Coluna do Corvo
Caros leitores, acalmem
Foi virar o ano e a caixa postal da coluna transbordou cartas e mensagens, muitas das quais tradando de temas que deveriam ser discutidos lá em junho ou julho, como no âmbito das cobranças políticas. As pessoas movidas pela revolta e inquietude, diante da derrota, precisam respirar, darem um tempo, afinal passaram-se apenas 15 dias do ingresso dos novos governos e legislaturas. A máquina de infernizar a vida dos oponentes anda muito afiada. Calma lá. E dá-lhe fake news… que barbaridade!
Sem perdão
O filme “Ainda estou aqui” é um drama, inspirado na vida real. Não é ficção e nem romanceado para dar gostinho de aventura. Retrata um Brasil truculento durante o regime militar e como isso se deu com a família Paiva. E, o desfecho foi trágico, com o desaparecimento de um ex-deputado federal, engenheiro, pai de cinco filhos. Acusaram-no de envolvimento com o guerrilheiro Carlos Lamarca; saiu de casa levado por militares à paisana, e nunca mais voltou. Não é suficiente para um roteiro, livro, conto, manifestação literária? Puxa vida, a história se constrói por todos os lados. Walter Salles foi muito competente em realizar a obra. Os brasileiros deveriam sentir orgulhoso e não repulsa. Mas, quem controla a turba?
Dona Fernanda
O desempenho do elenco merece sim muitos prêmios em especial a performance de Fernanda Torres, uma grande atriz, filha de peixões da arte dramatúrgica nas telinhas, telonas e palcos. Ela rouba a cena desde menina nas novelas e no cinema. Mostra toda a sua versatilidade, partido do pressuposto que a maioria de seus papéis pautaram o humor. Então, quando é momento de apreciar a arte, enxovalham? Oras, por favor, que Brasil é esse? Bom, se geniais do calibre de Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Milton Nascimento são criticados impiedosamente, o que pensar? Eita, que falta faz a educação, a leitura, o bom senso. A arte sempre imitará a vida e é bom as pessoas se conformarem.
Unila 15 anos
Passa rápido. Ainda estão nas lembranças o corre-corre de Jorge Samek, Hélgio Trindade e Paulino Motter preparando a instituição, moldando o que seria uma grande proposta no campo da formação intercontinental. Deixando de lado os dissabores, como o caso das obras físicas, há o imaterial, sem limites, que se transformou em uma Universidade sem fronteiras e de vasto horizonte, reconhecida e considerada.
Obras estruturantes
Este colunista aproveitou os dias de folga para visitar e conferir o que acontece na Perimetral Leste, BR 469, e também na J.K. Começando pela Perimetral, a pegada mais visível é no Trevo Carimã, com desvio de trânsito em todos os sentidos. Na segunda-feira, os motoristas “estrearam” uma das pistas que passa embaixo do viaduto. Ela está meio apertada para ser usada nos dois sentidos, mas a sinalização é boa. Há buracos enormes e perigosos onde deveria existir acostamento, portanto, todo cuidado é pouco.
Primeira etapa
As alças de acesso estão quase todas pavimentadas e o local tornou-se um complexo de vias e tudo deve ficar bastante bonito e eficiente depois de pronto, ajardinado, funcionando. A próxima providência é aterrar a outra ponta do viaduto e fazê-lo funcionar, dando vazão até a Ponte da Integração. As aduanas logo serão conclusas. Em toda a extensão, restam vários pontos a serem concluídos.
As duas obras
Não há como dizer que a Perimetral e a duplicação da BR 469 são obras distintas. Uma está ligada a outra pelo trânsito e ocorre uma bagunça dependendo o horário. Os motoristas e gente que vai pegar avião deve sair mais cedo se o propósito é atender os horários. Há filas em todo o perímetro. Obra incomoda, mas depois de pronta, tudo fica bem melhor, é preciso paciência.
João Paulo II
A ligação entre o Jardim Tarobá e a Avenida Felipe Wandscheer ficou apenas na promessa do ex-prefeito Chico. O imbróglio, ou melhor, a obra, foi parar no colo do General. Muita gente está aventurando pela pista inacabada e isso pode causar alguns transtornos, como prejudicar a estrutura ou encher os pneus de pregos, afinal há muito material espalhado e que ainda não foi recolhido. A pressa é inimiga de muitas coisas. Disseram a este colunista, que a etapa que liga a João Paulo II até a Avenida das Cataratas poderá sofrer alterações, ou não sair do papel, pela inviabilidade de percurso. Mas é uma informação que requer mais subsídios informativos.
Na prefeitura
O General Silva e Luna esteve em Curitiba na segunda-feira e tinha embaixo do braço um detalhamento para o Trevo do Charrua. Ele quer abrir e revitalizar o local ainda nos dois primeiros meses de governo, mas sabe que há muita burocracia pela frente, a começar nos órgãos federais. Disseram a este colunista que está para surgir uma notícia bastante boa no setor de obras.
Dona Vivo
Se há reclamações nesta bendita cidade, boa parte é sobre telefonia celular. Moradores da área Sul dizem que não conseguem usar os aparelhos para absolutamente nada. Só escutam vozes em espanhol, devido a interferência do sinal argentino. Já os que moram nas imediações do Jardim Brasília e Beira Foz, escutam as gravações paraguaias. E quem diria, em tempos de 5G, Foz ainda capenga com sinal. Vender é fácil, manter e agradar o cliente é difícil.
Todas pedalam
Revisando as mensagens, não há uma operadora que escape da encrenca e das reclamações. As falhas são as mais variadas e vão do sinal ao preço. Ninguém vive sem o celular, internet, logo é compreensível o descontentamento.
Pendengas na Câmara
Segundo uma informação, há vários pedidos de impugnação de eleição por conta de supostas fraudes eleitorais e claro, sempre a suspeita de compra de votos. Dois processos parecem avançar mais que os outros, mas até o fechamento desta coluna a bomba ainda não havia estourado.
Reza
Se por um lado os envolvidos ajoelham no milho para tentar se livrar do enrosco, de outro, há suplente mandando organizar novenas para se encaixar na cadeira de vereador. Há quem já tenha até pago rodadas de cerveja aos cabos eleitorais. Alguém disse que há sete ações em trâmite, mas apenas quatro possuem chances de prosperar.
Mega Shopping
Um grupo empresarial de São Paulo resolveu investir na área comercial e em um novo modelo de shopping center, inovando o sistema supermercadista. Querem Foz do Iguaçu como laboratório. Boa parte do projeto é automatizado, ou seja, as pessoas comprar e pagam direto nos cartões de débito ou crédito, se a presença de vendedores, caixas e tudo o mais. É no mínimo interessante.
Complexo
O empreendimento ocuparia uma área na Avenida das Cataratas e contará com uma loja do tipo supermercado e representantes de todas as grandes marcas mundiais também na modalidade lojas francas. É verdade, parece que Ciudad del Este está se mudando aos poucos para Foz. Dizem que o movimento surpreendeu nos shoppings, no final de 2024.
Que bom…
…se Foz do Iguaçu fosse um laboratório para novos e grandes empreendimentos. A cidade possui todos os diferenciais necessários para abrigar novidades em várias áreas, a começar por tecnologia. Maior e melhor vitrine não há.