Aos 98 anos, idoso realiza sonho de ver de perto as Cataratas do Iguaçu

Antônio Virmond, de 98 anos, percorreu mais de 600 quilômetros para finalmente conhecer um dos maiores cartões-postais do Brasil. Morador de um lar de idosos em Curitiba, ele viajou a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, para realizar o desejo que carregava desde jovem: contemplar as Cataratas do Iguaçu, Patrimônio Natural da Humanidade.

Nascido em 1927, doze anos antes da criação oficial do Parque Nacional do Iguaçu, Antônio visitou a região ainda no século passado, mas não chegou a ver as quedas. “Naquele tempo, a gente passava do Paraguai para Foz do Iguaçu de canoa. Sempre vi [as Cataratas] pela televisão”, disse ao repórter Marcos Landim do g1 PR e RPC.

Desta vez, não quis apenas observar de longe. Com passos lentos, mas firmes, caminhou pela passarela até a Garganta do Diabo, o ponto mais icônico e movimentado do parque. Parou, respirou fundo e resumiu a experiência em poucas palavras: “Muito bonito”.

 

Viagem de avião

Essa foi apenas a segunda vez que Antônio andou de avião. Para que o sonho saísse do papel, ele contou com a mobilização de funcionários do lar onde vive há mais de dez anos. Segundo a assistente social Jocelia Lopes, tudo começou com um pedido feito em 2024.

“Um dia contou que queria conhecer as Cataratas antes de morrer. Nosso presidente se sensibilizou com a história e autorizou a viagem”, explicou Jocelia.

Na época, Antônio enfrentava problemas de saúde, mas isso não o impediu de sonhar. A assistente social levou o desejo à diretoria, que cedeu as passagens. Para custear os passeios, foi organizada uma campanha entre funcionários e voluntários. “Agora deu certo de vir e ver o sonho dele realizado é gratificante”, completou Jocelia.

 

Um encontro com a natureza

Acompanhado de cuidadores e com apoio para percorrer os trajetos do parque, Antônio se emocionou ao chegar à borda da Garganta do Diabo, onde a força das águas é mais intensa. Para quem passou a vida vendo as quedas apenas pela televisão, o encontro com a paisagem natural representou um marco.

Para os profissionais do lar, a viagem também reforçou a importância de garantir qualidade de vida aos idosos. “Foi uma experiência que mostra como pequenos gestos podem significar muito para quem já viveu tanto”, disse Jocelia.

Antônio voltou para Curitiba no dia seguinte, levando na memória a imagem que esperou quase um século para ver. (Com informações do G1 e da RPC)

 

  • Da redação
  • Foto: RPC

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *