Zé Elias destaca tarifa zero, corte de 80% dos comissionados, educação e saúde na Cultura
O empresário Zé Elias, candidato do União Brasil, abriu nesta segunda-feira (16) a segunda rodada de entrevistas da Rádio Cultura, com a prefeito de Foz do Iguaçu em 6 de outubro. Em 20 minutos de sabatina, ele falou sobre seus principais projetos, como a tarifa zero no transporte coletivo, corte de 80% dos cargos comissionados, educação integral, restaurante popular, uso dos royalties da Itaipu o novo plano diretor, com base no georreferenciamento dos imóveis do município.
Zé Ellias é natural de Castro (PR) e reside em Foz há aproximadamente 30 anos. Na campanha, ele tem a parceria com o arquiteto Leandro Costa, candidato a vice da chapa “A União Faz a Foz”. Na entrevista, o candidato foi indagado sobre dois temas fundamentais de seu plano de governo: a implantação da tarifa zero e o corte de cargos comissionados (nomeados sem concurso público), que hoje é são aproximadamente 300 na Prefeitura.
De acordo com Zé Elias, é extrema importância debater o futuro e não olhar para trás, “porque na verdade, as propostas da maioria das coisas aqui em Foz são sempre as mesmas. Lembro na campanha de 2004 para 2005 e os candidatos falavam e prometiam fim das filas da saúde e período integral nas escolas. E de lá para cá pouca coisa evoluiu, pouca coisa aconteceu, seguimos com os problemas e isso é um problema de paternidade”.
O prefeito, na avaliação do candidato, tem que assumir essas situações básicas, aquela zeladoria, o cuidado com a saúde, com a educação, é coisa que vai gradativamente crescendo, assim como a cidade cresce. “Precisamos de mais salas de aula, mais professores, mais cuidado com as ruas, que os bairros também estão se expandindo. Tem que assumir essa paternidade. Acho que o executivo de Foz acabou sempre deixando à deriva”.
Sobre os cargos comissionados, Zé Elias destacou que a Prefeitura “tem um caminhão de cargos comissionados”, a maioria distribuídos nas campanhas dos demais candidatos, segundo os famosos “conchavos políticos”. “A gente vem com o Leandro, uma proposta do União Brasil definitivamente já reduzindo em 80% esses cargos comissionados. Acho que a população está conosco, entende o recado da questão dos cargos comissionados o quanto que prejudicou Foz até o momento”.
Experiência
O candidato foi indago sobre sua passagem pela atual gestão municipal como secretário de Transparência e Governança – Leandro foi secretário de Planejamento. “Acredito que foi de grande valia ter passado pela Prefeitura, assim como o meu vice. A gente entendeu todo o processo e essa vontade de voltar não é por vaidade de ser prefeito em Foz, mas é porque você vê que tem solução”, disse.
Zé Elias ressaltou sua experiência como administrador na educação privada, onde gerou 230 empregos diretos. “Tinha mais de 1.000 alunos nas escolas. