No Bico do Corvo
Dois dias sem futebol
A verdade é que estávamos acostumados a ver jogos de futebol todos os dias. O descanso para o início das quartas de finais chega a ser desolador para alguns fanáticos. O Corvo, que não é lá muito fã, já estava empapuçado, até porque não falavam em outra coisa.
Treino e observação
O Brasil pelo menos está entre as oito melhores equipes, são duas sul-americanas, uma africana e cinco europeias. Dizem os entendidos que o Marrocos dará muito trabalho aos portugueses e se for adiante, pode complicar a vida dos franceses também.
Análise do Corvo
A Croácia está cansada, mas é um time de fôlego e aguerrido. O Brasil é melhor e deve vencer. Se a Argentina passar pela Holanda, teremos o clássico dos clássicos. Na opinião deste colunista, a França é a equipe mais redonda e bem preparada. Devem chegar na final. São grandes as possibilidades de um confronto entre continentes, um sul-americano e outro europeu. Tomara o Brasil devolva a revanche, daquele jogo fatídico ao qual o “Ronalducho” teve uma convulsão, algo que não é bem explicado até os dias atuais. Então vamos curtir a folga, porque amanhã a bola rola.
Neve e esqui
Era o que faltava em Foz, um parque com neve e até estação de esqui em Foz do Iguaçu; é para onde o Corvo vai se mudar no verão que se aproxima e já derrete até os termômetros. Ir morar na neve será bem mais barato do que pagar a conta de luz.
Desafio
Deve ser mesmo um trabalho bem interessante e tecnológico o das empresas que fazem nevar em locais ferventes como Foz. O anúncio do Snow Park deixou muita gente animada, a começar pelos que pregam avião para ir praticar esqui na Argentina, Chile ou outros lugares.
De Jet
Tomara mesmo os voos entre Foz e Santiago do Chile sejam permanentes. Em geral, quando o povo pega o gostinho e começa a se preparar para fazer esses roteiros, as companhias anunciam a desistência. Cortaram até faixa para celebrar a iniciativa da JetSmart, o que nos faz deduzir que os aviões estarão sempre pela fronteira. O Corvo vai procurar pelos preços.
Gasolina baixa
Foi sair a notícia da redução dos combustíveis nas distribuidoras que os postos já ficaram lotados. O caso é que isso demora, pelo menos uns dois ou três dias até a renovação dos estoques. Muita gente não acredita nessas reduções, mas são verdadeiras. Isso acontece em razão das reações no mercado internacional. Não é nada com política de preços no país.
E é baixa mesmo?
Que nada, apesar das reduções de preço ainda está o olho da cara, quase um dólar o litro. Preço bom era quando custa R$ 2.20 e mesmo assim o povo ainda reclamava. Quem enche o tanque e usa o veículo para trabalhar ou viajar, sabe o quanto dói.
Carros elétricos
Por enquanto os veículos custam caro, mas há uma febre tecnológica mundial, de fabricação e também adaptação. Nos Estados Unidos estão instalando baterias em quase todos os modelos antigos e aperfeiçoaram muito a autonomia e tempo de recarga. No Brasil o máximo que um veículo roda é 400 km, dependendo o peso; os norte-americanos e alemães estão fazendo o dobro da quilometragem e com carga rápida. Alguns modelos nem precisam de tomada, são reabastecidos por meio do atrito nos conjuntos de freios, que funcionam como usinas e amortecedores. Logo os brasileiros encontrarão soluções melhores, pois há vários laboratórios de vanguarda. Um começou em Foz, inclusive.
Como vai ficar?
Veremos o que o seo Lula vai fazer para agradar o povo com o preço dos combustíveis. Seria um caminho curto para conquistar simpatizantes e desmontar um pouco a ira infernal que há do outro lado. O povo continua de plantão em frente aos batalhões e há ameaças manifestações no início da semana.
Dia 12
É uma data enigmática. É o dia marcado para a diplomação de presidente eleito e vice. Em contrapartida, em Foz haverá um diferencial: o presidente Bolsonaro deverá se encontrar com o colega Marito para a cerimônia de entrega da Ponte da Integração. Até ontem não falaram em adiamento.
