No Bico do Corvo
Militares no Planalto
Se havia muitos militares no governo de Bolsonaro, isso não deveria ser motivo de tantas preocupações, uma vez que são servidores e já incorporavam a folha de pagamento. Duro é quando enchem o governo de indicados por partidos e até mesmo laranjas; gente que se agarra na teta pública e só sabe viver do exercício dos cargos públicos.
O que está pegando…
Lula, em alguns pontos de sua mais recente entrevista, pega pesado com os militares, quase generalizando e isso não deve em nada agradar os chefes nas Forças Armadas. Nem todos são bolsonaristas roxos, ou golpistas, ou acreditam em ditadura, como em outros tempos. Aliás, foi graças aos “milicos” que o tal golpe não aconteceu, justamente porque ajudaram a desmotivar esse tipo de ação em várias oportunidades. A encrenca se dá pela bagunça de “8 de janeiro”, que pegou todo mundo de calça arreadas. Os chefes militares, na verdade, devem estar tão fulos da vida quanto o Lula e os ministros do STF, porque também foram enganados e induzidos ao erro.
O cerne da bagunça
As articulações da “intentona direitista”, como diria o Odorico Paraguaçu, ao que consta, surgiram das alas subalternas, dos núcleos radicais, longe da ativa. Possivelmente contaram com a negligência de muita gente, pois como disse Lula, era difícil imaginar uma baderna de tamanha dimensão. Até mesmo os setores de inteligência podem ter sido ludibriados, o que serve de lição.
Os militares
Não vamos aqui defender, mas é preciso valorizar os homens de farda no sentido Constitucional, porque fazem um juramento e em maioria expressiva são leais, honrando a população com o serviço que prestam. Oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica são modernos, com a cabeça aberta para a tecnologia, levam a disciplina à sério e sabem discernir a linha da moralidade, mais até que muitos servidores. Devem ser tratados com respeito, porque no dia que forem chamados, estarão nas linhas de frente, seja em conflito, desastres naturais e também quando a Democracia for ameaçada. Essas instituições, somadas aos bombeiros, Polícia Federal, e até mesmo as polícias civis e militares, são reservas morais. Se o Brasil precisa entrar em fase de ajuste, deve rever também o setor militar e suas necessidades. Essa gente não pode ir parar na mesma vala dos arruaceiros.
Sérgio Moro
Não vai demorar para acontecer outra encrenca de egos entre o senador eleito Sérgio Moro e o ex-presidente Bolsonaro. Nem tomou posse e Moro já ativa o botão de campanha presidencial, claro, lançando olhares para os nichos bolsonaristas. Isso ainda vai dar o que falar. Há quem garanta que a empreitada servirá para depurar a direita, até porque o ex-juiz também andou reclamando da baderna e dos atos de depredação.
A quebra do silêncio
No dia que Bolsonaro aparecer e resolver falar, baterá todos os índices de audiência dos telejornais, emissoras de rádio e blogs especializados. Isso está para acontecer, porque Lula soube cutucar a ferida, com suas espetadas durante a entrevista.
A pasta da Mulher
Só mesmo no Paraná certas coisas acontecem. O governador Ratinho Júnior é impecável em muitas coisas, mas quando pisa no tomate, senta em cima. Essa de colocar homens na Secretaria da Mulher e polacos para gerir a política em favor dos afrodescendentes virou meme. No fundo, as nomeações, ou a investiduras dos cargos, até poderiam funcionar bem, o problema é o emblemático, difícil de convencer o contrário. Só sendo mulher e preto, é que se vai saber o que realmente acontece. Num futuro, quando as sociedades forem mais justas, nem se precisará de secretarias para essas questões.
Turismo
Se os brasileiros são a maioria dos visitantes no lado argentino das Cataratas, há a mesma reciprocidade do lado de cá, com os “Hermanos” na ponta da lista de estrangeiros. Bom, o Corvo nem vai publicar a lista de visitantes, porque ela abraça praticamente o mundo todo.
Povo gostando
Se por um lado, a Perimetral Leste parece meio devagar, por outro a duplicação da BR 469 está mandando ver. Quem percorre o trecho já consegue tem uma dimensão de como a rodovia ficará depois de ponta. O Corvo deu uma olhada nos projetos pode concluir que a empreitada abrirá a porteira para muitas atividades de lazer da população, a começar pelos que gostam de caminhar, pedalar e passear com os bichos, dos cães aos cavalos.
