceu um vácuo de três anos, a Canja cumpriu o seu papel, graças à competência do Rotary Club Foz do Iguaçu – Grande Lago, apoiadores, voluntários, como é o caso do mestre Carlão e empenho destacado da entidade escolhida a Associação Um Chute Para O futuro!

 

Galo Borracho

Alguém sempre pega carona na criatividade dos outros. Muita gente não gostou da brincadeira de um boteco. O Corvo como é espirituoso e curte a irreverência, não ligou. De certa forma homenageiam o sucesso da Canja tradicional e que atravessa décadas em pé, faça chuva ou Sol, ajudando a quem precisa. Mas choveu foi reclamação.

 

Novidades na Canja também

Vários voluntários que acompanham o evento nos últimos 23 anos acreditam que a Canja deveria encontrar um local diferenciado, fora da área do Carnaval. O projeto é de um amigo antigo. Ele propõe a realização do evento com charanga, marchinhas, onde as vovós pudessem levar os netinhos, uma espécie de matinê, servindo a iguaria a partir das 18 horas. A ideia será encaminhada aos gestores do evento, o Rotary Grande Lago. Eles é que decidirão. Como tudo evolui, pode ser, topem a nova empreitada. Pensa numa gente que trabalha?

 

Carnaval Legislativo

Em ritmo de festança, a Câmara de Foz deu uma pausa nos trabalhos, mas volta logo com uma pauta bomba: a reforma da previdência dos servidores. De um lado, a Prefeitura preocupada com as contas e do outro os funcionários de olho nas aposentadorias. No meio, o contribuinte, que olha apreensivo e com medo da carga de tributos. Que imbróglio, hein?

 

Situação difícil

Dentre os representantes do povo, a situação mais delicada, desconfortável, é a da jovem vereadora Yasmin Hachem. Ela é considerada a mais governista, mas também tem defendido bastante os servidores. Ou seja, vai ter que escolher um lado e, no fim das contas, corre um sério risco de desagradar o outro. Saia justa. Literalmente.

 

Há quem diga…

…que a jovem edil aguarda a articulação da Prefeitura para garantir os votos, sem precisar votar na reforma. Como diria o velho leão da Montanha, dos desenhos animados, e um jeito de sair estrategicamente e de mansinho da confusão. Porém, se o placar estiver apertado, é bem provável que ela não escape da pressão. Vamos lembrar: Yasmin, afinal, é a única representante do MDB do Secretário Nilton Bobato, na Casa de Leis.

 

Jogo duro

Surtiu efeito a nota do Corvo sobre a presença da Guarda Municipal na Câmara. Na última sexta-feira, representantes do alto comando da força de segurança foram vistos no Legislativo tentando acalmar os ânimos.

 

Cachimbo da Paz

Ao que tudo indica a paz voltou a reinar entre o deputado Hussein Bakri e o Prefeito Chico Brasileiro. Ambos trocaram elogios em público em recente evento da Secretaria de Estado da Educação. A aproximação coincide com a paz firmada entre Adnan e Chico Brasileiro. É que 2024 tá logo alí…

 

Pernoite

Ratinho Jr pernoitou em Foz do Iguaçu e causou ciúmes em algumas autoridades locais. O único iguaçuence convidado para o café com o governador foi um Vereador… ai, ai, ai, tinha gente se rasgando de raiva, na recepção.

 

Quando será?

Passado o Carnaval, as atenções se voltam novamente para o mexe-mexe dos deputados assumindo cargos no governo, a começar pelo surgimento de mais um iguaçuense na Câmara federal, o Luciano Alves. Isso merece um festerê, porque é a primeira vez que Foz emplaca uma bancada desse tamanho.

 

Itaipu

E a promessa é que depois do Carnaval, iniciariam os trâmites de nomeação e posse do novo DGB de Itaipu, o Enio Verri. Foi o tempo necessário para discutirem as diretorias e possíveis indicações de nomes ao Conselho da Binacional.

 

No sambódromo

Eis que surge a deputada Gleisi Hoffmann mostrando samba no pé, desfilando pela Portela. Ela apareceu admirando as alegorias: “É a primeira vez que desfilo”. “Sou portelense”, disse.

 

Obras

Que mané Carnaval coisa nenhuma, o povo estava mandando ver na duplicação da BR 469. As máquinas, diga-se, trabalham até nos finais de semana. Quem acompanha os serviços acredita que a demanda será entregue antes do prazo.

 

Mato crescendo

A esperança não é tão frutífera quando se menciona a Perimetral Leste. As obras do viaduto da Avenida das Cataratas estão praticamente paralisadas, o mato está crescendo nas áreas que foram terraplanadas. Lavando em conta que o trecho foi prometido para outubro do ano passado, isso já começa a causar desânimo nos moradores, até porque o trânsito no local passou a ser insuportável. No feriadão a fila era enorme para suplantar o gargalo que se formou em frente ao Hotel Carimã.

 

Cinzas

Hoje começa a Quaresma, dá-lhe desintoxicar o corpo e também a mente e esperar pelo coelho da Páscoa. A CNBB lança a Campanha da Fraternidade; o tema é a fome: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt, 14.16). A fome é real e urgente! “No Brasil, mais de 33 milhões de pessoas estão em situação de fome, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. O país voltou a aparecer no Mapa da Fome da ONU depois de uma década. A emergência sobre o assunto fez com que, pela terceira vez, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) trouxesse luz ao tema, buscando fomentar ações para minimizar os impactos desses dados alarmantes”.

 

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