Coluna do Corvo

Comércio fronteiriço

Lá vem confusão com os “hemanos” argentinos. Devem endurecer as coisas para os pequenos transportadores, gente que se socorre do outro lado da fronteira dependendo a influência cambial. Vai sobrar para os mais fracos e para o comércio de Puerto Iguazú, que faz tempo não sente o sopro dos ventos favoráveis.

 

E os brasileiros?

Medidas de endurecimento na fiscalização e a implantação de novos regimes aduaneiros impactam diretamente o Porto Meira e de rescaldo lugares como a Vila Portes, supermercados e comerciantes nos bairros. Os estabelecimentos são muito frequentados sobretudo no abastecimento de itens que literalmente desaparecem na Argentina em tempos de crise. E vão dizer, que em razão do Milei, não há crise?

 

Enquanto isso…

No outro lado do Rio Paraná, várias cidades paraguaias estão adotando mediadas de sustentabilidade, aliás, os paraguaios são meio sustentáveis por natureza, em razão da simplicidade no modo de vida. Boa parte da população ainda mantém tradições originais, de cuidar do ambiente. Isso sai de controle em algumas localidades como Ciudad del Este, em razão da miscigenação, e mesmo lá, há um programa de arejamento, com a criação de novas praças.

 

História

Sempre é bom lembrar, que nos idos de 1970, quando começaram a construir Itaipu, o lado brasileiro estava totalmente devastado, antes pelo ciclo de exploração da erva mate, depois a retirada das madeiras e por fim, a expansão agrícola; arrasaram a Mata Atlântica, hoje sendo aos poucos em processo de reposição. Mas o lado paraguaio era totalmente florestado, e, ainda permanece assim. Foram os brasileiros os principais responsáveis pela erradicação de boa parte das florestas no país vizinho, desenvolvendo a agricultura e pecuária. Logo, isso explica que a cabeça de um e de outro funciona diferente quando o assunto é meio ambiente.

 

Paraguai e o futuro

Então vamos pensar uma nação que olha para o ambiente e, ao mesmo tempo possui energia elétrica sobrando. Se os governos levassem a terno a industrialização e a atração de grandes conglomerados, o país já seria outro, no entanto, há uma certa resistência em avançar além das pernas. Nisso os paraguaios são previdentes. De uns tempos para cá, nossos vizinhos pensam muito em qualidade de vida e respeito às tradições e os brasileiros que vivem lá são testemunhas.

 

Repatriação

O pessoal fala em colônia árabe, como fosse um reduto apenas, e, na verdade, não é. Se olharmos para os libaneses, por exemplo, saberemos que fazem parte do processo de colonização de Foz e já estavam na fronteira antes de muitos brasileiros. Se há cidadãos de origem libanesa, palestina, e, hoje são brasileiros, com suas famílias, merecem ser repatriados, como a gente do nosso país que foi morar nas páreas afetadas pelos conflitos. O Brasil, aliás, possui essa influência árabe em muitas coisas, é parar para pensar e descobrir. Nossa vocação comercial está calcificada na presença dos “brimos”. Olhando para isso, devemos abrir os braços para os libaneses que por inúmeras razões, procuram o que temos de sobra: a paz. Digam o que quiserem, apesar das diferenças sociais, da polarização política, das línguas agourentas, dos problemas na área de saúde, segurança, combate ao tráfico e milícias, serviços públicos ineficientes, os brasileiros não têm noção do que é uma guerra.

 

A guerra

Vamos combinar, as potências e seus interesses é que não deixam o Oriente Médio em paz. Quem conheceu as principais cidades dos países que compões aquela região, berço da humanidade, sabe o poder de destruição física e mental, causado por guerras intermináveis. Uma seguida de outra. O mundo tem uma dívida com o Oriente Médio e o mínimo que os países podem fazer é abrir as portas.

 

Obras da perimetral

Instigado pela movimentação e a curiosidade, este colunista fez o percurso da Perimetral de ponta a ponta e deu para conferir que a demanda está em curso. O viaduto da Republica Argentina é bastante grande e há um desvio para quem precisa suplantar o local das obras.

 

Duplicação

E será que o prolongamento da Avenida República Argentina terá duplicação? Seria uma providência importante, porque vai no sentido do desenvolvimento. O que há adiante, próximo ao hospital da Unimed é placas de loteamento e, gente aguardando pelos compradores. É naquela direção que surgirá outra próspera localidade em Foz.

