No Bico do Corvo

Cartas ao Corvo

O baú está lotado de mensagens e vamos esvaziar um pouco nesta edição. Deu um trabalhão danado editar e selecionar “cartas” que pudessem ser publicadas sem risco. O povo capricha nas tintas, ofendendo um e outro. Ou alguém acredita que a coluna não é alvo da futrica entre políticos e assessores? O que não falta é veneno escorrendo para todos os lados. Como o Corvo é cuidadoso, foi preciso exercitar a análise e checar os fatos, o que dá um trabalhão. Sério, é bem mais fácil escrever normalmente, como que sai da cabeça deste colunista, mas entendemos que é muito importante a participação dos leitores. Bom dia!

Dia 21

Corvo, agora é o dia 21, quando querem inaugurar a nova ponte. Mas pensa, o que vai adiantar a inauguração? Vão gastar um dinheirão transportando presidente, deputados, governador e será aquele auê que já conhecemos, de helicópteros sobrevoando a cidade, viaturas pelas avenidas e tudo o mais. Mas depois de inaugurada, a ponte servirá exatamente para o que? Do jeito que está, só se for para tirar fotografia. Não seria o caso esperarem as avenidas, os acessos e depois entregarem o serviço completo? Do jeito que está não vai prestar para nada.

Josivaldo N. C. Nunes

Queria um pitaco…

Então Corvo, você externou a sua preocupação dos governos em entregarem as obras de suas gestões. No caso da nova ponte com o Paraguai, escreveu quem não pegaria bem o futuro presidente inaugurar uma obra do atual. E qual o problema? A ponte em questão não é do Bolsonaro e nem do Ratinho, é do povo brasileiro, dos paranaenses; pouco importa quem vai entregar. Cabe ao gestor em exercício concluir a obra e colocá-la em funcionamento, isso sim. O que sabemos é que os políticos querem engrossar a fama, por isso realizam as festas de inaugurações. Na verdade, entregar a obra que foi construída com dinheiro do povo não passa de uma obrigação.

Natanael G. Pereira  

O Corvo responde: as duas análises dos leitores estão perfeitas. Entregar a ponte sem acessos não faz muito sentido, porque não há momentaneamente serventia. E no mais, a obra foi construída com o dinheiro público, logo, precisa completar o seu objetivo. Mas o Corvo fará uma pequena observação: a nova ponte com o Paraguai é um sonho da população, sendo assim, a entrega solene é importante também. É bom para saber das autoridades, quando o conjunto de obras será entregue.

Sem movimento

Prezado Corvo, também sou um interessado nas obras estruturantes da cidade. Meus dois caminhões fazem entregas todos os dias e em várias direções. Fui dar um passeio ontem e entendi que tanto a Perimetral leste, como a BR 469 deram uma estacionada nas obras. A Avenida Tancredo neves está a todo vapor, com o povo tentando concluir o serviço. A Avenida das Cataratas também está recebendo um recape na altura do cruzamento onde há o restaurante de comida chinesa. Um detalhe: o trecho esburaca, porque nunca esperar o asfalto curar. Com uma rua próxima pavimentada, pode ser que façam um trabalho melhor. Tomara concluam essas obras grande bem rápido Corvo, elas terão muita importância na mobilidade da cidade, para quem trabalha e para quem passeia.

Geraldo B. C. Carvalho

O Corvo responde: prezado, nas obras do trevo da BR 469, onde há o viaduto, parece que colocaram um trator lá só para ilustrar a foto, porque não há operador. Os trabalhadores também não estavam pelo local nos últimos dias. O Corvo está averiguando o que acontece. Sim, depois das obras prontas, a cidade ganhará outro perfil.

Turismo

Corvo, sei que sempre está atento às questões desenvolvimentistas, mas os números do nosso Turismo não são lá aquelas coisas. Dá uma pesquisada, nossa cidade não figura mais entre as consideradas “TOP” no segmento. Atualmente ocupamos o 22° lugar e é uma colocação bem distante, uma vez que sempre ocupamos espaço “Top Ranking”. Não superamos a casa dos 11% de buscas, perdendo para Ilhabela, Caldas Novas. Que tristeza! E como a secretaria está vaga, não podemos ir para cima do interino não acha?

