No Bico do Corvo

Pesquisas

Onde é que esses resultados vão? Não seria o caso, seo Corvo, pararem com essas divulgações, porque elas estão deixando muitas pessoas nervosas e depois, os resultados não conferem e acabam causando estragos nas campanhas. Como o senhor escreveu, se há mais de 5 mil municípios no país, o risco de erro nas pesquisas é bem maior que o divulgado. Os institutos ouvem apenas 3 a 4 mil pessoas, no máximo em 300 cidade. Isso nunca vai bater. Esse assunto precisa ser revisto.

Maria C. V. Penna

O Corvo responde: prezada, taí um assunto para os novos congressistas; eles é que podem trabalhar as leis, colocando as coisas em seu devido lugar. Há opiniões dissonantes sobre as pesquisas, uns acreditam que elas são importantes, outros asseguram que isso atrapalha e induz o eleitor ao erro. Infelizmente, nesta eleição, pesquisas serão divulgadas até o último suspiro. Difícil mesmo é acertarem o resultado.

Lava Jato, o renascimento

O deputado federal eleito Deltan Dallagnol sabe que a tarefa é bem mais complicada na Câmara, onde o debate é bem maior para os acusadores. Mas quando ele fala em “Lava Jato”, terá pela frente a oportunidade de ajudar a causar uma reforma no Judiciário e, dependendo o resultado, operações assim terão resultados mais eficientes na prisão e julgamento de corruptos, talvez sem tantos recursos que beneficiem os réus.

Não se sabe ainda

O fato é que prende, solta, anula sentença, muda tribunal, condena juiz, e no meio disso há eleições com os suspeitos participando. O resultado não é outro: um nó cego na cabeça dos eleitores, colocando sob suspeita a verdade, com a presumível culpabilidade em movimento e a inocência sob suspeita. Ou é uma coisa ou outra.

As reformas

O Brasil, em verdade, precisa pensar em reformar muitas coisas. Podem considerar a Constituição perfeita, mas toda a perfeição carece de manutenção. Há pontos que precisam de aprimoramento e claridade, de maneiras que as decisões não sejam tão frágeis. Hoje o país passa a limpo a discussão ideológica, imerso no jogo pelo poder, e, isso será bem mais fácil depois dos ajustes; eles são sempre sugeridos por juristas, organizações e até magistrados. Não se precisa ampliar o número de Ministros do Supremo e nem diminuir; tampouco ferir as instituições, basta lapidar algumas leis, códigos, e causar a celeridade e desenvolvimento. A reforma tributária, por exemplo, poderá gerar milhões de empregos e reacender a economia rapidamente, basta entendimento e trabalho legislativo. Nosso país precisa pensar em muitas coisas, e, tomara, isso se consiga nos próximos anos. 

Pela frente

Estamos a uma semana e meia da eleição, do fatídico (para muitos) segundo turno. Leia-se “fatídico” para os que não sabem viver de outra maneira que não seja na política. Independentemente o resultado, uma leva ficará sem o chão, amargando o que fazer nos próximos dois anos, atucanando a vida de quem precisa trabalhar duro, seja no batente ou na organização dele. Hoje patrões e empregados comungam dos mesmos dramas: pagar as contas, os impostos, os financiamentos do período de pandemia, lidando coma inflação, os juros, os altíssimos custos dos produtos, porque digam o que quiserem nos programas eleitorais, a vida do brasileiro não é boa nem de um lado e muito menos no de outro.

O que teremos

É simples, das duas uma: se Bolsonaro for reeleito terá que brigar para manter os preços; distribuir recursos para as camadas vulneráveis, por meio de projetos sociais; trabalhar na geração de empregos e distribuição da renda; teremos pela frente um final de ano e o povo quer um descanso, um agrado na família e em janeiro, começar tudo de novo. Se for o Lula, precisará de muito jogo de cintura para lidar com a turba e ela é gigantesca; certamente precisará acalmar algumas revoltas e negociar com o Congresso imediatamente, do contrário não terá a governabilidade. É uma baita saia justa. Em ambos os casos, as rédeas são curtas e há risco de convulsão. Apesar da euforia democrática, o Brasil vive um limiar da tolerância.

Pressão

Corvo, francamente não tenho mais paciência com a política. Não dá mais para ligar a Tv e entrar nas redes sociais, com essa mentirada dos dois lados. Será que não podiam ter encontrado outro jeito de disputar a cadeira de presidente, sem se acusarem tanto? Ontem eu dei uma olhada nos jornais de outros países e chegam a fazer piada do Brasil. Isso é muito triste. Estou seriamente pensando em pedir uns dias de folga, tomar uns remédios para dormir e só acordar na segunda-feira, Dia das Bruxas. E olha, será “o dia das bruxas” dependendo quem vencer as eleições. Nunca pensei viver isso!

Murilo S. B. Palhares

O Corvo responde: prezado, não é o caso de dormir e sim se manter acordado, participando do processo, pois é uma rara oportunidade de ajudar a decidir o destino da nação. Veja a TV, os jornais, ouça rádio, entre na internet, faça força para discernir a verdade, combatendo as mentiras; acordar apenas na segunda-feira é a pior maneira de participar; de fazer parte deste momento histórico. É o apertar dos botões da urna que construirá o nosso futuro. Tenha isso em mente. Se anular não é o melhor caminho. Teremos dias de muita emoção pela frente e o melhor é ficar ligado.   