 

O desenvolvimento

O que muita gente não vê é exatamente isso: as obras, quando são realizadas, abrem as portas para novas oportunidades. Toda a vez que o asfalto passa, as coisas mudam para os moradores; as casas são ajeitadas por meio de reformas, pinturas e ganham jardins que não sofrerão com a poeira; as crianças não sujaram as roupas e os calçados ao irem para as escolas e é assim que o padrão de vida melhora, porque é agregado de ânimo. E quem possibilita isso? A coisa pública. Então, quando acontecem obras estruturantes e de grande porte, isso é multiplicado por várias vezes. A vontade pública e o cumprimento das promessas de campanha mudam a vida dos contribuintes.

 

É favela?

Algumas pessoas precisam mudar o jeito de se expressar. Este colunista estava pela Unimed quando um cidadão encostou a caminhonete preta, enorme, e falou na recepção: “poxa, pra chegar aqui, a gente tem que entrar nesses desvios no meio das favelas, sujando o carro que ‘tava’ limpinho”. Quem estava lá não gostou de escutar o desabafo “maleducado”. O que há na região são casas de pessoas trabalhadoras, de gente humilde e que merece respeito, como a mesma educação que devemos tratar os moradores das áreas mais pobres e até quem habita favelas. A ignorância, prepotência e soberba são um grave problema social. Bom, certamente os moradores nos tais desvios estão orgulhosos dos seus bens, em maioria pagos em dia, diferentemente da caminhonete parceladas em 60 vezes e com oito prestações atrasadas.

 

Política

Tudo parece muito calmo em Foz do Iguaçu e dá até para estranhar. Quem conhece a selva esperava uma choradeira maior, sobretudo no Legislativo, onde houve um rapa, com nomes de vereadores antigos começando a desocupação dos gabinetes.

 

Causa animal

A renovação na Câmara mexeu com um setor fundamental, a causa animal. Carol Dedonatti, a mais votada na penúltima eleição não conseguiu votos suficientes para se reeleger e outros protetores também não foram felizes nas urnas. Tem explicação: várias pessoas miraram o pote, dividiram os votos e fizeram o segmento ficar sem representatividade, o que é uma lástima.

 

A luta continua

Carol é obstinada, não abandonará a causa porque isso, para ela, é muito mais importante que a política. Mesmo no exercício da vereança, jamais perdeu de vista a responsabilidade, e não foi uma única vez que este colunista presenciou a Carol correndo atrás dos bichos em avenidas movimentadas. Sua gestão trouxe muitos avanços em prol da causa animal. A vereadora foi vítima das intrigas de gente que se diz “defensor da causa animal”, mas que não atua como deveria.

 

Órfãos do poder

Taí uma lição a ser aprendida. Muitos vereadores que ficaram em cima do muro, ou se agarraram de galho em galho, não se deram bem. Literalmente ficaram chupando o dedo após a dança das cadeiras. Mas não será de estranhar caso muitos já tentem se agarrem em assessorias com o lero-lero de oferecer apoio e coisa e tal. Políticos que ascendem ao poder precisam cuidar com certos tipos de “apoio”. Dependendo a figura, é melhor ficarem na oposição. O fato é que há políticos com profissão indefinida, e a saída é se agarrar na teta pública. Bora arranjar um emprego fixo, com salário, igual a maioria da população.

 

Sapatinho de cristal

Fazem pose de monarca depois de eleito e, se acham acima dos outros. Quem estreia no Legislativo deve atentar para o evento da renovação, um sintoma muito aparente do descontentamento popular com a política, suas criações e criaturas.

 

Preparação

Como já escrevemos, Paulo Mac foi arejar as ideias à beira mar, e o General tirou uns dias para visitar as secretárias de Estado na capital paranaense e deu uma esticada até Brasília onde realiza um check-up, para manter a saúde em dia. Como sabemos, oficiais superiores, mesmo na reserva, possuem atendimento em unidades militares de ponta. Silva e Luna disse que vai se preparar para o exercício da função e para isso quer plenitude saudável. O prefeito eleito é chegado em exercícios físicos e caminhadas em locais públicos.

 

Secretariado

Muita gente pergunta quem serão os novos secretários e quais as secretárias. Talvez seja esse o maior empenho do governo que se instalará em 2025, encaixar as peças. Segundo uma fonte os critérios são muito técnicos e a escolha das pessoas também. Uma boa sexta-feira a todos!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *