Missa única em memória às vítimas da Covid-19 abrirá o calendário do Ano Jubilar na Diocese de Foz
Em missa única, no dia 29 de dezembro, será aberto o calendário oficial do Ano Jubilar de 2025 na Diocese de Foz do Iguaçu. A celebração, que será presidida pelo bispo Dom Sérgio de Deus Borges, será marcada por uma homenagem a todas as vítimas da Covid-19 na tríplice fronteira.
Na data, os fiéis se reunirão às 6h45 na Capela Nossa Senhora de Lourdes, no Jardim Petrópolis, de onde seguirão em peregrinação até a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, na Vila A. No estacionamento da igreja, junto à cruz erguida em memória dos que perderam a vida na pandemia, acontecerá a liturgia.
Católicos de todas as 27 paróquias que integram a diocese em Foz e outras cidades do Oeste devem participar da missa, que reunirá também todos os sacerdotes locais. Caravanas devem ser organizadas nos municípios vizinhos para facilitar a locomoção dos fiéis.
Até a data serão publicadas indicações de lugares de peregrinação da diocese e as indulgências que serão concedidas durante o Ano Jubilar. “Além de beber a esperança na graça de Deus, somos também chamados a descobri-la nos sinais dos tempos, que o Senhor oferece. A participação nos eventos jubilares é o melhor caminho para redescobrir a esperança e testemunhá-la no cotidiano de nossa vida”, destacou o bispo Dom Sérgio.
Para os leigos, o Ano Jubilar é uma comemoração religiosa da Igreja Católica que ocorre a cada 25 anos, de acordo com a tradição. O Jubileu é tido como um tempo de peregrinação e busca por renovação, onde os fiéis são convidados a participar de atos de fé.
A inauguração do evento, que acontece em nível mundial, será efetuada pelo Papa Francisco no dia 24 de dezembro, com a abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano. O ato será acompanhado por milhares de pessoas.
O tema escolhido para o Ano Jubilar de 2025 é “Peregrinos da Esperança”. O logotipo do evento representa quatro figuras estilizadas que se abraçam, simbolizando a solidariedade e a fraternidade entre os povos.
“Este há de ser um Ano Santo caracterizado pela esperança que não conhece acaso, a esperança em Deus. Que nos ajude também a reencontrar a confiança necessária, tanto na Igreja como na sociedade, no relacionamento interpessoal, nas relações internacionais, na promoção da dignidade de cada pessoa e no respeito pela criação”, evidencia a Bula Papal.
Dentre os grandes destaques do ano estão a Abertura da Porta Santa na prisão de Rebibbia, em 26 de dezembro; o Jubileu das Comunicações, que acontecerá de 24 a 26 Janeiro de 2025; o Jubileu das Forças Armadas, em 8 e 9 de fevereiro; e as 24 horas para o Senhor, em 28 de março, quando a comunidade católica de todo o mundo se unirá em oração.
Marcos históricos
O primeiro Jubileu, também chamado “Ano Santo”, foi proclamado no ano de 1300 pelo Papa Bonifácio VIII. A sua frequência mudou ao longo do tempo: a princípio seria realizado a cada 100 anos, mas, em 1342, o Papa Clemente VI antecipou esse período para 50 anos. O segundo jubileu da história foi realizado em 1350. Tempos depois, o Papa Paulo II, em 1470, determinou o período interjubilário para 25 anos.
Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia.
- Da redação /Foto: divulgação