Entrevista: Chico Brasileiro destaca solidez econômica da prefeitura ao encerrar o mandato em Foz

Às vésperas de encerrar seu segundo mandato como prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro (PSD) destacou, em entrevista exclusiva ao GDia, o legado econômico e fiscal deixado para a cidade. O prefeito, que deixa o cargo em 31 de dezembro, afirmou que Foz do Iguaçu caminha para um novo ciclo de desenvolvimento, atraindo investimentos públicos e privados e consolidando sua economia com bases sólidas. Segundo ele, a cidade já ultrapassa a marca de cinco milhões de visitantes anuais e projeta um crescimento acima da média nacional nos próximos anos.

 

Na entrevista, Chico Brasileiro também detalhou como deixará a prefeitura para o próximo gestor, General Silva e Luna, que assumirá em 2025. Além de uma condição financeira mais estável, o prefeito ressaltou que a cidade está preparada para captar novos recursos e enfrentar desafios futuros, como o combate às desigualdades e a adaptação às mudanças climáticas.

 

Leia os principais trechos da entrevista:

 

O que o senhor planeja fazer a partir de 1º de janeiro de 2025?

Chico Brasileiro: “Meu plano é continuar estudando gestão pública. Sempre me dediquei muito aos estudos e quero continuar nessa trajetória, focado em aperfeiçoar a gestão pública. O setor público precisa de pessoas com vocação, e meu propósito é contribuir nesse sentido, buscando consolidar políticas públicas eficazes para os desafios que surgirem.”

 

O que o general Silva e Luna encontrará na prefeitura em 2025?

Chico Brasileiro: “Ele vai encontrar a prefeitura com equilíbrio fiscal e uma situação muito melhor do que em 2017. Um dos grandes avanços foi reduzir o déficit previdenciário, que chegou a R$ 4 bilhões. Embora não esteja 100% resolvido, grande parte já foi saneada. A prefeitura está mais organizada, com condições de captar recursos e fazer novos investimentos, o que nos coloca em uma situação muito melhor do que no início da minha gestão.”

 

Quais legados o senhor considera mais importantes ao encerrar seu segundo mandato?

Chico Brasileiro: “O maior legado é o equilíbrio fiscal e a previsibilidade. Em 2017, a prefeitura estava sem certidões, com dívidas em todos os órgãos estaduais, federais e com fornecedores. Hoje, limpamos o nome da cidade. Foz do Iguaçu agora tem todas as certidões em dia, o que é essencial para continuar crescendo. Isso trouxe credibilidade, não só para o município, mas também para atrair investidores.”

 

Foz do Iguaçu receberá mais de R$ 3 bilhões em investimentos nos próximos anos. Como isso impactará a cidade?

Chico Brasileiro: “A cidade está cada vez mais estruturada, com uma legislação transparente que atrai investidores nacionais e internacionais. Esses investimentos públicos e privados consolidam as bases da nossa economia e reforçam meu otimismo de que Foz vai crescer acima da média brasileira. O ciclo de desenvolvimento que iniciamos deve colocar Foz do Iguaçu entre as cidades mais pujantes do Paraná e do Brasil.”

 

A cidade pode superar a marca de dois milhões de visitantes em 2025?

Chico Brasileiro: “Já ultrapassamos essa marca. O Parque Nacional do Iguaçu é um dos principais indicadores, mas a cidade recebe mais de cinco milhões de visitantes por ano. Muitas pessoas retornam para aproveitar outros atrativos além das Cataratas, como os resorts e as compras. O turismo internacional está se recuperando, e isso deve aumentar ainda mais o número de visitantes.”

 

A pandemia de covid-19 foi um desafio significativo. Como Foz do Iguaçu superou esse período?

Chico Brasileiro: “A pandemia foi o maior desafio que já enfrentei. Vencemos essa batalha com a colaboração de diversas instituições. Investimos na ampliação do hospital municipal, que praticamente dobrou de tamanho, o que nos deixa preparados para futuras crises sanitárias. O legado que ficou é uma estrutura de saúde pública mais robusta, capaz de continuar melhorando o atendimento à população.”

 

Como as prefeituras devem se preparar para enfrentar a crise climática?

Chico Brasileiro: “As ações preventivas e de infraestrutura são fundamentais. Em Foz, fizemos um dos maiores programas de drenagem urbana do Brasil, acabando com enchentes em áreas críticas. É necessário captar e destinar melhor as águas das chuvas. Esse programa continua com novas obras iniciadas, visando tornar a cidade mais resiliente diante das mudanças climáticas.”

 

É possível que Foz do Iguaçu implemente tarifa zero no transporte público?

Chico Brasileiro: “É uma meta alcançável com planejamento e investimentos contínuos. Com o aumento do investimento público no setor e apoio federal, acredito que Foz pode atingir a tarifa zero, o que traria benefícios para a população, como menos poluição e mais adesão ao transporte urbano.”

 

O programa de conversão de áreas já alcançou R$ 50 milhões em investimentos. Como ele impacta a cidade?

Chico Brasileiro: “Esse programa é um modelo inovador que trouxe transparência para a gestão pública. Ele já resultou em importantes obras, como a conclusão da Avenida João Paulo II e a ampliação da UPA do Morumbi. A conversão de áreas continua sendo uma referência para outras cidades.”

 

Quais outros programas de Foz do Iguaçu são considerados modelos nacionais?

Chico Brasileiro: “O programa de contratação de MEIs para serviços de manutenção é um exemplo. Ele permite que pequenos empreendedores realizem reparos em escolas e postos de saúde, fortalecendo a economia local. O cartão material escolar também é pioneiro, sendo uma referência para diversas cidades e estados.”

 

  • Da redação / Foto: AMN

 

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