Nova regra elimina a obrigatoriedade de contratar guias em Parques da Argentina
O governo argentino editou na última semana duas resoluções, sob os números 62 e 63/2025, que estabelecem um novo regramento que desregulamenta a contratação de guias de turismo em Parques Nacionais, eliminando a obrigatoriedade para agências de turismo e EBT. A mudança vem gerando protestos entre os profissionais de turismo no país. Em Puerto Iguazú, a associação de guias já trabalhava na questão desde outubro do ano passado, quando se especulou sobre essa possibilidade.
A nova normativa, elaborada pela Associação de Parques Nacionais (APN) em conjunto com o Ministério de Desregulação, visa reduzir a burocracia na criação de serviços turísticos, estabelecendo normas de segurança e cuidado ambiental. A eliminação da obrigatoriedade de guias habilitados se aplica quando não há riscos à segurança dos visitantes ou à conservação das áreas. A associação dos guias de Puerto Iguazú vem mantendo diálogo com o órgão nacional, para evitar demissões.
A APN afirmou que as medidas não comprometem a conservação dos Parques, mas buscam melhorar os serviços turísticos. Essa decisão, segundo a entidade classista, surpreendeu os guias de Puerto Iguazú, que esperavam alterações após reunião em Buenos Aires. Ángel Palma, vice-presidente da associação, declarou que continuarão a dialogar com a APN para preservar empregos.
Palma também destacou que estão em negociação com a Associação de Agências de Turismo de Iguazú para garantir a contratação de guias locais e manter a qualidade dos serviços no destino. Devido a essas negociações, os guias de Puerto Iguazú não participaram da marcha federal realizada na última sexta-feira em diversas partes do país.
O município, que é ligado à Foz do Iguaçu (Brasil) pela Ponte Tancredo Neves, é um dos principais destinos turísticos da Argentina, capitaneado pelo Parque Nacional del Iguazú, onde estão as Cataratas do Iguaçu. A principal reclamação dos guias locais é com a possibilidade da contratação de pessoas se formação, uma vez que sem a obrigatoriedade, qualquer um poderá se apresentar como profissional do turismo.
- Da Redação
- Foto: divulgação