Coluna do Corvo

Economia

O prefeito eleito, General Silva e Luna já iniciou o seu plano de contensão de despesas. Segundo ele, ganhar a eleição no primeiro turno foi uma maneira de economizar a grana que seria investida no segundo. Se o Paulo, era conhecido como “mão de vaca”, difícil encontrar um novo substantivo para o General.

 

Assim foi, assim será

Quando Silva e Luna assumiu Itaipu, uma de suas primeiras medidas foi a redução de gastos para prover ações e, imediatamente, começou a cortas despesas que antes eram difíceis de até de serem comentadas, pela ortodoxia de uma Binacional, como o escritório de Curitiba e representações em outras localidades. Deve realizar algo similar na prefeitura, e, em sua visão, a construção de um Centro Cívico é mais barata que pagar aluguéis, além do mais economiza também o dinheiro do cidadão, que fica passarinhando de um lado ao outro, em busca de soluções no serviço público.

 

E até lá?

Um centro cívico ou agrupar todas as secretarias em apenas um local levará um tempo considerável, quando pensamos em construção civil no setor público, com projetos, licitações, dentre outras. Muita gente está curiosa em saber quais coelhos o General vai tirar da cartola. Se bem que não há mágica. Há vontade política. É passar sebo nas canelas e fazer acontecer. O que o novo governo precisará fazer é pelo menos aprimorar os serviços de atendimento por meio de uma central que funcione. Nem todo mundo sabe operar aplicativos e modalidades eletrônicas. Neste ponto a tal “ouvidoria” é importante.

 

90 dias

Antes de governar, Silva e Luna deverá fazer um pente fino na estrutura de governo, e, para isso, a prefeitura deve iniciar um processo de transição. Dizem que estão começando a procurar um “Bolo de Noiva”, nome que davam ao anexo em Brasília, para a sucessão presidencial. O General teria manifestado que uma salinha e, uma mesa com três cadeiras já seria o suficiente, de preferência com iluminação natural, para não gastar energia elétrica.

 

Beija mão

Já começou a fila de peregrinos em busca de se aproximar dos eleitos. É quando até mesmo o povo da oposição troca de lado, como a eleição fosse um “mero detalhe”. Que peninhas que não é bem assim. No mais, há quem esteja convicto que se manterá no cargo. “O General não possui tanta gente assim para compor a administração da prefeitura e todas as suas secretarias, diretorias, autarquias e fundações”, disse um nomeado agarrado na teta e que pediu pelo amor a “Deus” que o seu nome não seja revelado. O que este colunista tem a dizer é: “acorda Alice”, ao que parece, a receita do prefeito eleito é simples: reduzir a estrutura. Ai, como já tem gente sonhando?

 

Beija os pés

Se em torno do General já há essa fervência pela manutenção nos cargos, pensa como deve ser a situação na Câmara, com 15 vereadores pensando no futuro? Dá-lhe assessores. Mas conversando com uns e outros, a fatura parece liquidada, os cargos já estão assinalados com gente que ajudou em campanha, como sempre acontece.

 

Um pouco de tudo

O PL é o grande vencedor das eleições e edificou uma estrutura na Câmara com um pouco de tudo na ideologia de “direita”, do extremismo ao neoliberalismo. Tomara se entendam ao longo do exercício e se combinem, até porque podem ajudar muito na governabilidade, a começar pelos pitacos nos ajustes orçamentários para 2025. Claro que isso não significa atropelar o povo em legislatura, mas conversar não atrapalha.

 

Falar em conversa…

Não foram os poucos leitores que enviaram mensagens expressando um sonho. “Poxa, o General, humilde e inteligente como é, bem que poderia dar de frente com o Paulo Mac e os dois demonstrarem que passada a eleição, a cidade precisa muito de união. Foz merecia mais este presentão, que encheria a todos de energia e esperanças”, escreveu seu Lautaro Fortes, que nem é brasileiro, mas que escolheu Foz para viver na aposentadoria. Nada é impossível. Mas que isso ocorra naturalmente, passada a ventania no pomar fronteiriço.

