Após acordo, manifestantes desbloqueiam avenidas em frente ao batalhão do Exército
A Polícia Militar desmobilizou nesta sexta-feira, 11, o acampamento bolsonarista que ocupava trechos das avenidas República Argentina e Brasil em frente ao 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado no centro de Foz do Iguaçu. A PM seguiu a determinação do Ministério Público Federal (MPF) que atentou aos militares sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que ordenou a desobstrução das vias ocupadas por atos ilegais manifestados por aqueles que não aceitaram o resultado do segundo turno das eleições que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente do Brasil. A desocupação das vias foi pacífica, após acordo entre o comando da PM e os manifestantes.
Em ofício encaminhado ao comandante interino do 14º Batalhão da Polícia Militar, major Márcio Skovroski Serbai, a procuradora Indira Bolsoni Pinheiro destaca que “desde o último dia 2 um grupo de pessoas acampou em frente ao batalhão do Exército em defesa de “intervenção militar, violando o direito de ir e vir dos cidadãos e causando transtornos generalizados ao comércio, trânsito de pessoas, de veículos”.
Segundo a procuradora, o Município solicitou providências para desobstruir a Avenida República Argentina, entre Avenida Brasil e Avenida Juscelino Kubitschek, local do “acampamento”. “Tendo em vista a decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, solicito que dê cumprimento, no prazo de 24 horas, à decisão do STF sob pena de poder incorrer no cometimento do crime de prevaricação”.
Imediata desobstrução
A determinação, segue a procuradora, cabe que a Polícia Militar tome as providências para promover a “imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido, com o resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento ilegal que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias do país”.
A Polícia Militar deve impedir, inclusive nos acostamentos, a ocupação, a obstrução ou a imposição de dificuldade à passagem de veículos em quaisquer trechos das rodovias “garantindo-se, assim, a total trafegabilidade”.
A procuradora ainda afirma que o cumprimento da decisão pela Polícia Militar deve ser comunidade ao MPF. A determinação, como escrito acima, foi cumprida entre a noite de quinta-feira e a manhã de ontem e poucos manifestantes estavam no local. Mesmo com o tempo chuvoso, a PM desmontou barracas e lonas montadas no acampamento, garantindo a fluidez no tráfego no local.
Da redação / Foto: Osmildo Leomir Hanel/GDia