CVV de Foz do Iguaçu está em busca de novos voluntários
Enquanto os números de suicídio seguem alarmantes no Brasil, iniciativas locais como o trabalho voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV) continuam sendo fundamentais para oferecer acolhimento emocional à população. O posto do CVV em Foz do Iguaçu está com inscrições abertas para o curso preparatório de novos voluntários, que acontecerá nos dias 17 e 18 de maio, de forma presencial.
A formação é gratuita e voltada para maiores de 18 anos que desejam contribuir com o serviço de escuta oferecido pela instituição. O curso busca capacitar os participantes para prestar apoio emocional com empatia, sigilo e anonimato — pilares que sustentam a atuação do CVV em todo o país.
Interessados devem acessar o site cvv.org.br/seja-voluntario e selecionar o posto de Foz do Iguaçu. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (45) 98403-4808, com Agostinho, ou (45) 98407-5544, com Mariana.
Fundado em 1962 por um grupo de jovens em São Paulo, o CVV é uma organização não governamental que realiza atendimento gratuito a pessoas que precisam conversar, muitas vezes enfrentando situações-limite. O serviço funciona pelo telefone 188, além de canais digitais como e-mail e chat.
A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida no mundo. Em 2022, o Brasil registrou 14.475 suicídios, um aumento de 11,8% em relação ao ano anterior, segundo os dados mais recentes. A realidade é especialmente grave entre jovens de 15 a 29 anos, grupo em que o suicídio aparece como a quarta causa de morte, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“É um compromisso importante e que pode impactar muitas vidas positivamente”, destacam os organizadores do curso.
O posto de Foz do Iguaçu começou a funcionar em 5 de outubro de 2018 e, desde então, tem atuado de forma contínua para oferecer apoio emocional à comunidade. A organização acredita que, além da atuação direta com o público, é fundamental fortalecer campanhas de conscientização, como o Setembro Amarelo, e estimular o diálogo sobre saúde mental.
Conforme reforçam os dados da OMS, o suicídio é um problema de saúde pública. Promover a escuta, o acolhimento e o acesso à informação é parte de um esforço coletivo que começa com ações locais e pode salvar vidas.
- Da redação com assessoria