Coluna do Corvo
Santos Dumont again
Foi relembrar ou narrar um pouco os ocorridos em 1916, ano em que o “pai da aviação” visitou Foz, e, ajudou a emancipar as Cataratas, que um monte de gente enviou mensagem perguntando se o “causo” é mesmo verdadeiro? É uma barbaridade a desinformação quando o assunto é a história de Foz. Não é apenas verdade como há farta documentação e até fotos relatando a passagem dele em Foz.
Testemunhas
Até meados dos anos 80 havia testemunhas vivas e que sabiam do assunto em detalhes, muitos dos quais enriquecedores. Mas a cidade não se preocupou em calcificar a memória e ela foi se perdendo. O que resta são as entrevistas realizadas pelos jornais da época.
Muitos não sabem
É normal, quando viajamos para outras cidades, as pessoas ficarem perguntando coisas sobre Foz e, claro, explicamos com prazer. As dúvidas chegam a ser primárias e santa paciência: “Itaipu fica no mesmo Rio das Cataratas?”, “Porque precisaram explodir a Itaipu para depois construir de novo”?; Foz do Iguaçu fica no Paraguai ou na Argentina?”, “Onde se come o prato típico da cidade, o quati assado”?. Que situação hein? Muito disso é em razão de vídeos e asneiras espalhadas nas redes sociais. Quando o assunto é terrorismo então, as pessoas chegam a perguntar o endereço de onde Bin Laden morava. Debaixo de tantas asneiras, fruto da preguiça e do desconhecimento, é natural que não saibam sobre o Santos Dumont e o caso dele com o Parque Nacional. Pois não vamos longe, até gente esclarecida e que vive da informação fica embasbacada com o assunto e duvida.
Ausência
Pois um assunto que para nós é tão importante não consta em boa parte das biografias do Santos Dumont o que dizer dos livros de história? Mas a “dona história” quando é geral, não se localiza em assuntos assim, mais compreendidos nas localidades onde fatos assim ocorreram. O caso é que o genial Dumont é o pai de muitas outras invenções além do avião, como o relógio de pulso, um pedido que fez ao amigo Cartier. Era complicado ficar retirando o cebolão do bolso do colete e manejar a aeronave.
Fora da aviação
Dizem que a lista de invenções de Dumont para ajudar a voar é notável. Fora os dirigíveis, ultraleves, planadores, sistemas de navegação, e relógios práticos, ele criou instrumentos. Por outro lado, há uma outra criação dele que todos usamos diariamente, o chuveiro aquecido. Antes disso a água quente saia dos fogões direto para as banheiras ou tinas. A invenção usava álcool e foi testada na sua casa em Petrópolis. O “hangar” também é uma ideia do homem que assinava o nome “Santos-Dumont”, como uma maneira de homenagear o Brasil e a França, que tão bem o acolheu. Para nós iguacueneses, ele inventou o Parque Nacional do Iguaçu. E é pouco?
Memória
Por essas e outras, algumas pessoas lutam para o Santos Dumont não sair da memória da cidade e a cada vez mais se fazer presente. É o caso do atual presidente da Fundação Cultural, Dalmont Benites, como a homenagem que presta no Carnaval. Para o Dalmont, Foz precisa enaltecer este e outros personagens, e ele está muito certo.
Sofrimento aéreo
O setor de Turismo está coçando a cabeça e certamente outras partes do corpo, para reconstituir as ligações aéreas. Como é que deixaram o assunto descambar? Conexões de voos é um conceito básico no ramo. As companhias levam as pessoas em acordo com o interesse dos destinos, sendo assim, a situação não deveria ser encarada como o bicho de muitas cabeças. O fato é que alguém falhou na tarefa ou não deu importância ao assunto, como deveria. Trabalhar conexões é coisa de gente com conhecimento. Tomara consigam corrigir o estrago.
Nuvens escuras
“Acordamos cedo essa época do ano para duas finalidades: uma é trabalhar antes que o sol e o calor nos derreta e, a outra, é para escapar da chuva que cai nas tardes”, disse um aposentado que faz bico roçando os terrenos do bairro, na área sul. Muitos profissionais, sobretudo já construção civil optam por jornadas diferenciadas. Se isso está em acordo com as regras trabalhistas, aí é assunto para os advogados.
