Captação de água da Sanepar no Lago de Itaipu em Foz passa por inspeção com mergulhadores

Com 225 metros de extensão submersa e papel essencial no abastecimento de água em Foz do Iguaçu, a tubulação da captação flutuante da Sanepar no Lago de Itaipu passou por uma nova inspeção técnica. A operação contou com mergulhadores especializados, que atuaram na identificação de desgastes, registro de imagens subaquáticas e realização de reparos em conexões críticas.

A inspeção é parte de um cronograma periódico de manutenção preventiva das estruturas ancoradas por cabos de aço no leito do lago. Segundo a gerente regional da Sanepar, Polyana Varlett, neste ano foi identificada uma pequena fissura em uma peça de conexão entre tubos. “O reparo foi feito de imediato”, informou.

Além do registro visual, os profissionais realizaram vistoria tátil em condições de visibilidade reduzida. “Teve uma ruptura de um colarinho, numa rede de PEAD (tubo de polietileno), que faz conexão com uma parte metálica que é a estrutura fixa desta rede. A maior dificuldade foi desconectar toda a tubulação, num ambiente de muita pressão de água, e que exige bastante dos mergulhadores, uma vez que cada profissional tem um tempo de permanência submerso”, relatou o mergulhador Sandro Luiz Cardoso.

O diretor-presidente da Sanepar, Wilson Bley, reforça que a operação dos sistemas de água e esgoto depende de equipes capacitadas e tecnologia de ponta. “Com o compromisso de manter o abastecimento de água em quantidade e qualidade, a Companhia utiliza da melhor tecnologia disponível, para manter o bom funcionamento dos equipamentos“, afirma.

A plataforma flutuante da captação entrou em operação em 2015 e está localizada a 250 metros da margem do Lago de Itaipu. Com 96 metros quadrados, ela abriga três conjuntos de motobombas, conectados por tubos submersos até o píer que leva à unidade de tratamento.

A inspeção também busca garantir a segurança da navegação. “Com a vistoria, o objetivo é evitar risco de acidentes, caso as tubulações se desprendam, ou ainda o risco de reduzir a capacidade operacional da unidade de captação”, pontua o gerente-geral da Sanepar na região Sudoeste, Marcio Luis de Souza.

O ambiente dinâmico do lago, sujeito a variações de vento, correnteza, secas e enchentes, acelera o desgaste das estruturas. A vistoria ajuda a prevenir falhas operacionais e impactos ambientais. “A operação dos sistemas exige serviços especializados, pois além de serem estruturas de grande porte, muitas estão localizadas em lugares inóspitos ou de difícil acesso”, resume o diretor-presidente Wilson Bley.

 

  • Da redação com AEN

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