Coluna do Corvo
Equilíbrio do Orçamento
Não está errado imaginar o General Silva e Luna na versão de um equilibrista de pratos, no circo, manejando as varetas de maneiras que as louças continuem girando. Se descuidar de apenas uma, estará feito o estrago.
Estica e puxa
Quando o assunto é o Orçamento Municipal, o cobertor sempre é curto e os pés de muitas secretarias acabam ficando de fora. É assim em geral, quando um governo é cheio de gente nova, com experiência em outras áreas. Até acertarem a mão demora e além do mais, há a necessidade de conversar com a Câmara, pedir remanejamentos e não é um processo dos mais tranquilos, sobretudo quando algum vereador resolver embirrar, pedir vistas, dentre outras.
De um ano ao outro
E devemos ter em mente que o Orçamento de 2025 foi analisado e votado por uma legislatura que foi renovada em bom número, embora quase todos os “novatos” tenham acompanhado os trabalhos com o interesse de antecipar a atuação, o que é de certa forma preventivo.
Atrasos
Segundo uma informação, há algumas áreas bastante afetadas e com a impossibilidade de pagar as contas do ano passado, porque isso depende de remanejamento. Sofrem as diretorias que se mudaram para outras secretarias. Disseram a este colunista que a área do Meio Ambiente está no foco dos cobradores, a começar pelo povo que trata os animais abandonados. Uma fonte revelou que tudo está entrando aos poucos no eixo.
Investigação
O tempo passou e este colunista acabou deixando de conferir como foi a leitura de uma moção de apoio à criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a administração da Itaipu Binacional. Mas na correria, deu tempo de saber que o texto foi lido e aprovado, por um voto. Calma, vamos explicar melhor: o deputado federal com nome de príncipe, Luiz Philippe de Orleans e Bragança é quem quer levar o assunto adiante em Brasília. Segundo ele, a Binacional apoiou uma série de eventos que ele quer esclarecimentos. Para o deputado, a grana saiu da conta de luz dos brasileiros. Eita que isso não é assim, como já cansamos de explicar, ouvindo uma porção de autoridades do setor elétrico, advogados e até diplomatas.
Operação
Para a abertura de uma CPI, o deputado que é sim parente dos imperadores Pedro I e II, busca todas as adesões possíveis, até das câmaras municipais, associações, prefeituras e afins no ambiente social e político. O problema é que lá adiante, ele precisará passar o assunto entre os deputados também, na base da votação. E será que passa? Este colunista conversou com alguns parlamentares e acreditam que não será tarefa fácil.
Em Foz
A Câmara de Foz do Iguaçu embarcou na discussão por meio de uma Moção de Apoio assinado por cinco vereadores, à iniciativa do deputado, e, no documento tratou o tema com certos cuidados. Mas o tato foi apenas de direita. Na lista de “considerações”, por exemplo, que não é pequena, os vereadores lembraram as obras estruturantes na gestão Bolsonaro, onde o atual prefeito, General Silva e Luna foi um dos impulsionadores. Um pouco adiante consideraram também os projetos “questionáveis”. Aqui entre nós, se fosse para relacionar tudo o que Itaipu fez desde a sua existência, seria uma tarefa complicada. Não há uma única entidade, clube, associação beneficente, instituições esportivas, de ensino, sociais, que um dia não tenham recebido ou sido atendida pela Binacional. Isso, afinal foi colocado em outras palavras.
Puxando a sardinha
Cada governo deu um jeitinho de usar Itaipu e puxar a sardinha para a sua brasa, apoiando eventos, iniciativas das mais diversas em tudo o que é canto, logo, por essas e outras, não será lá muito fácil emplacar uma CPI, sobretudo com invencionices, como a grana que ajudaria a pesar a conta de luz dos consumidores. Em todos os casos, vamos ver onde isso vai dar. Segundo um relato, houve um confronto entre a direta e a esquerda. Foi a primeira vez na legislatura, que o vereador Bosco se engalfinhou com a Valentina. Eita que isso ainda promete emoções no futuro!
Não é
O dinheiro que é usado em apoio a eventos por parte de Itaipu faz parte dos acordos com o sócio, o Paraguai. Algumas pessoas se aprofundaram bastante no tema e formaram opinião diferente aos que acreditam que isso mexe com os valores do fornecimento de energia. Este colunista está levantando depoimentos para deixar o tema bem aclarado, mais uma vez. Vira e mexe isso volta à tona, com os devidos requintes de maledicência.
