Coluna do Corvo
General na Capital
O prefeito-eleito Joaquim Silva e Luna, leia-se General, como todos o chamam por onde vai, está cumprindo uma agenda muito corrida em Curitiba. Deve encontrar o governador, vice e seis secretários. Embarcou na última segunda-feira e retorna nesta quarta; segundo ele afinaria assuntos discutidos ao longo dos últimos meses. Silva e Luna quer entrar com os dois pés nas obras e promessas de campanha, muitas das quais dependem da vontade política do governo do Estado.
As crianças
Em recente evento, o General Silva e Luna passava entre as mesas para cumprimentar os convidados e dois meninos marchavam atrás dele. Quando se virou, se puseram em posição de sentido e prestaram continência. De longe, no mesmo local, uma menina chamava: “General, vem aqui…”. Claro que ele foi. Rapidinho.
A lista de reivindicações
“Vamos começar o ano com o pé no acelerador”, disse a este colunista. Segundo a percepção do prefeito eleito, começando pelas questões viárias, o calo no sapato é o Trevo do Charrua. A interdição causa desespero aos motoristas, sobretudo em horários de pico. A mobilidade urbana, em vários aspectos, é um transtorno, sobretudo quando há reparos nas ruas e por isso, o problema aparece em segundo lugar. No mesmo setor, o transporte coletivo tem sido alvo de reclamações também.
Outras prioridades
Claro, a área da Saúde apareceria com força entre as cobranças por parte dos contribuintes. Há queixas sobre as consultas, atendimentos e uma gritaria com as filas para a realização de cirurgias. “As pessoas reclamam do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, ainda porque não funcionam no período noturno e isso causa estresse em quem precisa, a doença não escolhe hora para se manifestar”, acentuou.
…na Educação…
…a população vai para cima da discussão sobre a implantação do ensino integral. Todos os candidatos falaram sobre isso em campanha e o tema foi abarcado de vez pela opinião pública. Silva e Luna disse que está trabalhando no assunto, pois ele reflete muito em arejar as atividades laborais das famílias. Com os filhos nas creches é necessário fazer ajustes nos horários de funcionamento.
Outras situações
Obviamente a “agenda” de pedidos, reivindicações e até súplicas dos contribuintes não deve ser pequena, e isso aumenta quando há tanta ansiedade em ver as coisas funcionando. As pessoas começam “conversando sobre os problemas”, mas o tempo passa e isso se converte em “cobrança”. A área de segurança, limpeza pública e iluminação estão sempre entre os temas mais conversados. As obras levadas adiante pela prefeitura também estão na mira do povo.
Continuação
Prefeitos eleitos assumem a glória e também os rojões. Silva e Luna terá que concluir, por exemplo, a Av. João Paulo II. A ligação entre a Av. Felipe Wandscheer com as avenidas República Argentina e Costa e Silva, está avançando; pela cara das obras, o Chico Brasileiro quer fazer a entrega do trecho. O osso ficará para o General, de conseguir levar o acesso até a Avenida das Cataratas. Mas há outras obras em curso e que não serão fáceis de concluir. Isso tudo deve estar em cima da mesa do futuro governo.
Mão pesada nas autuações
Há uma encrenca em várias localidades sobre a leva de autuações por causa do mato em terrenos e calçadas. Está sobrando para os fiscais. “Eu moro na área Sul, mas fiscalizo outras regiões. No meu bairro, trabalham equipes com pessoas que vivem em outros bairros” garantiu um fiscal, porque acabou sendo acuado pelos moradores. Ele explicou: “veja, em janeiro, fevereiro, as pessoas estarão enfrentando as filas dos UPAs e UBSs, e também nos hospitais por causa das endemias causadas pelos mosquitos, mordidas de escorpiões, aranhas, dentre outras. Esses bichos proliferam no mato, no desleixo, no lixo que é espalhado em terrenos baldios e não querem que a gente chame a atenção?”. Puxa vida, estamos colaborando, porque a autuação, não significa multa. É apenas uma chamada de atenção”, desabafou o servidor.
O povo não gosta
O problema não é a autuação e sim, encontrar pessoas para a demanda de limpeza das áreas particulares. Dizem que o serviço de poda do mato em áreas públicas, como as calçadas, reduziu em razão dos ajustes contratuais com os concessionários. Para manter a cidade em dia, a prefeitura teria que autorizar a suplementação em várias frentes de trabalho e isso não custa barato. Então vamos imaginar um orçamento em final de mandato, totalmente comprometido e sem tempo para remanejamento de recursos? É bucha pura, está do jeito que os mosquitos, aranhas e bichos peçonhentos gostam.
