Coluna do Corvo
Expectativa
No rol dos anúncios do primeiro escalão do General Silva e Luna, há muita gente aguardando o anúncio do futuro secretário de Meio Ambiente. Isso tem explicação, pois a indicação fecharia a tríade Planejamento – Obras – Meio Ambiente, que tanto interessa a empresas do setor imobiliário e da construção civil. Um investidor confessou que se a trinca for boa, a cidade pode entrar em um outro tempo de desenvolvimento.
Discussão da Cultura
Não que este colunista tenha se antecipado, traçando o perfil do novo presidente da fundação, acontece que é o que a cidade espera e precisa; e o futuro gestor disse que concorda. Segundo consta, o martelo estava quase batido, mas entre levantar o braço e acertar o prego, surgiu outra alternativa e que agradou e muito, as pessoas consultadas. O futuro diretor-presidente da Fundação Cultural será o amigo de longa, muito longa data, Dalmont Benites, um homem dedicado ao setor e às artes. Entre outras, Dalmont acumula muito conhecimento em curadoria de artes visuais e produção cultural, e, a visão inclusiva o que conta muito. É alguém que pode colocar em dia o assunto da Memória, como este colunista observará adiante. Vai que é tua Dalmont!
Uma coisa é certa…
… nessa tarefa que não é fácil, de formar os escalões da administração pública, o General Silva e Luna deve ter gastado as teclas do aparelho celular de tanto ligar para uns e outros, conversando sobre as escolhas. Que bem ele faz isso e assim tem acertado nos nomes.
Multas e multas
É certo que as pessoas que não cuidam de suas propriedades precisam de um beliscão, mas isso pode acontecer em forma de campanha publicitária, institucional, lembrando o contribuinte dos males ocasionados pelo desleixo com o mato, o lixo, os restos de materiais de construção obstruindo calçadas, e, a proliferação de insetos, que causam endemias. Esclarecer é um jeito de alertar, sem acuar e alterar o ânimo da população.
Desconforto
O cidadão honrado, humilde ou considerado de classe média, e que sabe das suas obrigações, sente um aperto no coração toda a vez que é autuado e, em muitos casos, se desespera, porque há exagero e injustiça. A maioria não consegue vencer a velocidade de crescimento do capim colonião, possivelmente o vegetal mais “prolífero” em Foz, para não escrever simplesmente fértil; ele se alastra devido a boa qualidade da terra e do ambiente, logo, e em certas épocas do ano a roçada se faz necessária no espaço de poucos dias. Cada serviço custa em média RS 150,00; nem todo cidadão possui habilidade, e nem recursos, para realizar um trabalho assim, sobretudo idosos. As pessoas aprenderam que não devem usar veneno e por isso, convivem com esse problema. Isso afeta também as áreas públicas, logo, quem autua e multa, deve olhar para o mato alto em muitas praças, canteiros e vias pela cidade.
Colonião é praga?
O que para muitos não serve, a outros é um tesouro. O capim-colonião (Panicum maximum) é uma planta forrageira utilizada na alimentação de gado, coelhos, cabras, porque produz uma grande quantidade de massa verde; ajuda a remediar os solos que contêm metais pesados; é um fungicida de contato muito eficiente. Muita gente não sabe, mas é originário da África e passou a ser cultivado para ajudar a combater ferrugem e outras deformações. Não dá assim para fazer uma salada com o vegetal, mas há muitas maneiras de controlar e isso requer cuidados. Bom, se para muitos erva-cidreira é mato, a discussão fica difícil.
Que bom se fosse?
Cultura inútil? Em muitos locais as coisas que crescem nos terrenos e calçadas vão parar em cima da mesa. Vira e mexe senhoras que habitam o mesmo bairro que este colunista, saem em busca de vegetais para a tal “serralha”, uma iguaria regional. Jogam tudo na frigideira e refogam. O mentruz, por exemplo, incorpora o chimarrão. Na Itália o matinho em volta da casa vira o “pesto”; na Espanha, precisamente em Zaragoza, o açafrão que brota entre os paralelepípedos, nas ruas e calçadas é cooperado e vendido por uma fortuna o quilo, beirando cerca de R$ 80 mil reais. Olhando para isso, o colonião pode ter lá uma serventia comercial. É colocar a cabeça para pensar.
