No Bico do Corvo

Pavimentação

Que maravilha hein Corvo, o asfalto está cobrindo o concreto da segunda ponte com o Paraguai. Logo podemos caminhar até o outro lado e desfrutar de uma nova vista panorâmica. Por outro lado, o piche também está sendo espalhado na rua aqui do Bairro, o Jardim Tarobá. O povo está muito feliz, mas tem gente achando que o calor vai aumentar. Você que é um passarinho entendido em qualquer assunto, o que acredita que poderá acontece Corvo?

Maria L. C. da Penha

O Corvo responde: prezada, a sua pergunta é muito boa. A pavimentação poliédrica, ou o calçamento antigo, era menos quente, até porque havia mais infiltração de água em dia de chuva. O asfalto é bem mais quente, mas segundo disseram é um tipo de pavimentação ecológica, com temperaturas menos elevadas que o asfaltamento convencional. O Corvo tem recebido várias mensagens de moradores preocupados com o asfalto. Alguns preguntando se haverá lombadas inclusive. Ao que parece, depois do serviço pronto, as ruas receberão até sinalização, com o estacionamento mais demarcado, sem que os veículos de serviços possam passar. Mas essa informação ainda requer oficialidade.

Outra ponte

Esses dias o Corvo escreveu sobre a ligação dos bairros Carimã e Jardim Cataratas. Ontem havia técnicos avaliando a construção da travessia, se por meio de ponte ou tubulação avantajada, do tipo galerias. Mas quando o morador foi perguntar, os servidores subiram no veículo e foram embora, sem dar um pio. Quando segredo hein? Chico, termina logo essa obra. Risque mais esse item do seu caderninho!

Ousadia

O Corvo recebeu ameaça de uma dessas pessoas que não sabem se manifestar, se não for por meio de insulto e ignorância. Ai que medo! O difícil é saber a razão da pressão, uma vez que o colunista não apoia e nem desapoia um dos candidatos. Apenas fazemos um jornalismo isento, sem jogar a brasa nas sardinhas. Pedimos calma, atenção e civismo e nada mais. A coluna, civilizadamente, respeitará a opinião de todos e também quem vencer as eleições de amanhã.

Amanhã!

O processo eleitoral foi tão intenso que muitas pessoas não saberão o que fazer até a ficha cair. Como será a vida no pós-eleitoral de 2022? Não haverá, por exemplo, pesquisas a cada dois dias, nem o tempo roubado pelo horário eleitoral, tampouco o bloco sobre o que fazem os candidatos. Não haverá candidatos e sim um eleito, o presidente de todos os brasileiros, goste ou não o lado perdedor. Bolsonaristas voltarão a usar as roupas vermelhas que estão nos armários e gavetas, pois não haverá motivo de se indispor com outros fervorosos. O vermelho não será mais um “desafio”. Lulistas poderão vestir verde e amarelo sem peso na consciência, como fosse um disfarce. Aliás, todos nos enrolaremos nas cores da Bandeira e cantaremos com fervor o Hino Nacional… antes dos jogos da Copa do Mundo, que começa no dia 20 de novembro.

Muito vai mudar

É provável que as pessoas tenham compreendido o texto do amigo Zé Elias e partido para o abraço, quem sabe confraternizando um churrasquinho, assistindo ao debate, com um, tirando sarro do outro, dependendo a fala dos candidatos. As facas servirão apenas para cortar o suculento pedaço de costela, ou o que der para o bolso, seja pé de frango ou carne de pescoço, não importa. É preciso refletir sobre o que disse o Nietzsche, “os políticos dividem os seres humanos em duas classes: inimigos e instrumentos”. Ele está mais do que certo. Vamos começar a encarar os políticos como “empregados” privilegiados nos cargos mais importantes da nossa grande empresa chamada Brasil.

Uma ideia mais clara…

…poucas pessoas olham para isso, quantos são esses nossos “empregados” e de que maneira devemos lidar com eles quando falham. O Corvo não foi buscar o número exato, mas basta somar todos os vereadores, prefeitos e vices das 5.568 cidades. São mais de 11 mil prefeitos e vices; somente nas Câmaras existe quase 60 mil vereadores; há também 27 governadores e vices (Incluindo o Distrito federal), 81 senadores, 513 deputados federais, e, mais de 1.000 deputados estaduais. Ao lado dessa gente há os assessores nomeados, logo, isso forma um número muito grande, além de 200 mil pessoas recebendo o salário que desembolsamos. Não mencionamos o presidente e vice, os ministros escolhidos, secretários nos estados e cargos nas prefeituras, autarquias, fundações e empresas governamentais. Dente essa e outras, é muito importante votar.  

As razões convincentes para votar

O cientista político Marco Antônio Teixeira, da FGV/EAESP concedeu uma aula no Jornal Nacional da quinta-feira. “A ausência desse processo decisório, faz com que o eleitor não tenha, de certa forma, autoridade para cobrar depois. Então, aquele eleitor, que quiser cobrar responsabilidade de quem for eleito, no dia 30 de outubro deste ano, ele tem que notar. Não é pouca coisa, está se discutindo que tipo de Brasil nós vamos ter daqui para a frente, portanto, é muito importante que ninguém se exima desse processo. Quem não comparece à urna, vai ser governado por quem for eleito pelos outros. Assim que sai resultado, esse Presidente da República eleito, passa a ser o presidente de todos; daquele que nele votou, daqueles que nele não votaram e daqueles que se eximiram de participar do processo de decisão”.

