No Bico do Corvo

É o Zeca…

Com Lula assentado na cadeira de presidente (e mesmo antes disso), o deputado Zeca Dirceu é quem mais aparece falando em nome do PT em Foz e cidades no Extremo Oeste. Isso tem explicação e ela é convincente: não é segredo que Foz obteve uma maioria expressiva de votos em favor de Jair Bolsonaro e uma das maneiras de atemorizar a população era dizer que se Lula vencesse, as várias e importantes obras estruturantes realizadas em Foz, e, com o apoio de Itaipu, seriam paralisadas. Aqui entre nós, tudo não passava de um exercício de bola de cristal, o problema é que muita gente acreditou.

 

Pega na mentira

E o pior é que muita gente não só acreditou como ajudou a espalhar certas barbaridades, como o fato das obras paralisarem no final do ano, em protesto com o resultado das eleições. Qual empreiteiro em demanda assim iria paralisar as atividades, sabendo que há emprenho da Itaipu e governo do Estado?

 

Providências

E foi no meio desse clima anuviado, entre verdades e mentiras, que surgiu a Carta de Foz, pedindo providências e atenção especial em vários setores municipais, da cultura às obras estruturantes. Chico Brasileiro certamente possuía duas cartas na gaveta, em época de dúvidas quanto ao resultado das urnas, uma na gaveta da direita e outra na esquerda, a que no fim das contas foi entregue ao Zeca.

 

A Carta

O documento não é novo. Foi elaborado, reelaborado inclusive é preciso mencionar que ele surgiu da cabeça de pessoas de fora do governo. Essa carta já deu o que falar. Enfim, o texto está em acordo com as metas do governo recém empossado, para onde serão destinados recursos. Município que se preza não fica longe disso, pelo contrário, aproveita as fontes, sobretudo se elas encampam o setor social. Muita gente entrou na fila dos ossos e anda por aí exibindo cartazes de papelão, nos semáforos.

 

Continuidade das obras

A segunda Ponte com o Paraguai e a Perimetral Leste são obras fundamentais, assim como é a duplicação e revitalização da BR 469. É muito importante acelerar essas iniciativas e se possível, tê-las antes do prazo. A sociedade espera o mesmo de outros itens na lista, como o Mercado Municipal, apoio ao setor de Turismo, e empreendimentos ambientais, como é o Parque Linear, dentre outros e outras.

 

 

Tudo depende da…

…Itaipu. Sem a Binacional Foz seria uma cidade órfã, com sonhos frustrados e teria um importante elo rompido. Será assim no futuro, mas pelo momento, tudo ainda é possível, por isso, há grande esperança em saber quais nomes comporão a direção de Itaipu. O Corvo não vai arriscar palpite, mas de antemão, sabe que o novo DGB precisará ser um homem com raízes regionais, muito conhecimento sobre o setor energético e estar a par dos acordos com os sócios e vizinhos. Quem será?

 

Na Embaixada

O Corvo tem uma outra informação bem restrita. Lula teria antecipado interesse em discutir pontualmente as questões que envolvem o Paraguai e em especial os acordos de Itaipu. A reunião já estaria agendada com o novo chanceler brasileiro. Um dos temas é a escolha do nome do novo embaixador no país vizinho. Poderá ser uma nomeação de fora dos quadros diplomáticos e a vaga pode ser preenchida por um paranaense ilustre. Quem será?

 

Se perguntarem…

O Corvo tem os dois nomes, mas por questões éticas, promessas ajoelhadas, sob pena de ter os olhos furados, não poderá divulgar. Se bem que vazar uma informação assim mais prejudica do que ajuda. Sendo assim, nos resta adubar a imaginação e enquanto isso, esperar.

 

Os nossos representantes

O Corvo recebeu várias “cartinhas” sobre a posição dos deputados de Foz na votação da PEC do teto de gastos. Apenas para atualizar, devemos lembrar que os nossos queridos Vermelho e Giacobo pertencem ao PL e estiveram bem alinhados à campanha de Bolsonaro. Por outro lado, eles fazem parte do Centrão e estão de olho no andar da carruagem.