Ainda sobre as multas…
…o prefeito Chico pode nem estar a par do que anda acontecendo, e, essa mão pesada pode acabar prejudicando o sucessor. Se há algo que os iguaçuenses esperam, muito mais do que obras, soluções na Saúde, Educação, Urbanismo e Cultura, é justiça fiscal, um recálculo no IPTU, em acordo com o tal valor venal, porque segundo afirma o setor imobiliário, a valorização não quer dizer muito, uma vez que o povo não consegue vender. Mas é algo técnico e este colunista abre o espaço para os interessados se manifestarem. As taxas e impostos ajudam a pagar os serviços, mas do jeito que vai, acabará igual ao filme do Zorro, com os contribuintes fazendo fila em frente aos alcaides, levando galinhas, porcos, utensílios domésticos e coisas do tipo, porque não há grana para pagar. Tudo isso ao olhar severo do Sargento Garcia, o gordinho mais simpático do cinema!
Difícil
E parece piada, mas o povo diz: os impostos serão reduzidos só depois que o Sargento Garcia prender o Zorro! Quer dizer, algo que nunca vai acontecer. Barbaridade! O contribuinte precisa de atenção por parte das autoridades, sobretudo quando paga o pato e segura, coletivamente, os gastos da máquina pública. É assustador saber a quantidade de ações no Fórum, com gente ameaçada de perder o imóvel por causa de dívida ativa. Isso, em outras palavras, é uma crueldade!
Caos na mobilidade
A situação está cada vez mais difícil para quem usa o trânsito e pega os ônibus de Foz do Iguaçu, relatou um leitor que pediu para não ter o nome publicado. As pessoas temem represálias. E, segundo ele, “o bicho pega” para quem faz baldeação na região Central no sentido Ponte e Zona Norte (Vila C). Os bloqueios na região do viaduto da JK são muito desconfortáveis. A mama deste colunista sempre diz: “depois que ficar pronto vai melhorar”, são palavras proféticas, quando resulta em coisa boa.
Pior caso
Segundo o leitor, a situação mais dramática compreende é as linhas que atendem a Vila C, passando pela Ponte. Ao sair do Terminal, os ônibus passam pela Vila Portes, voltam pela José Maria de Britto, e, seguem pela Avenida Paraná (no congestionamento do acesso à Vila A), passam pelo Gramadão e retornam para a Tancredo Neves. Cumprem os percursos repletos de trabalhadores e estudantes. Gente que precisa chegar na hora.
Opção difícil
Quem espera chegar até a Unioeste, por exemplo, precisa usar a “linha 65” no Terminal, que realiza um verdadeiro City Tour, rodando pelo Centro, passando pela Vila A, cortando o Jardim Paraná, Jardim Ipê, Avenida Andradina, Unioeste, Barreira de Itaipu, antigo PTI e voltando para o Jardim Itaipu. Os veículos que fazem esses percursos dão duas voltas ao mundo em termos de quilometragem, imagina?
General matutando
Segundo uma fonte, há algo em que o prefeito-eleito trabalha duro antes da posse: um jeito de liberar de vez o trevo do Charrua. Ele possui inclusive um projeto bem delineado e pode ser uma das primeiras obras consolidadas em sua gestão. Será e muito aplaudida, com toda a certeza.
Tércio
Lia a nota que a coluna publicou sobre o Tércio Albuquerque e fiquei até emocionada, Veja, nem o conheço pessoalmente, mas se hoje tenho uma cidade para viver e me apaixonar por ela, é por causa dele. Santa Terezinha de Itaipu não existiria se o Tércio, enquanto deputado, não tivesse se esforçado tanto para atender ao apelo dos cidadãos. E além do mais, os filhos são o prolongamento da nossa vida e nos manterão vivos depois que passarmos para outra jornada. Eu fui agricultora, vendedora de cenoura, tomates, verduras, empurrando um carrinho pelas ruas da cidade. Formei quatro filhos sozinho, porque meu marido morreu jovem, atropelado por um caminhão sem coração na BR 277. Meu filho engenheiro Ademar V. Vergílio, que gosta de escrever, me ajudou a escrever esta mensagem. Honrando gente como o Tércio, você honra a todos nós. Os políticos de hoje deveriam se inspirar nele e em pessoas que mais fizeram do que poderiam. Isso sim é importante lembrar. Idalina F. C. Virgílio Fernandes.
Corvo1
Memoriais
O iguaçuense precisa aprender a lembrar e honrar os seus personagens. É assim que se constrói o mais importante alicerce de uma sociedade, a base memorial, quando inconteste e que passa a suportar gerações. Este colunista cobriu e participou dos eventos de emancipação de Santa Terezinha e francamente, é emocionante ver uma cidade nascer. Tércio é uma das figuras mais importantes da nossa história e está entre nós para nos lembrar de como as coisas aconteceram, os caminhos que precisou trilar para fazer tudo se concretizar. Taí algo bom para pensar, em organizar a memória por meio de depoimentos, porque há muitas testemunhas de nossa história. Vamos começar já! Uma boa sexta-feira a todos!