M.G.H.T – O leitor pediu para não ter o nome divulgado

O Corvo responde: a iniciativa privada trabalha, tenta a todo o custo retomar a ocupação dos leitos; o governo por sua vez precisa somar esforços com Curitiba e Brasília e encontrar saídas públicas para contornar o problema e pelo menos investir em divulgação. A Secretaria de Turismo tem realizado ações importantes e presta contas neste final de ano, resta avaliar se são suficientes. Foz precisa olhar os indicadores e lutar para reconquistar os números. Isso significa mais gente na cidade, movimentando a economia. O que parece é que algo se perdeu nesse lapso causado pela pandemia. Pode ser o “diálogo” ele parece bem longe de como era antes.

Perspectivas

O governo eleito tem se manifestado bastante sobre os setores produtivos e em especial a área a Cultura e Turismo, porque em verdade, uma coisa anda bem perto da outra. É inegável o potencial turístico e a força da cultura regional. O mundo todo adora ver a gente brasileira, sua arte, costumes, provar de suas deliciosas comidas, ouvir a música e desfrutar as incontáveis belezas naturais. Foz tem tudo isso e um pouco mais, tal Itaipu, construída pelo homem, as compras, cassinos, é hora de ir pra cima e trazer de volta os visitantes e turistas. 

Política

Corvo, você disse que faria uma análise mais apurada da política na cidade. Estou esperando. Acho que estamos no momento de enquadrar nossos representantes e fazê-los entender que não são celebridades e sim trabalhadores contratados pela população. Olha, outro dia liguei para um vereador e o assessor me disse que para falar com ele teria que “entrar na agenda, mas só havia vaga depois de fevereiro”, oras o que essa gente está pensando? Se procurei, é porque a comunidade precisa. E ouvi isso de mais gente lá na Câmara. Corvo, dá uma obrada aí.

Carlos G. V. Santos

O Corvo responde: prezado, este colunista entrou em contato com o vereador por meio de um canal privado e ele disse que já cobrou o assessor sobre a situação. Disse que irá pessoalmente até a sua localidade (Maracanã), vem de perto o assunto, segundo seu relato, a falta de sinalização em algumas esquinas. Segundo o vereador, existem placas, o problema é que as árvores da calçada estão tapando, então ele já indicou a necessidade de um serviço de podas.

Bairro gastronômico

A vereadora Yasmin Hachem quer ver a Vila Iolanda um bairro gastronômico e cultural. Isso por um acaso não seria chover no molhado? É fácil não acha? Primeiro as pessoas planejam, alugam imóveis, gastam um monte em decoração, contratam mão de obra, sofrem um monte fazendo a freguesia; levam décadas constituindo um local de lazer e depois de tudo pronto aparece um político rotulando que já existe? Nada contra a jovem vereadora, mas ela bem poderia ajudar a resolver problemas seríssimos no bairro, com o caso da falta de estacionamento na Avenida das Cataratas. Ou no policiamento, porque não faltam pivetes e marmanjos quebrando o vidro dos veículos. No mais, quando faz vento, a pista precisa ser interditada em razão do desabamento de árvores velhas.

Márcia H. D. Martins

O Corvo responde: prezada, os vereadores criam Leis para de alguma maneira ajudar os locais que recebem o reconhecimento. Isso em algum lugar cria um diferencial. É possível, por meio dessas Leis, criar incentivos e mesmo ajudar bastante na divulgação. A atividade comercial é arriscada, sobretudo em tempos de crise e a Vila Yolanda é a nossa “Santa Felicidade”, todos os dias sendo agregada com um novo estabelecimento. Um dia nos orgulharemos muito disso e do que se levou décadas para se construir. 

O matagal

Está muito difícil encontrar profissionais para a limpeza de lotes em Foz do Iguaçu, ou pessoas que realizam serviços de manutenção em jardins. Todo o final de ano acontece a mesma coisa. Por outro lado, basta dar uma circulada e ver que o mato cresceu bastante, logo, os profissionais dedicados a este tipo de serviço estão até a tampinha de serviço. O Corvo solicitou um orçamento e o preço foi altíssimo. Pediram R$ 450,00 para poder o mato, carpir e roçar um espaço de 100 m2. A saída foi ir até uma loja especializada e gastar o valor em máquinas. Deu para comprar uma roçadeira, luvas e óculos de proteção. O serviço já está feito. As máquinas se pagam rapidinho. Quem não pode fazer o mesmo, só resta entrar na fila e esperar. 