Provocações

O clima anda muito tenso seo Corvo. Vejo bate-bocas em vários lugares, no mercado, padaria, açougue, boteco, fila de lotérica e até mesmo na recepção de consultório odontológico. Estava aguardando a vez e um sujeito começou a inquerir os pacientes, perguntando em quem votariam. Uma senhora negou-se a responder e começou a ser ofendida: “a senhora é uma petista inútil, deve sair daqui agora mesmo, senão vou coloca-la para fora”, disse o homem, como estivesse fora do corpo. A mulher apenas disse que não queria dizer em quem votaria, simplesmente por ainda ser indecisa, o que é um direito dela. A polícia não foi chamada porque o dentista saiu da sala e retirou o intolerante. Pensa Corvo? Pobre mulher, lá com dor de dente, precisando voltar ao trabalho. O que dá nessa gente hein?

Oswaldo M. A. Maciel

O Corvo responde: pois é caro leitor, a situação está muito tensa. As pessoas estão no direito de não se manifestar e no fim das contas é até melhor, porque qualquer palavra já causa uma faísca e há muita gasolina derramada na política, com a facilidade de causar incêndio. Há sim os mais afoitos e aguerridos e em muitas vezes, não têm a mínima noção do que causam. Os nervos, parece que estão à flor da pele, com brigas em famílias e amigos de longa data saindo no tapa. É preciso calma.   

Eleições municipais

Segundo disseram ao Corvo, as recentes eleições para deputados serviram para passar um alvejante nos partidos locais. Muitas mudanças estão acontecendo e em alguns casos, deve haver uma limpeza total. Claro, todo mundo está de olho no embate municipal, com a escolha de vereadores e prefeito.

Aposta

Alguém ligou para o Corvo e disse que abrirá uma aposta de que haverá consenso em apenas um nome para a prefeitura nas próximas eleições. O Corvo acha que isso é possível sim, só se for na “Terra do Oz”, ou na “Terra do Nunca”, onde há duendes, fadinhas, gente que voa, dentre outras. Em Foz isso dificilmente acontecerá e chegar ao ponto de fazer aposta? Cadê a camisa de força?  

Renovação

Agora, se alguém apostar que haverá uma renovação de quase 80% dos vereadores, isso é plenamente possível de acontecer, porque o povo anda de saquinho bem cheio da falação e pouca ação. Olhando para a situação, muitos vereadores estão preocupados em realizar prestações de contas com urgência.

Furtos de cabeamento

A Secretaria das Finanças de Foz ficou sem atendimento presencial nesta terça-feira e, segundo um boletim, foi por causa do furto de cabos. Que barbaridade hein? Não é a primeira vez e nem será a última, que o serviço público deixa de funcionar em razão do vandalismo. Enquanto houver receptadores esse povo continuará a surrupiar o patrimônio do povo e também o privado. Não faz muito tempo, os ladrões limparam a fiação de um conjunto de casas em acabamento. E pior, destruíram as tomadas e interruptores, quebraram paredes, gesso, vidro, o prejuízo foi muito grande aos incorporadores. Até hotéis ficam no escuro, no meio da madrugada. 

Acidente

Foz começou a semana com uma notícia muito triste e as pessoas tentam entender como três jovens acabaram se envolvendo em acidente tão dramático? Olhando as fotos é difícil avaliar de que maneira o veículo capotou e foi se chocar com a parede de uma lanchonete, ao lado dos edifícios onde era a favela da Guarda Mirim.

As narrativas

O Corvo não é muito de se envolver nessas notícias, mas recebeu uma porção de telefonemas de amigos, mais para relatar a grande bagunça que uma casa noturna anda causando nas imediações de onde ocorreu a tragédia. Faz tempo os moradores da Avenida Paraná e adjacências, ante uma localidade muito pacata, não dormem em razão do barulho, brigas, gritarias, arrancadas de veículos e até tiros na madrugada. Seria supostamente nesse local, onde iniciou-se o triste desfecho na vida das três jovens, sendo que duas não sobreviveram e a terceira, em estado grave.

Perseguição

Pode ser, com a recuperação da sobrevivente, seja possível aclarar os desdobramentos do caso com mais exatidão, mas houve sim uma perseguição, tráfego na contramão e a perda do controle do veículo, o que resultou em capotamento cinematográfico dizem, com um enorme estrondo. Isso ocorreu em local onde circulam muitas crianças e transeuntes, mas como era muito cedo, não havia movimento.

Fiscalização

As autoridades precisam adotar providências ou pelo menos fiscalizar essas casas noturnas de uma maneira mais aprofundada, não é possível que o interesse de uns, seja empresarial ou de diversão, estejam acima do sossego de outros. É o livre direito de todos optarem em frequentar lugares assim, mas será que estão em localização correta? Nada contra o estabelecimento, especificamente, mas isso faz parte de um debate muito intenso na cidade.

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