Eleição da Unimed
Até o fechamento desta edição os médicos ainda não haviam votando o destino da cooperativa, logo, seria impossível saber o resultado e também o quórum. O pleito teria início apenas depois das 17h30. É interessante acompanhar um processo assim e por várias razões, uma pela necessidade de ressuscitarem a Unimed Foz, no interesse direto de milhares de conveniados e outra de como os cooperados lidam com o voto, entrando e saído de cirurgias, consultas e procedimentos dos mais diversos. Enquanto os profissionais iam às urnas, havia uma concentração de conveniados tentando respostas de um robô, que agora fala com o povo em Foz. Em razão da intervenção da Federação, a cidade ficou sem interlocução local.
Entre mortos e feridos…
…a Federação da Unimed é quem está no comando, para garantir a existência da entidade, do contrário correria o risco de quebrar. Como será, é difícil saber, mas não é um processo rápido, a virtual devolução da cooperativa para os locais. Necessitarão muita diplomacia e habilidade para a arrumação da casa. Em condições assim o que resta é a união. Que os cooperados da Unimed encontrem um ponto de equilíbrio e arruem a casa, pelo bem de todos e de Foz do Iguaçu também.
O caso Zarhará
A polícia está investigando a execução da jovem de 25 anos, um crime que chocou a cidade e os moradores da área sul, onde ela residia. E o abalo foi maior, porque o Remanso Grande, onde o corpo foi encontrado e, possivelmente executado, é uma localidade tranquila, como são os bairros vizinhos. A vítima morava na Vila Carimã e o assunto ainda mexe bastante com a cabeça da população. Segundo uma informação, no curso das investigações, até o momento, não se atribui envolvimento de um ex-companheiro ou pessoa com quem a jovem pudesse manter um relacionamento, senso assim, o caso não pode ser tratado como um “feminicídio”, na visão de um advogado que encontrou em contato com este colunista. Segundo o causídico, um amigo a quem agradecemos a mensagem, o tema ainda não pode ser tipificado assim, com o risco de pré-julgamento. Relacionar a tragédia como feminicídio dá no mesmo que acusar alguém que sequer foi indiciado. Se pessoa assim está sendo investigada, aí já não se sabe.
Medida protetiva
O profissional em questão também mencionou que há que se atentar bastante com aos prazos em que as medidas protetivas são requeridas, atendidas e elas em geral, possuem validade, porque a falta dessas observações, pode ocasionar confusão perante a opinião pública, prejudicando uma instituição que zela pela segurança das vítimas. “Não se pode banalizar um assunto assim, porque cada caso possui uma compreensão”, disse. Atendendo ao amigo, que pediu para não ter o nome divulgado e que faz questão de informar que não atua no caso, esperamos que a Polícia Civil elucide os crimes que caracterizam feminicídio ou não, e que lamentavelmente afetam a tantas mulheres em Foz, no Paraná e no Brasil. Os índices não são em nada favoráveis, quando fazemos comparações com outros países.
Vitrine
O assunto está em pauta, em razão das comemorações do Dia Internacional da Mulher, no último 08/03. O bom mesmo é abrir os olhos para o que acontece ao longo do ano, onde ocorrem todos os tipos de violência contra as mulheres no país, além da desigualdade salarial e a falta de políticas públicas.
Fotos e fotos
Nessas peças que o destino nos prega, e, por causa de um rolamento que acabou escapando de um eixo, um caderno do jornal recebeu apenas um registro de cor, o preto. As outras três, o amarelo, azul e o magenta não foram parar no cilindro. Com isso, a imagem de alguns amigos saiu prejudicada. Foi o caso de Fernando Castro Alves, presidente do CODEFOZ, que ficou no “bico de pena”, com a imagem quase em “autocontraste”. Para redimir a fala, o Corvo publica as duas fotos, a que saiu, para os leitores terem uma ideia e a que deveria ser publicada. Nosso pedido de desculpas ao amigo.
“O sertão vai virar mar”…
…e o mar também corre o risco de virar sertão. Como explicam mariscos e seres marinhos encrustados em rochedos centenas de quilômetros longe do mar? A ciência explica, mas em terra onde há gente acreditando que o planeja é igual uma pizza, aí fica difícil. Esses dias este colunista exercitou o humor, escrevendo sobre a possibilidades de a água dos oceanos banharem Foz, caso se elevem cerca de 300 metros. Os cientistas dizem que isso é impossível acontecer, porque não há tanta água assim disponível no planeta. A discussão ganhou força depois da divulgação de uma simulação em computador, onde a calha do Rio Paraná seria composta de água salgada, até costear Foz. A ciência diz que isso é fake.
Aguaceiro
Bom, dependendo a chuva, muita gente até acredita na possibilidade porque ainda há alagamentos que mais parecem prenúncio de dilúvio em Foz. Só se atravessa algumas ruas e avenidas com a ajuda de embarcações e olha lá. No início da tarde desta terça-feira o céu desabou em boa parte da cidade e haja enxurrada para suplantar. Daqui em diante será assim, à base das “águas de março”.
- Rogério Bonato