E os pedágios?

O Corvo viu uma notinha muito sugestiva, e, informativa na coluna Palavra Livre, nossa ilustre vizinha. O povo está de olho no assunto dos pedágios e como estão se movimentando para enfiar a mão no bolso dos usuários. A onda de privatizações orquestradas pelo governo do Paraná chega a ser assustadora, é mais que um tsunami e se a população resolver investigar à fundo, concluirá que nem existirá mais a necessidade de um governo, uma vez que tudo está indo parar nas mãos da iniciativa privada. A população que se prepare pra os preços advindos dessas modificações, na energia, água e saneamento e até mesmo na comunicação; tudo sobe, mas como diria o Professor Raimundo, “o salário ó…”. Esse aumento de salário mínimo não compra um quilo a mais de batata no supermercado.

Clonagem

Fizeram sacanagem com o WhatsApp do Bonato e isso acontece com milhares de pessoas todos os dias. Aonde a gente vai, alguém diz que teve dados roubados, ou alguém usando foto e número para pedir dinheiro e até mesmo sofrendo invasão na conta bancária. Que situação? Se tanta gente assim é abordada, a conclusão é que o número de bandidos também é muito grande. Eu mesma já passei por isso várias vezes. Houve ocasião que tentaram aplicar golpe em meu nome, três vezes em apenas uma semana. Por sorte ninguém caiu, do contrário eu atravessaria um enorme constrangimento.

Paulo G. V. Barbossa

O Corvo responde: prezada professora, até mesmo o Corvo já se viu em situação de aflição em razão de golpistas. No caso do Bonato, ele relatou que estava muito preocupado se soubesse que amigos caíssem no golpe. Segundo ele, essa prática anda tão manjada, que as pessoas já se dão conta que é golpe. O jornalista agradece várias pessoas que se preocuparam em procura-lo para informar o que estava acontecendo. Ao que pesquisou, ninguém foi lesado pelos meliantes. 

A Copa

Pois então, no domingo apreciaremos outro país vencendo a conquista da Copa do Mundo do Catar. Que pena não é o Brasil que vai trazer o hexa desta vez? O Corvo está seriamente inclinado em torcer para os vizinhos e hermanitos argentinos e apenas para ilustrar, é bem provável que retornem tricampeões, porque cresceram muito ao longo da competição. Comeram a bola no jogo contra a Croácia. Se o Brasil tivesse avançado, dificilmente suportaria a eficiência da equipe comandada por Lionel Messi, o craque desta competição. Se a Argentina vencer, será por grande merecimento.

Mais torcida

Dá uma vontade imensa de ver equipes novas em finais de Copa do Mundo, como é o caso do Marrocos. A coluna é fechada cedo e por isso, não deu para aguardar a partida com a França. De qualquer maneira, franceses e marroquinos que se preparem em caso de enfrentarem a Argentina. Será o jogo mais difícil de suas histórias no gramado.

Do lado de lá

Na Copa do Brasil, em 2014, vários brasileiros arriscaram atravessar a fronteira para ver a final contra a Alemanha. Passaram maus bocados com os vizinhos, com insultos, mais ovos e farinha em cima dos veículos. Na última terça-feira, levas de iguaçuenses foram para Puerto Iguazú apoiar a seleção argentina e desta vez, foram muito bem recebidos, como verdadeiros irmãos. O tempo vence a arrogância e tiramos boas lições dessa fraternidade, afinal de contas estamos muito próximos uns dos outros, não há razão para tanta rixa. 

Tudo lotado

O domingão promete, porque o jogo final da Copa será no horário do almoço e os restaurantes de Puerto Iguazú estão se preparando para receber a torcida, independentemente da nacionalidade. Do lado de cá, há muitos grupos se organizando para apoiar os vizinhos. Será uma data gloriosa para reforçar a amizade entre os dois países.