Medão
Ao mencionar as obras, algumas pessoas estão preocupadas com os pedidos de alterações nos projetos. Um político ou vereador passa pelo local e já fica imaginando que se poderia fazer isso e aquilo. Daí, formaliza um pedido e é mais ou menos por aí, que as coisas começam a se complicar. Os projetos já foram estudados, orçados, programados e licitados. As obras já começaram e qualquer alteração acaba complicando a execução, porque demanda mudanças estruturantes e isso mexe no âmbito financeiro. No fim, os políticos acham ajudam, mas na verdade estão é atrapalhando. Dormiram no ponto no momento das discussões dos projetos, logo, se torna complicado realizar arremedos, para agradar a população.
Por outro lado…
Um pouco da culpa vai para cima de quem assume a demanda, porque no caso de obras federais e estaduais, o povo “chega chegando”, sem dar bola para a cidade e seus moradores. Foi assim que mataram o Jardim Jupira e estão cavando uma sepultura para parte do Porto Meira e Jardim Cataratas.
As emendas impositivas
O nome já diz tudo “imposição”. Vão argumentar que não é assim, que a nominação é proforma e tudo o mais, mas na verdade, emendas impositivas acontecem quando o Legislativo quer bancar o Executivo. É legal? É! Mas em muitos casos isso atende mais o lado eleitoreiro do que a lista de necessidades de uma comunidade.
Sem culpa
Os vereadores em exercício não são culpados pelo que acontece, mas olhando a lista de emendas, algumas entidades receberão ajuda e isso não é atividade da Secretaria de Ação Social? O caso é que quando alguém recebe benefício, isso chama a atenção de quem não recebe.
Na Argentina
Lá os aplicativos de mobilidade estão sendo banidos. Em Buenos Aires, por exemplo, há uma das maiores frotas de taxis do mundo, sem contar os “remisses”. “Os aplicativos estão tirando o pão da boca de muita gente”, garante um sindicalista do setor de transporte. A onda está se espalhando pelo país e chegou em Puerto Iguazú. No lado brasileiro há muitas queixas sobre aplicativos. As pessoas dizem que os motoristas escolhem muito a clientela e os locais para buscar e levar. Não deveria ser assim. No mais, tem muita gente desistindo da atividade, por questões de segurança.
Viajar por lá
Apesar de os valores e diferenças cambiais não serem tão atrativas como em outros tempos, há muitos brasileiros viajando de automóvel pela Argentina. O país possui o que não há no Brasil; diga-se os vinhos possuem um pouco de tudo o que há no mundo, desertos, montanhas com neve, vales floridos, vinícolas que nada devem aos europeus e até mesmo a receptividade mudou. Nossos hermanos estão mais simpáticos, hospitaleiros e isso se deve aos sinais dos novos tempos. Há vários roteiros interessantes e o Corvo voltará ao tema.
Mudança de hábito
Corvo, porque mudam tão repentinamente as coisas? A gente sabia que o caminhão da reciclagem se aproximava por causa d música. “Separa…separa…” daí mudaram o ritmo para uma embolada de palavras que não entendemos absolutamente nada, além do mais, o som do caminhão é muito ruim, pior do que esses boys e seus carrões barulhentos. É chato repetir música, mas é o que funciona, infelizmente.
Geraldine G. B. Tamura
O Corvo responde: prezada, a música lembra, com toda a certeza, mas é mais pontual lembrar quando o caminhão passa, porque há roteiros bem definidos em todos os bairros. Na rua do Corvo, dá até para acertar o relógio: a reciclagem passa às quintas-feiras, pontualmente às 9h30. Em todos os casos vamos publicar o seu questionamento, para ver o que acontece.
O passado e as Americanas
A rede de lojas existe faz muito tempo. O Corvo quando era criancinha, acompanhava a mamãe Corva nas compras e um dos destinos certos era a loja da rede Americanas que ficava na Rua Direita, na área central de São Paulo. Lá havia um pouco de tudo e claro, os produtos foram mudando em acordo com o tempo. E tinha também uma bela lanchonete, onde serviam o Bauru, um sanduíche delicioso e que o Corvo não se cansa de tentar imitar. Trata-se de um lanche com ingredientes que não devem ser alterados. Vai duas fatias de pão Pullman, de queijo e presunto e, uma rodela de tomate e outra de cebola. Deve-se passar maionese da marca Hellmans (não pode ser outra) nas duas faces do pão. Depois a iguaria vai dourar na chapa quente. Mas o fato é que isso ficou no passado. As lojas estão pobres em matéria de ofertas, os preços são altos, o atendimento é muito ruim e não há mais o bauru. Pelo visto, logo não haverá nem a Americanas.