 

E o Paulo?

Ele disse que vai desligar, viajar, ler, pensar e outras coisas mais. O problema é achar o botão ou saber em que tomada o fio está plugado. Não vai desligar mesmo. Mas as coisas andam muito rápido na cabeça do engenheiro, ex-prefeito e pessoa que é admirada por pelo menos, 47.775 eleitores e uns e outros que não foram votar, parentes, simpatizantes e afins. Já, na cabeça do sociólogo a análise é um pouco diferente. Paulo não comunga pensamentos sobre traição e esses pormenores, é grande demais para isso, mas deve procurar um por um dos tomates que pisou e as cascas de banana que lhe foram espalhadas no percurso.

 

Na Toscana

Pessoalmente, as coisas são bem mais fáceis para alguém como o Paulo Mac. Basta acessar um site de viagens e escolher onde ficar no clima fresco de Florença, alugando um Fiat que mal cabe as malas e, com a Elenice, percorrer as belas estradas entre Siena, Pisa, San Vicenzo, se der. Eita vida? Pois ele deveria ter feito isso no lugar de ferver na política. Mas fazer o que? O homem gosta disso e se alguém pensa que vai acalmar? Coisa nenhuma. Aguentem. Eleição e política sem o Paulo, em Foz do Iguaçu, é o Piu-piu sem o Frajola.

 

Chega para lá

Alguém revelou a este colunista que o General Silva e Luna deu um “chega prá lá” em alguns apressadinhos que já estavam se autonomeando para isso e aquilo. Foi aos microfones da gloriosa Rádio Cultura e disse que não acertou nada com ninguém, muito menos teve tempo de pensar em nomeações. Quer primeiro conhecer a casa para saber o perfil das pessoas que vão ocupá-la. Vestira o paletó quem encaixar no formato e fim de conversa.

 

Olhando as pesquisas

O GDia, embora algumas pessoas tenham sentido um desconforto, acertou em cheio na publicação da pesquisa Radar, com alguns números bem próximos do levantamento, considerando a evolução até o dia da eleição. O fato é que muitos institutos chegaram perto, mas a Radar fez a pintura em soldadinho e chumbo, meio que cirúrgica. Pesquisa, se bem elaborada, presta muito mais serviço aos eleitores do que aos candidatos.

 

Lições dos últimos tempos

Vamos combinar, a mamãe Democracia é muito fértil e em nada prolixa quando esbarra em novas formas de comunicação e os seres mutantes que surgem em nome da Liberdade. Isso é culpa do Bolsonaro, o criador dessa versão anárquica do exercício político. Vamos tomar como exemplo o Pablo Marçal, uma criatura dos novos tempos e que precisou ser contido pelo ex-presidente. Coisa difícil é lidar com os monstrinhos devoradores de tudo o que há pela frente, tipo “pacman”.

 

 

Pecadinho

Leitores atentos contribuem e bastante com a transparência e revisão do texto. Pessoas que colaboram, são as que realmente leem o que escrevemos e, o leitor, é o nosso bem maior. Na edição da última terça-feira este colunista escreveu a palavra arque-rival, em verdade pensando em “arquirrival”. Em questões de fechamento, a mão é mais rápida que o cérebro e “herrar” acaba sendo “umano”, com o vernáculo virando em saco de pancada. No eletrônico é fácil resolver, mas no impresso, só mesmo com notas de reparação. Desculpem.

 

Todo mundo entende

A língua portuguesa tem dessas ciladas, o que importa é que mesmo a palavra mal colocada é compreendida. E no mais, tudo segue o seu curso. Quem bom as pessoas se preocupam. Uma ótima quarta-feira a todos, nesse pós-eleitoral abrupto e que anda bem depressa.

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