E cai água
Se fosse apenas chuva não seria tão complicado, porque tem muita cliente rezando para dela cair. O problema é a esculhambação que a ventania faz, deixando o povo no escuro, derrubando árvores e arrancando painéis publicitários. O vento levanta e leva embora até telhas de barro.
Defesa Civil e parceiros
As pessoas não notam e em razão disso, acabam não dando valor para as brigadas que atuam após as tempestades. E não percebem por uma razão: a eficiência. A maioria só sabe reclamar porque fica sem a luz. Depois do estrago as equipes se mobilizam com muita agilidade e organização e isso envolve muitas organizações, como os Bombeiros, Policiais, Guardam Municipais, Copel, gente que é terceirizada pela companhia, Sanepar, funcionários da prestadora de serviço de limpeza, a Vital Engenharia; e, servidores municipais. É uma tarefa muito prestativa e perigosa também, porque há árvores e postes que desabam horas depois do sinistro.
Morador indignado
“Prezado colunista, eu trato os resíduos em casa como coisa séria. No meu orçamento há sacos plásticos resistentes, e os acomodo de maneiras que não atrapalhem os transeuntes sem dar moleza para os bichos da rua. Separo os recicláveis com o mesmo cuidado. O problema é que boa parte dos vizinhos largam tudo na noite anterior à coleta, de qualquer jeito na calçada, em saquinhos de supermercado e no dia seguinte a rua está emporcalhada, com absorventes e papel higiênico voando de um lado ao outro. Chega a ser desanimador. Porque a prefeitura não realiza campanhas ou fiscaliza essas pessoas?”. Paulo J. V. Baptista
Uma resposta
É mesmo desanimador, mas é também uma questão de comportamento e educação. De certa maneira a prefeitura já faz um trabalho quando a rede escolar educa as crianças e inclui essas questões no programa pedagógico. Há muitos pais que se confessam envergonhados com o pito que levam dos filhos. O processo de conscientização é lento e leva-se gerações até que deformidades assim sejam corrigidas. Uma maneira de melhorar a situação é usar os grupos de bairros e abordar assuntos estridentes. O máximo que pode acontecer é ser chamado de “chato”. E daí?
Furto de veículos
Um colaborador enviou nota informando que o furto de veículos anda tão avançado, que chega a parecer coisa de cinema. A nota precisou ser editada para não acusar sem provas. Segundo o leitor, o veículo depois de surrupiado é levado para um local onde é todo desmontado em questão de horas e as partes não abastecem ferros velhos e sim sites na internet, no mercado de peças usadas. Tudo é fotografado e instantaneamente divulgado. O que este colunista tem a acrescentar é que a Polícia Civil está se antecipando no assunto e segue os objetos oferecidos, muitas vezes com preços mais altos que no mercado, porque há itens faltando.
Vila A
O bairro serviu como laboratório para vários programas de segurança e isso está sendo planejado para toda a cidade pelo almirante Tinoco. Vamos levar em conta, que boa parte das residências possuem monitoramento o que hoje custa muito barato. No lugar de fios, HDs, mão de obra especializada, a pessoa compra uma câmera, rosqueia no lugar de uma lâmpada e baixa o programa na internet. Uma prova dessa facilidade e vigilância são os grupos de bairro, que até exageram monitorando quem passa pelas ruas. Chegam a postar impressionantes imagens seguindo os “suspeitos”, uma vez que cada residência “filma” a calçada.
Integração
O secretário de Segurança está realizando um trabalho fundamental, que é a integração das forças de segurança, além do blá-blá-nlá, porque isso já aconteceu em vários governos. Todo mundo garante a integração e ela nunca se concretizou. Se conseguirem integrar também os moradores, nem morcego escapa. Foz está virada em literal Big Brother. Outra coisa: a Receita Federal deve armazenar muitas e muitas caixas de equipamentos de segurança apreendidos como essas câmeras modernas, que tal doares para esses experimentos públicos? Foz tem tudo para se tornar uma referência no setor, porque possui inteligência da coisa pública, parceria total com forças de segurança e certamente contará com a população. Quando a sociedade se organiza, nada esculhamba. Uma boa quarta-feira a todos!