Coluna do Corvo

Zé de volta

Dentre as notícias políticas da semana a que mais balançou o coreto foi o seo José Dirceu de Oliveira e Silva ganhar a carta de alforria das pendengas judiciais e se dizer que se prepara para novas revoadas políticas. Deve buscar vaga parlamentar em 2026, caso não apareça outra oportunidade, do tipo disputar o governo em algum Estado, decerto em São Paulo. Zé Dirceu em atividade eleitoral é sempre um nome forte do PT.

 

Do outro lado

Um dia depois das comemorações petistas e afins, eis que aumentam as movimentações de bastidores em prol do projeto que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O pacote foi engavetado e criaram uma comissão para analisar o imbróglio, mas a pressão é grande para modificarem a pegada e com isso, há sim a possibilidade de Jair Bolsonaro limpar a barra e entrar na disputa presidencial de 2026.

 

Sem polarização?

O bam-bam-bam do PSD, partido que anda fazendo barba, cabelo e bigode em eleições, Gilberto Kassab, disse que não houve polarização nas eleições municipais. Bom, antes precisamos saber o que ele entende por “polarização”, porque a onda bolsonarista ainda fez muita pressão em todas as regiões brasileiras. É algo que ainda não se pode negar, como também é inegável a escalada do PSD, que segundo a maioria dos componentes se alinha ao centro, com gente pendendo para a direita e também esquerda.

 

Falar nisso?

Lá pelo começo de 2024, o prefeito Chico Brasileiro disse que permaneceria no PSD até o final do ano, depois das eleições municipais, independentemente o vitorioso. Pois bem, sabemos as origens políticas dele, leia-se PCdoB, esquerda, etc e tal. Será que contrariando os prognósticos, Chico desistiu do comunismo e encontrou um novo pensamento ideológico? Dizem que ele continuará onde está, sobretudo porque aos poucos, vai melhorando a estampa com os formadores de opinião.

 

Foi ruim assim?

Sem poder concorrer e quase que abandonado pelos ex-colaboradores, Chico apanhou sem dó no processo eleitoral. Diante da pintura que fizeram dele, não foi sequer mencionado em campanha, porque seria um pecado colar a imagem do governo em algum candidato. Leia-se o General Silva e Luna foi abertamente apoiado pelo PSD de Ratinho, uns e outros, menos Chico, que ficou na geladeira. Em algumas ocasiões até o prefeito eleito deus uns pitacos negativos, mencionando o “caos na Saúde”. Mas e agora? As pessoas perguntam: o atual governo, 7 anos e meio no poder, foi tão ruim assim? Há quem diga que não, mas ainda não quer aparecer e nem dizer o nome.

 

Vamos pensar

Um dos argumentos da oposição à campanha do General Silva e Luna era dizerem que ele era manobrado pela administração municipal e que as pessoas que lá estão, permanecerão. O fato é que tem muita gente apostando que ficará, mas o problema é dobrarem o General ou chegarem até ele. Há uma certa blindagem impedindo aproximações. Em outra análise, pensa um cara convicto em mudar tudo o que há? Dizem que é assim que Silva e Luna repensa o staff público municipal, totalmente novo e lustrado por gente técnica sem carimbo de uns e outros.

 

O que se vê

Nunca, em toda a história da cidade uma transição foi tão tranquila. Há servidores que fizeram vaquinha e compraram tapetes verde e amarelo só para esperar o General visitar a repartição. Deus o livre se for vermelho; o homem dá a volta. Não pisa em terreno colorado nem para receber o Oscar. Mas, também… não é chegado em “lambeção”. Um amigo próximo garante que o General não suporta puxa-sacos. Bom, em geral, gente que passou a vida em carreira militar não é muito chegada em carrapicho. Então olha o perigo: o vivente acredita que está agradando e na verdade, sairá borrado na foto.

 

Uma ideia pra se pensar

Um eleitor desavisado deu uma ideia que parece não ser lá muito ruim: “colocar todos os candidatos a prefeito da última eleição para conversar”. Não que eles não se falem, pois muita gente vê ex-rivais eleitorais se cumprimentando por aí, mas a proposta é enviar todos numa sala, junto com o prefeito eleito para ver o que pode sair de uma reunião assim, afinal de contas a eleição já passou.

 

E qual seria a pauta?

Os projetos para a cidade, óbvio. Segundo o eleitor palpiteiro, muitas boas ideias são “perdidas” depois das eleições, simplesmente porque eleito e não eleitos abrem mão dessa conversa franca. “Já pensou se cada derrotado pudesse oferecer sua melhor proposta?”, disse.

