Prefeitura concluiu 86 obras paradas, incluindo as da Operação Pecúlio

A Prefeitura terminou, nos últimos sete anos, 86 obras que estavam paralisadas em Foz do Iguaçu, como mostrava o levantamento do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR). A relação incluía também as pavimentações investigadas na Operação Pecúlio da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que levou a prisão o prefeito e quase a totalidade dos vereadores em 2016. As informações são do secretário municipal de Obras, Luiz Cézar Furlan, ao avaliar o legado no setor de infraestrutura dos dois governos do prefeito Chico Brasileiro (PSD).

 

“Terminamos 86 obras que estavam paralisadas no município. O TCE-PR tinha uma lista de obras paralisadas, as de Foz do Iguaçu estavam em primeiro lugar no Paraná”, comentou Furlan, em entrevista ao GDia. “As obras da Operação Pecúlio faziam parte dessas 86. Conseguimos zerar todas aquelas pautas, dialogando, conversando com o Ministério Público, com os colaboradores que fizeram toda aquela confusão”.

“E conseguimos reaver os valores do município, daquilo que foi lesado, através do MP, e terminar essas obras. Todas elas foram concluídas”, comemorou o secretário. As investigações que culminaram na Operação Pecúlio começaram em meados de 2014, com a suspeita de organização criminosa na prefeitura. À época, havia indícios de ingerências de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas pelo Executivo para prestação de serviços e obras.

 

Todas as obras de pavimentação asfáltica e recapeamento contratadas em 2014 contavam com algum tipo de irregularidade e tiveram os valores superfaturados, apontaram as investigações da PF. Três licitações envolvendo contratos de oito ruas e avenidas somavam mais de R$ 56 milhões, na época. Entre as mais emblemáticas estavam as avenidas José Maria de Brito, Renieri Mazzilli, Pedro Basso, Morenitas, Portugal, Andradina, Felipe Wandscheer, Sérgio Gasparetto e Olímpio Rafagnin, última a ser concluída, em 2022.

 

Educação e lazer

De acordo com Cezar Furlan, entre os destaque de obras de infraestrutura nos sete anos e meio da atual gestão estão a construção de 13 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) “novos, de porte grande, não são com quatro salas de aula, são maiores”, ressaltou. As ações incluíram reforma e construção e “às vezes até demolição”, que foi o caso da Escola Municipal Gabriela Mistral, que foi totalmente demolida e feita novamente.

“Na área da educação foram feitos muitos investimentos. No esporte, foram feitos mais locais de lazer para a população, que durante toda a existência do município. Então se você pegar os últimos 100 anos, não foram construídos e entregue para os munícipes as infraestruturas ligadas ao esporte e lazer feitos agora”, comparou

Das obras executadas constam academias,  parquinhos, campos de futebol. “Não tem nenhum bairro de Foz que não recebeu um campo de futebol, desses com grama sintética, iluminação, um local adequado para que as pessoas possam praticar o seu lazer. Há pistas de caminhada”, disse.

 

Asfalto

Em relação as obras viárias, o secretário destacou a execução de mais de 600 quilômetros de pavimentação asfáltica. “Todos os bairros praticamente estão pavimentados. As avenidas, reconstruímos a General Meira, fizemos a questão da mobilidade lá, que é a ciclovia, melhorando toda aquela avenida com iluminação e arborização. A Avenida Costa e Silva foi totalmente revitalizada, a Avenida JK que está sendo revitalizada na totalidade”.

A abertura da João Paulo II, “que ninguém fala mais, que ninguém lembra”, ressaltou Furlan. A avenida, segundo ele, ficou por muitos anos com uma perna só. “E foi feito, hoje as pessoas não lembram. Oito anos e ninguém lembra mais. Outro dia passava aqui no Boicy, não sei se você recorda, tinha um solavanco (na Rua Edmundo de Barros) ali que a Sanepar tinha uma doutora que passava ali”.

“Aquilo ficou por mais de 20 anos e nós fizemos a retirada”, contabilizou o secretário. A malha viária do centro, segundo ele, foi praticamente toda foi reconstruída. “E foi retirado aquele solavanco. Passei outro dia lá e falei, ‘ó, ninguém lembra que isso aqui tinha um solavanco né?’ Quantas pessoas não perderam o cárter de um carro ali? São coisas assim, obras grandes ou pequenas, mas que mudou o paradigma da cidade”.

  • Da Redação / Foto: Thiago Dutra/PMFI

 

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