Bagunça

No fim, sabemos que há pessoas que por várias razões não votam, mas que ficam tumultuando o processo, ateando fogo no combustível que derramaram o tempo todo. Não queremos que o Brasil incendeie assim, de um jeito que não se possa apagar. Muito pior que inventar notícias falsas, atemorizando os cidadãos, é clamar por revolta, do tipo fazer isso ou aquilo, se o resultado for diferente daqueles que se esperava. Calma aí. Quem faz esse tipo de coisa não calcula, não faz ideia do que pode ocasionar um conflito civil. Essa fervura precisa amenizar.

Discursos

Muitas manifestações mais que acaloradas circulam nas redes sociais. O Corvo ouviu uma que chega a causar arrepio: “se fulano perder, vamos para as ruas caçar a escória oposicionista e acabar com essa raça de vez”. Que barbaridade. Devemos partir de um pressuposto matemático: quem vencer contará com uma legião bem maior de apoiadores e aí o pato vai dar o nó no pescoço. Não se pode agir assim, com essa virulência. Debater a política ainda é a solução, sem pressão ou medo. Segunda-feira o Brasil inicia um novo momento, independentemente o resultado das eleições. Quem vencer precisará ouvir quer perder e é assim que se constrói a nação. Qualquer movimento contrário será um desastre, abrindo as portas para a fome, o desespero, a desigualdade, desemprego, falência, tudo muito próximo do irreversível. Será que as pessoas preferem isso? Com certeza a maioria não.

O que queremos?

O brasileiro de bem espera contar com o emprego, ou pagar os empregados; receber um salário, pagar as contas, ter comida na panela, vestir e calçar os filhos, colocar gasolina na moto ou carro, contar com escolas, postos de saúde, segurança; os que podem gostam de viajar uns dias; tomar um banho de Sol ou de Cataratas, reformar a casa, ajeitar o jardim, às vezes o “menos” é mais. Temos muito com o que nos preocupar, além do preenchimento dos cargos públicos.

Paz na Terra

Muitas autoridades desconfiam do discurso benevolente de Vladmir Putin, com o tom de acabar com a guerra na Ucrânia e ficar de bem com o Ocidente. Faltou ele dizer que quer se juntar à OTAN, para encerrar de vez a discussão. Para começo de conversa, nem precisaria existir uma OTAM, caso os países do bloco oriental não fossem ideologicamente tão instáveis, como é o caso da Rússia, China, Coréia do Norte, Irã e outros dos seus aliados. Que bom se fosse verdade, caso os líderes se unissem para valer e dessem uma ajeitada no Planeta, pelo menos controlando a fome, amenizando as perdas ambientais.

Favoravelmente

Se os líderes conversarem, haverá ânimo de mercado, as bolsas se estimularão, independentemente da alta nas moedas predominantes, como o dólar. O que a humanidade precisa fazer é dar um jeito de evitar o aquecimento global, isso sim. A alta é estimada em 2,8 graus até o final do século. Os países não estão cumprindo os acordos. Nem a ciência conseguiu descrever o que acontecerá.

Melhor idade

O Corvo teve notícias muito auspiciosas advindas do Centro de Convivência do Idoso, onde atua a ACTIFAFI, a Associação da 3ª Idade. Lá desenvolvem uma série de atividades de impressionar, além até da alfabetização. A turma está aprendendo a lidar com computadores inclusive. Aqui vai um abração para a professora Mafalda e ao querido Natalino Fonseca. O Corvo e o GDia estão com os espaços todos abertos para as pessoas que ajudaram a construir a nossa cidade.

Fogo de chão

Falar na entidade, no próximo 06/11, o primeiro domingo do mês, haverá um baita churrasco em favor dos projetos que há no CCI. O valor é simbólico, apenas R$ 40,00 por pessoa e após o almoço a gaita vai fungar, com um grande baile! Prestigie o evento e faça contato pelo número 99127-1212. 

Um olhar

O idoso merece ser respeitado neste país. Ainda estamos longe do entendimento que há em boa parte do mundo, a começar pelos povos naturais, onde os anciãos são a base de toda a sociedade, elevado o grau de sabedoria. No Japão, há cerca de 40 mil pessoas com mais de 100 anos em atividades laborais, em empresas e escolas, onde transferem experiências de vida, falam sobre a história e como se tornaram tão saudáveis, física e intelectualmente. Hoje, uma pessoa atinge o auge da intelectualidade aos 60, 65, 70 anos. Para muitos, gente assim é simplesmente considerada “velha”. Qual engano hein? E o que dizer das famílias que abandonam os pais e avós? O trabalho que acontece no CCI vai ao encontro às políticas mais sérias com as pessoas que atingiram idades superiores e que “estão vivas”, muito mais do que se imagina. Valorizar a melhor idade é pavimentar um futuro bem mais glorioso. 

Recomendação

Para terminar a coluna hoje, o Corvo pede aos amigos que compareçam às urnas, cumpram o dever e participem desde importante momento. Daqui uns anos lembraremos disso e pode ser, contaremos para os filhos e netos. O Brasil está perto de dar um grande exemplo ao mundo e isso é consagrador. Logo, vamos dar esse exemplo com civilidade e altivez. Um bom final de semana a todos!

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