 

Samis da Silva

Algumas especulações dão conta de uma nova aventura do ex-prefeito e ex-prefeitável Samis, que estaria disposto a concorrer vaga de deputado estadual em 2026. No entanto, como o seu desempenho eleitoral foi considerado “acima do ruim”, isso pode ser uma brincadeira ou especulação.

 

E o Airton

O Airton José, segundo falam, também pode ser um nome para a disputa de 2026, mas isso vai depender do seu atual partido, PSB, e também da estratégia da federação PT, PCdoB e PV, além do PDT e do Avante, que o apoiaram para prefeito. Há quem diga que se o bloco sair novamente unido pode eleger um deputado. Andaram fazendo as contas, isso é verdade.

 

E o Paulo?

Depois de postar fotos no litoral paulista as opções do Paulo são aproveitar a vida e o patrimônio político que lhe resta. Em nome dele, estão falando além da conta, inclusive rodeando candidatura para deputado. Se for assim é mais fácil pendurar as chuteiras. Ele só quer saber de ser prefeito.

 

Presidente da Câmara

Continuam as negociações entre os novos vereadores para escolha do presidente do Legislativo Municipal para os anos de 2025 e 2026. Uma informação garante que dois nomes já garantiram 5 votos cada, o que mantém a disputa ainda acirrada e inflacionada. “Vai ficando mais difícil e mais caro”, apontou um recém eleito que pediu anonimato.

 

Canja do Galo Inácio

A cidade ainda nem pensou em Carnaval e o povo que organiza a Canja mais famosa abaixo da linha do Equador está trabalhando. O fato é que o evento rouba a cena de encerramento dos festejos carnavalescos, juntamente com o Bacalhau do Batata, em Olinda, e, por isso, a responsabilidade é grande. Mas é maior ainda, quando o assunto é ajudar a infância e a juventude. Este colunista em breve fará toda a reverência à entidade que será contemplada em 2025. O Rotary Clube Foz do Iguaçu – Grande Lago, é que passou a tutelar o tradicional evento nos últimos seis anos e, diga-se, com galhardia, sem perder o tom carnavalesco.

 

Para lembrar

A Canja do Galo Inácio, idealizada e levada em frente durante muitos anos por este colunista, ganhou o apoio irrestrito do saudoso Padre Germano Lauk; era ele quem provava o primeiro pote da iguaria e dizia se poderia ser distribuída. “Essa canja está salgada, quase matou o padre, façam tudo de novo”, dizia, às vezes. O caso é que ele não pedia, mandava e todo mundo obedecia. Por essas e outras, milhares de pessoas acreditam que a canja é abençoada e por isso, saem de casa com panelas e potes para comprar e colaborar com a entidade escolhida. A casa rotária, assimilando a importante missão, renovou o evento e dá um show de organização.

 

A novidade

A Canja do Galo Inácio foi, dentre outras, desenhada pelos maiores cartunistas brasileiros, gente como Millor Fernandes, Ziraldo, Santiago, Airon, Dante, e outros bambas do traço colaboraram com o evento, criando as estampas para as camisetas e material publicitário. O Rotary Grande Lago, por sua vez, inovou e está coordenando a escolha do desenho que ilustrará a Canja ano que vem, por meio de um concurso com os alunos de arte da APAE, talentosos e criativos. O certame definirá a ilustração nos próximos dias, ainda no mês de novembro. Uma banca de jurados escolherá o melhor trabalho. Os alunos receberam uma cartilha orientando a feitura dos trabalhos.

 

Regimento

A Canja do Galo Inácio possui um regimento muito sério e de certa maneira ortodoxo, sem mudanças desde o início, em 2001. Em 23 anos de existência não houve a alteração em uma única emeda, mas, quando surgiu a ideia de dar espaço à meninada para desenhar o Galinho birrento, a concordância foi geral. Os preceitos básicos da Canja são: ser realizada na terça-feira de Carnaval, apoiar uma entidade voltada para a infância e juventude e apoiar a nutrição adequada, contra o desperdício de alimentos. Trata-se de um bem cultural iguaçuense e que já ajudou milhares de crianças. Este colunista diz que realizar a Canja, o absolve todos os pecados, até as heresias aqui publicadas. Claro, voltaremos ao tema.

 

Finados

O GDia não circulará amanhã, sábado de Finados. Voltaremos com a corda e a caçamba, na terça-feira. A todos um excelente final de semana, mesmo com a tristeza que abate as pessoas em data tão memorial. Lembrar os que se foram é celebrar suas vidas e torna-los vivos por mais um tempo, em nossas mentes e corações.

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