Pesquisa revela quais partidos estão ativos e inativos em Foz do Iguaçu
O mapa político de Foz do Iguaçu passa por mudanças significativas. Um levantamento junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) mostra que, das 29 siglas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 20 estão ativas na cidade. Dentre elas, 17 possuem comissões provisórias ou diretórios definitivos vigentes.
O estudo, conduzido pelo advogado e consultor legislativo Gilmar Cardoso a pedido do jornal GDia, também revela a ausência de partidos de grande expressão nacional, como Podemos e Novo, que foram desativados pelos diretórios estaduais no fim de 2024.
Entre as siglas atualmente ativas em Foz estão PP, PCdoB, PMB, PSOL, AGIR, MDB, PL, DC, PRTB, PT, REDE, Republicanos, PSD, Cidadania, PSDB, PDT e PV. A cidade também conta com a presença de três federações partidárias: Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), PSDB/Cidadania e PSOL/Rede.
Siglas inativas e vencimentos de mandatos
Apesar da presença de 20 partidos ativos, algumas legendas perderam vigência na cidade. O União Brasil e o PSB, por exemplo, tiveram seus diretórios vencidos em dezembro de 2024 e ainda não foram renovados. Outras siglas inativas incluem Mobiliza, Avante, PSTU, PDB, PCO, UP e o Partido da Renovação Democrática (PRD), resultado da fusão entre Patriota e PTB.
Os vencimentos de mandatos também trazem alterações no cenário partidário. O PMB tem validade até 30 de março; DC e REDE, até 31 de março; PSDB e PRTB vencem em abril; PDT segue até maio e o PT tem diretório ativo até junho de 2025.
Ausência de partidos da extrema esquerda
Outro dado relevante apontado por Gilmar Cardoso é a falta de organização municipal de partidos da chamada extrema esquerda. O UP (Unidade Popular pelo Socialismo), criado em 2019, nunca teve direção em Foz. O mesmo ocorre com PCB e PSTU, apesar de essas siglas já terem disputado eleições estaduais. O PCO, que chegou a ter diretório municipal registrado em 2020, foi suspenso em agosto de 2024 por falta de atualização cadastral.
Futuro dos partidos locais
Durante sua vigência anterior, o Podemos era presidido por Bibiana de Oliveira Orsi Silva, enquanto o União Brasil estava sob comando de José Elias Castro Gomes. Leandro Finger Romanovski liderava o Novo, Gabriel Rugoni Machado estava à frente do PRD e Arif Ahmad Osman presidia o PSB.
O estudo sugere uma reorganização partidária a partir de agora, envolvendo tanto novas filiações quanto a possível reativação de siglas atualmente inativas na cidade. As forças políticas devem se articular desde já para o pleito de 2026, quando serão eleitos presidente e vice-presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.
- Da redação