Do nada ao lugar algum
E quem diria, como era esperado, a nova ponte, décadas sonhada, existirá uns tempos apenas para ser incorporada aos cartões postais. Não há acesso do lado brasileiro e muito menos do paraguaio. O presidente Marito terá quem ingressar pelo Brasil para poder chegar no local da inauguração, ou pegar um helicóptero. Que barbaridade!
A Perimetral
O que se vê é montanhas de terra para todos os lados e com os ventos de verão, teremos rodamoinhos gigantes de pó, se espalhando pelo setor Sul. A empregada do Corvo, que vive nas cercanias já anda bicuda pelo fato de não poder usar o varal. As roupas brancas são tingidas em horas.
No trevo
O encontro entre a BR 469, Avenida Mercosul e o trecho urbano da Estrada das Cataratas está meio que parado. Fizeram uma terraplanagem, retiraram os postes antigos, mas no resto, parece que as obras deram uma estagnada. O Corvo se cansou de defender as empreiteiras, até porque não obtém mais respostas sobre a desaceleração das demandas. Por sua vez, o pátio de estacionamento do Hotel Carimã está lotado, pois o estabelecimento recebe um megaencontro religioso. Quem sabe Jesus não aproveita, volta e realiza o seu primeiro milagre, de apresar as obras ao lado.
Falar em obras…
Prefeitos ganham referências em suas gestões. Às vezes, demandas inexpressivas são as que mais acabam marcando, sobretudo se estão há décadas incomodando os munícipes e ninguém faz absolutamente nada. No atual governo, estejam certos que o Chico Brasileiro será lembrado por uma obra bem simples, mas que será lembrada: a pavimentação da Rua Parigot de Souza, uma travessa da Avenida Cataratas que ainda existia na base do terrão, desde quando o Cabeza de Vaca passou por lá, em 1542.
Ligação
O trânsito na Avenida das Cataratas requer mais saídas, especialmente em finais de semana prolongados e temporadas. Formam-se filas enormes no semáforo onde está o restaurante China e a Parigot de Souza será uma válvula de escape interessante, sobretudo para quem se desloca ao setor Leste da cidade.
Desleixo ou incompetência?
Ou é uma coisa ou outra. Não é possível que os responsáveis pelo trânsito na BR 469 não deem a mínima importância no cruzamento da rodovia com a rua Carmem Gatti. É uma vergonha. Na manhã de ontem a fila ia até o portão do Clube Hípico e em sentido oposto alcançava uns 400 metros. No cruzamento aquela bagunça de taxis à toda velocidade, motoristas no meio da pista para fazer o contorno, motos caindo no buraco da obra antiga, um inferno e que pode acabar em tragédia. Todos os dias a baderna é generalizada naquele pequeno trecho, quase urbano. Isso sem contar as obras de duplicação. Precisam encontrar solução antes que aconteça outro acidente, como os vários que em geral, ocorrem bem naquele ponto. Mas parece que não adianta denunciar. Não fazem absolutamente nada.
“Protagonismo”
Chega a ser uma piada: o Corvo ouviu uma entrevista com autoridade analisando a política local. Na fala de uns cinco minutos, o entrevistado repetiu a palavra “protagonismo” umas trinta vezes. O vivente aprendeu o novo termo e esqueceu dos outros. Nem sabe ao certo o que isso quer dizer. Até pouco tempo, acontecia o mesmo com a palavra “atípica”, relacionada às diferenças de Foz com outras cidades. Poxa, dicionário ainda existe e não custa consultar. Fica feio.
Natal
A cidade está bonita, mas nem tanto, se comparada ao ano passado. O Corvo detesta ser desmancha prazeres, mas faltou luz e vários pontos importantes. Mesmo assim valeu o esforço, porque há apresentações. Mas se as pessoas se queixam que faltam portais na Avenida Jorge Schimmelpfeng, há enfeites bem bonitos na Avenida das Cataratas e em outros setores. Decoração de Natal é assim mesmo, isso vai se moldando ao longo dos anos, até encontrar um formato final. Não faz muito tempo Foz passou a empreender os festejos com uma pegada mais eficiente. Vamos chegar lá.