 

Não roeram a corda

Giacobo votou “não” para a proposta. Vermelho fez o mesmo no primeiro turno, e agiu de acordo com as convicções bem próprias. Se absteve no segundo turno, ou seja, não votou. Há comentários que ele tenha seguido o mesmo caminho de Arthur Lira, de subir no muro, mas isso não é verdade. Vermelho não votou simplesmente em razão do falecimento de seu amado pai e isso deve ser respeitado. Conversando com o deputado, ontem, o Corvo ouviu que o voto seria “não”, porque ele, embora uma pessoa de diálogo, ainda se mantém fiel aos ideais.

 

E o futuro?

Vermelho não disse isso, mas conhecendo-o, sabemos que antes de qualquer coisa, deverá esperar o governo explicar ao que veio. Não faz parte do perfil do deputado firmar o pé na oposição por pirraça ou pequenice, mas deverá discutir a miúde todos os projetos do governo, de maneiras que seja convencido que as propostas estejam em acordo com os anseios de suas bases. É assim que se faz e o que os eleitores esperam dele.

 

Como é que fica?

Enquanto os olhos estão voltados para Brasília, no aguardo dos nomes que comporão o segundo escalão dos ministérios, o bicho pega em Foz, com as negociações entre a nova mesa diretora da Câmara e o Executivo. Contaram para o Corvo que no meio disso, pode acontecer uma negociação por cargos. Dificilmente Chico cederá no primeiro escalão. Vamos ver o que acontece nas indicações de CCs 2, 3 e 4. Qualquer resultado é perfeitamente normal.

 

Encrencas

Quando vazou a informação de uma permuta por cargos, o céu ficou escuro entre os membros da mesa recém-eleita. Várias nuvenzinhas pairaram sobre a cabeça de quatro vereadores. Qual será o quinto, onde não caia raios e nem chuva?

 

De volta…

Para o clima não trovejar mais, este colunista prefere voltar para o Planalto. Com o deputado Luciano Bivar circulando de braços dados com os eleitos e empossados, a situação fica um tanto esquisita para o senador Sérgio Moro, que dá-lhe descascar a lenha em Lula, por não ter mencionado em seu discurso o combate à corrupção. Do jeito que as coisas caminham, não será novidade saber que Moro procura outro partido. O problema é alguém abrir a porta.

 

Acampamento

Foi o Corvo publicar notas sobre a debandada dos manifestantes da Avenida Brasil, que várias fotos foram enviadas, com pessoas abanando bandeiras e cartazes golpistas no local. Convenhamos o número de manifestantes é bem pequeno, se comparado à legião que ocupou o perímetro em novembro e dezembro.

 

“L`armata Brancaleone”

Vamos ver até onde esse intrépido exército suportará o calor e as queixas dos comerciantes e transeuntes. Sem desmerecer o protesto e sua legitimidade, enquanto respeita a constituição, a população quer mais voltar ao normal e o desejo da maioria deveria ser respeitado. Afinal não houve sequer uma “intentona” e nada, absolutamente nada aconteceu que não fosse no terreno da imaginação. Está na hora que colocarem os pés no chão e deixarem a ficha cair.

 

Bola pra frente

A Foz do Iguaçu de direita está se organizando para enfrentar as eleições municipais. Teremos aliás candidatos de todas as frentes. A maioria das pessoas que abandonaram o protesto pensa exatamente na labuta eleitoral que acontecerá em 2024. Mas isso é um tema para outra oportunidade. Ainda está longe. Haja chão para pisar até se falar novamente em eleições. O Corvo anda empapuçado desse assunto.

 

Dia inesquecível

O funeral do Rei Pelé marcará por muito e muito tempo. Foi um evento que parou o mundo. Até a NASA tratou de buscar nas estrelas uma maneira de homenagear Edison Arantes do Nascimento, um humano que beirou a perfeição atlética. Até hoje há quem busque na ciência, onde o camisa 10 encontrava um impulso tão forte para cabecear uma bola. Proporcionalmente se deslocava como um gato. Fora do esporte Pelé também foi um personagem importante e é um exemplar positivo do que foi capaz de produzir a raça humana. Que todos os Deuses do Olimpo o recebam com a devida reverência.

 

Que Deus nos proteja

A humanidade é mesmo difícil de ser compreendida. Enquanto reverenciamos um ser iluminado como o Pelé, vidas são massacradas em uma guerra sem explicação. Vamos parar com isso e retomar as velhas lições de que a paz deve ser reinante. Os russos e ucranianos bem que poderiam aproveitar o momento para entender algumas lições de paz e humildade propostas pelo ilustre brasileiro que ontem sepultamos.

 

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