Coluna do Corvo

A disputa das legendas

É interessante assistir como os eleitos para o Legislativo trabalham rumo à mesa diretora. Parece existir uma queda de braço entre o PL e o PSD, partidos do prefeito eleito General Silva e Luna e, do governador Ratinho Jr. Há quem já coloque água morna entre uns e outros e faça um chá de capim santo, para acalmar os ânimos.

 

Não quer dizer

Houve um tempo em que o vereador mais votado emplacava a presidência. Hoje as coisas são bastante diferentes. Obviamente o prefeito eleito está de olho e respeitará a instituição legislativa, mas deve existir entre os 15 vereadores vitoriosos, uns ou outros que possam ajudar na abrangência do diálogo entre os poderes, independentemente os partidos. Há gente assim no PL, PSD no Republicanos.

 

Traduzindo em nomes

Os três mais votados, pela ordem, Adriano Rorato, Paulo Debrito e Bosco, todos do PL, são estreantes, mas muito antenados nos movimentos da Câmara e pelo que se sabe, estudam o Regimento. Em quarto lugar aparece Adnan El Sayed (PSD), um veterano ligado ao governo do Estado e ao deputado Hussein Bakri, que certamente atuará na eleição da mesa diretora. Na sequência aparecem o Cabo Cassol e o ex-deputado Soldado Fruet, experientes em legislatura e que também pertencem ao PL.

 

Na outra ponta…

Saltando o povo da ala ligada ao Paulo e Aírton, estão Evandro Ferreira (PSD) e Ranieri Marchioro, do Republicanos. Dizem que a vereadora eleita Professora Márcia Bachixte, do MDB, também é muito ligada ao governo de Chico Brasileiro. Teoricamente ficam de fora da disputa a Anice, Yasmin, a Valentina e o Sidnei Prestes.  O vereador eleito Balbinot ao que parece, é independente, apesar de representar o PSDB, na chapa do Sâmis da Silva. Olhando para um quadro assim, quem possui chances de emplacar presidência? Nem bola de cristal saberá informar.

 

Na foto

De uns dias para cá, o que mais se vê é foto de vereador eleito com políticos do alto escalão, tipo governador, vice, deputados e gente que de uma maneira ou outra, influirá no processo de escolha da presidência da Câmara. Vale um parêntesis, recentemente o Evandro Ferreira, do PSD disse participar de uma reunião com o governador, juntamente com o General Silva e Luna. Este colunista odeia estragar prazeres, mas o único local onde ele realmente esteve foi na foto. Estava passando por perto e fez uma de papagaio de pirata.

 

Apostas?

Este colunista não fará apostas em quem será o provável futuro presidente do Legislativo em Foz, até porque mencionar nomes, seria uma maneira de queimá-los. O que pegaria muito bem e demonstraria força, frente ao conjunto de mudanças que a cidade espera, seria os vereadores eleitos se anteciparem e lançarem uma chapa única, um consenso que além de surpreender o cidadão, seria uma boa mensagem em favor da governabilidade. Se conseguirem algo assim, além de inédito, ajudariam e muito na restauração da credibilidade da instituição, sempre em vias de ser arranhada por uns e outros.

 

Questões de credibilidade

Governos estreantes naturalmente possuem metas e é muito ruim quando são atrapalhadas. O Legislativo, além de atendar o interesse dos eleitores, deve trabalhar no intuito de limpar a barra, mostrando que a nova legislatura é diferente e de fato trabalhará com um propósito coletivo, de colocar o bonde nos trilhos, com a mensagem de campanha: austeridade, transparência e honestidade. Se fizerem assim já estará de bom tamanho.

 

A transição

Este colunista recebeu várias listinhas com nomes de pessoas que estariam participando da transição de governo e que teriam sido “nomeadas” pelo prefeito eleito General Silva e Luna. Para início de prosa, o General não “nomeia”, pelo menos ainda. Ele indica, pede, e, é atendido por voluntários nessa tarefa. Só nomeará pessoas depois da posse, com a caneta de prefeito. Em segunda hipótese, ainda não revelou quem fará parte da equipe de transição. O que há é uma porção de pessoas “se indicando” para isso e aquilo, mas ao que parece, longe da vontade dos que de fato decidem. Há um único nome que podemos escrever e sem errar e, que por muitas razões faria parte do processo: Jorge Ricardo Aureo Ferreira, muito próximo do prefeito eleito e que o acompanha em longa jornada. Ele é coronel do Exército, doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado Maior, logo, alguém que pode conduzir uma transição com os valores necessários e indispensáveis. Isso, de maneira alguma, afastará ou deixará na sombra outros colaboradores, porque tanto o General, como o Coronel possuem enorme senso de grupo e sabem compartilhar com gentileza tudo o que propõem. A transição estará em boas mãos.