Não pode
Dizem os entendidos, que a prefeitura não pode multar o cidadão, por causa do mato na calçada, porque é área pública. Mas vamos combinar, o que adianta limpar o lado interior do imóvel e deixar a frente coberta de mato, colocando em risco os transeuntes? Limpar a calçada é encarado por muitos como uma questão ética.
Ilusão
A verdade é que o cidadão comum não possui certas habilidades, como é o caso deste colunista. Com a dificuldade em encontrar mão de obra para o serviço de limpeza, a aparente solução foi ir até uma loja de ferragens e comprar uma roçadeira, luvas, óculos de proteção, botas, pá, enxadão, carrinho, sacos de lixo e tudo o mais. Qual o que? Uma hora de tarefa foi bastante para pedir bênçãos ao povo da roça, lavradores e gente que pega no cabo da enxada. Definitivamente não é serviço de quem não possui prática. No fim, as tralhas que custaram um dinheirão acabaram “trancando canto” da casa. A frase: “vá carpir lote” é fácil, só na hora de falar.
João “grandão”, ops… Morales
E o homem não é grande? É sim, em tamanho e amizade. No ano passado, o primeiro ano da gestão de Morales, foram economizados R$ 5,1 milhões de recursos, afinal devolvidos à prefeitura. Para esse exercício, a contabilidade será concluída em dezembro. Houve, por exemplo, economia em aluguel, com um anexo sendo desativado, já que o local gerava uma despesa de aproximadamente R$ 500 mil por ano. A Câmara economizou com a implantação de modernos sistemas digitais; ganhou agilidade e segurança de dados, além de reduzir o uso de papéis e materiais. Além disso, o Legislativo cortou R$ 2 milhões do próprio orçamento para ajudar no vale-alimentação dos professores. Sob a administração do João Morales, a Câmara inovou, gerou economia e avançou em transparência, além de bater recorde de produção de proposições. Este colunista não exagera, basta acompanhar os portais da transparência. Aliás, as contas do exercício de 2023 foram aprovadas no TCE, e com um detalhe importante: sem ressalvas. Com atividades responsáveis assim, a Casa de Leis alcançou ao nível “ouro” em transparência no ranking do Tribunal de Contas do Estado.
Mordendo e assoprando?
Jornalismo sério se faz com base na verdade, mesmo com o emprego de uma pitada de humor, a exemplo destas mal traçadas linhas. Independentemente do fator político, vaidades e amizade, é importante reconhecer a eficiência, especialmente quando se faz na coisa pública. Quem analisa, precisa se desprover dos escudos, armaduras e espadas e saber elogiar com o mesmo peso de quando foi necessário criticar. Bom, essas coisas nem requerem tantas explicações.
Disputa pela Presidência
Ainda no tema do Poder Legislativo local, dando sequências as notas corriqueiramente publicadas, a disputa da presidência da Câmara está afunilando em dois nomes: De Brito e Evandro. Segundo as sondagens, cada um já teria seis votos e estão na luta para o que faltaria até completar os oito. “Os três em dúvida”, que na verdade são “duas indecisas e um indeciso, estão pedindo coisas além das possibilidades”, alguém explicou. Disse que é muito grande a discussão de cargos e concessões em troca do apoio.
2026 já começou
Começaram as movimentações para a eleição de 2026 e Foz do Iguaçu parece não ter aprendido a lição: vai novamente lançar uma penca de nomes, tanto para federal quanto para estadual. Uma sondagem rápida apurou que há 11 nomes com pretensões de tentar uma vaga. Interessante é que 5 vereadores da próxima legislatura já estão querendo alçar voos maiores. Nem entraram no bonde e já querem o lugar do motorneiro. Barbaridade! Isso sem falar em nomes como Chico Brasileiro e Nilton Bobato, que vão ficar “sem função política” depois de anos atuando. Será que vão arriscar?
Sem deputado
O resultado da inquietude e comichão, pode ser um baita desastre, deixando a cidade com pouca ou nenhuma representatividade, como nos velhos tempos que não gostamos muito em lembrar. Enquanto isso, outros municípios trabalham estratégias eficientes de lançar poucos candidatos e de virem buscar fotos em Foz. Ai…ai…ai…
Palestina e Líbano
Um debate sobre a guerra em Gazza (Palestina) e no Líbano promete ser bastante interessante e esclarecedor. É um tema muito sensível em cidade como a nossa, sobretudo quando o conflito afeta diretamente 80% de vítimas civis, incluindo crianças, mulheres e idosos. Aos que quiserem conferir: será nesta quarta-feira (dia 13) às 19h no Campus da Integração da UNILA. Um bom dia a todos!