Nova sede da Escola Lúcia Marlene Pena Nieradka terá 13 salas e ensino integral
Após mais de 20 anos funcionando em instalações improvisadas sob a arquibancada do Estádio Pedro Basso, a Escola Municipal Lúcia Marlene Pena Nieradka, localizada na Vila Iolanda, terá finalmente uma nova sede. O projeto arquitetônico, apresentado nesta sexta-feira (11) na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, prevê uma estrutura moderna com o dobro da capacidade atual de atendimento, ensino em tempo integral e ambientes pensados para inclusão.
A nova sede será construída na Praça das Aroeiras, no Jardim Social, atendendo a um pedido da comunidade local. O projeto inicial, que previa seis salas, foi ampliado para 13 salas de aula, além de biblioteca, sala de informática, multiuso, cozinha, quadra coberta e espaços administrativos. A área total construída será de 2.900 m², em um terreno de 4 mil m².
A ampliação do projeto não significou um aumento proporcional no custo. O valor estimado passou de R$ 7 milhões para R$ 10 milhões, com recursos próprios da Prefeitura. “O objetivo é investir, sim, o dinheiro público em melhorias na educação, mas com responsabilidade”, afirmou a secretária municipal de Educação, Silvana Garcia.
Dois novos elementos foram incorporados à proposta e passarão a ser padrão nos futuros projetos da rede municipal: um jardim sensorial, voltado especialmente a crianças neurodivergentes, e uma sala de aula ao ar livre. “Será mais um espaço que o professor pode usar para aulas de artes, pintura ou atividades que exijam outro ambiente”, explicou a secretária.
Segundo Silvana, a decisão de ampliar o projeto veio após determinação do prefeito General Silva e Luna, no início do mandato. “Assim que assumimos, em janeiro deste ano, o prefeito solicitou que trabalhássemos com muito empenho nessa demanda e que essa situação fosse solucionada”, disse.
A obra será executada em dois pavimentos e atenderá a mais que o dobro do número de alunos da unidade atual. “A demanda aumentou muito e a escola não suporta mais a quantidade de alunos. Então, o projeto antigo precisou ser adaptado para ficar bem maior”, completou Silvana.
A apresentação do projeto foi realizada no plenário da Câmara em modelo 3D, com a presença de vereadores, representantes do Executivo, da Secretaria da Educação, do Sindicato dos Professores (Sinprefi) e do Sindicato dos Servidores Municipais (Sismufi). A Câmara atuou como interlocutora entre a comunidade e o Executivo na viabilização da proposta.
Presidente da Câmara, o vereador Paulo Debrito (PL) comemorou o avanço. “Hoje é um momento de muita alegria por eles estarem mostrando esse projeto que ficou muito maravilhoso, que agora está atendendo aqueles alunos lá na região, porque essa escola não pode mais ficar embaixo de um estádio de futebol”, declarou.
Já o vereador Dr. Ranieri (Republicanos) destacou o papel da mobilização social. “Quero deixar um agradecimento para a comunidade que trabalhou e se empenhou, que essa batalha seja exemplo para outras pessoas da cidade”, afirmou.
Mãe de ex-aluno e uma das lideranças da comunidade escolar, Angela Berlanda emocionou-se ao ver o projeto. “É muito mais do que a gente esperava, mas é o que a comunidade e os alunos e profissionais merecem”, disse.
A expectativa da Secretaria da Educação é concluir os projetos complementares, como os de hidráulica, elétrica e prevenção de incêndios, nos próximos meses. A licitação deve ocorrer até o fim de 2025, com previsão de até 18 meses para a conclusão das obras após o início dos trabalhos.
- Da redação com assessorias