 

Agrupamento

No processo pós eleição muita gente pergunta como o novo governo contará com os representantes na ALEP e Câmara. Não é algo assim difícil de ser responder, uma vez que os nossos valorosos deputados sempre estão trabalhando em prol da cidade, independentemente a ideologia ou suas pretensões políticas. No embate uns perdem, outros ganham, mas durante a gestão, todos devem empreender as funções como fossem vencedores, do contrário, quem sofre é a cidade. A eleição acabou e agora é “bola pra frente”, porque a contagem regressiva para 2026 já começou. Ao que se sabe o prefeito eleito trabalha um plano de convergências e com muita amplitude.

 

Os cassinos

Prezado colunista você abordou o processo de abertura dos cassinos, mas como isso está sendo conduzido, porque do nada a discussão parece ter evaporado. Ou isso aconteceu em razão de recesso e eleições?

Paulo G. B. Graça

 

Projeto caminhando

O projeto foi aprovado em junho, na CCJ do Senado, agora tramita em discussões temáticas. Segundo a análise do deputado federal Vermelho, o rito obedece aos prazos e tudo indica de desta vez, tenha sido vacinado contra vetos teremos sim, novas regras para os jogos de cassino, bingo, jogo do bicho e maquinas eletrônicas. A bandeira de legalização dos cassinos é dele, diga-se. Vermelho se desdobra e não perde um só lance do projeto.

 

Onde?

Embora discutam as localidades, ou quais cidades poderão aportar cassinos, isso ainda está longe de ser resolvido no Paraná. Seria muito bom um destino como Foz contar com mais essa modalidade em sua lista de atrativos. E é aí que o Vermelho se mobiliza com a bancada do Estado.

 

Pano verde e roletas

O texto aprovado, diz que será autorizada a instalação de cassinos em polos turísticos ou locais que possuam complexos de lazer, como resorts e hotéis de altíssimo padrão com bastante apartamentos, suítes, restaurantes, bares e locais para eventos e convenções e que trabalhem eventos culturais. Dez navios poderão receber salas de jogos, desde que possuam estrutura de hospedagem. Podem ser embarcações marítimas ou fluviais.

 

Nos Estados

A legislação prevê um limite de cassinos sendo apenas um por estado e no Distrito Federal. São Paulo se diferencia, podendo receber até três cassinos. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, que poderão ter até dois cassinos. Quem olhar para o Paraná, não consegue enxergar uma cidade com as roletas girando, que não seja Foz do Iguaçu. Se levarem isso para outra cidade, cometerão uma brutal injustiça, deixando o jogo a grana dos brasileiros, nas mãos de paraguaios e argentinos.

 

Outras modalidades

Os bingos funcionarão permanentemente em locais específicos, à base de cartelas como ou eletrônicos, do tipo “videobingo”. Isso será mais abrangente, com a possibilidade de existir uma casa em cada município. As cidades que possuem populações maiores, poderão aportar um estabelecimento para cada 150 mil habitantes. Já o famoso e tradicional Jogo do bicho poderá ser autorizado para uma pessoa jurídica, leia-se um bicheiro com CNPJ, a cada 700 mil habitantes nos estados e no DF. As apostas em corridas de cavalos poderão ser exploradas por entidades credenciadas no Ministério da Agricultura. Isso pode acontecer nos hipódromos e também nas áreas rurais, como as famosas “carreiras”, desde que efetivem o registro. Há também a aprovação dos caça-níqueis, mas isso fica para outra oportunidade.

 

Vermelho organizando as agendas

O deputado possui outros vários projetos e de grande impacto para a cidade, como a Arena Multiuso, a Beira Foz e o Matheus, trabalha o Hospital Infantil. Mas outra pegada que pode fazer uma diferença: o incentivo em transformar a região, num dos maiores criadouros de Tilápia do Planeta. Segundo um recente estudo, há possibilidade de produção de 200 mil toneladas ao ano em cada margem do Lago de Itaipu, integrando lado paraguaio, que se diga, já mergulhou na iniciativa. Não está errado escrever que é sim uma notável demanda de proporções binacionais.

 

Modal internacional

Uma iniciativa assim pode criar negócios de proporções mundiais, uma vez que vários continentes querem o produto. Vamos pensar na geração de riquezas e mão de obra, sobretudo com a instalação de um frigorífico e células de beneficiamento de tudo o que sai do peixe, como por exemplo, o couro. A condição geográfica de Foz é bastante diferenciada para exportar a tilápia para a países asiáticos, europeus e também para as américas. Temos tudo para isso dar certo, o espaço, clima, água e até mesmo aeroportos, para voos compartilhados.

 

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