Projeto do Museu do Centre Pompidou em Foz do Iguaçu avança com encontros na França
Uma equipe técnica da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC) está em Paris para avançar no projeto do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu. A iniciativa é fruto de uma parceria com o Centre Pompidou e pode tornar o Paraná o primeiro estado das Américas a sediar um “satélite” do renomado centro cultural francês.
A missão técnica conta com reuniões, workshops e visitas ao Pompidou para definir diretrizes fundamentais da nova instituição. São debatidos temas como curadoria, gestão, programação expositiva e política educacional. O grupo paranaense interage com 36 profissionais franceses de diversas áreas para construir o modelo do museu.
A secretária estadual da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, destaca a relevância do projeto no contexto diplomático e cultural. “A parceria entre o Governo do Paraná e o Centre Pompidou reafirma o compromisso do Paraná com a diplomacia e a inovação e terá grande destaque na programação comemorativa das relações bilaterais entre Brasil e França”, afirma.
O presidente do Pompidou, Laurent Le Bon, ressalta a importância da iniciativa em um momento estratégico. Com a sede em Paris fechada para reforma até 2030, o centro cultural amplia sua presença internacional. “Neste período de metamorfose do Pompidou estaremos ainda mais presentes no Brasil e no Paraná”, afirma.
O museu de Foz será conectado ao território da Tríplice Fronteira e contará com obras da coleção do Pompidou, que reúne cerca de 150 mil peças de arte moderna e contemporânea. “O museu terá um foco muito grande na América Latina, ao mesmo tempo em que apresentará trabalhos exibidos na Europa”, explica Carolina Loch, diretora de implantação do projeto.
Com um investimento estimado de R$ 200 milhões do Governo do Paraná, o espaço será pluridisciplinar, abrangendo artes visuais, cinema, música e dança. A inauguração está prevista para 2026.
Os próximos passos envolvem a definição de projetos-piloto, políticas educativas e modelo operacional do museu. “Com um projeto arrojado e inovador, o Museu Internacional de Arte se firma como um novo polo cultural na América Latina”, conclui Luciana Casagrande Pereira.
- Da redação com AEN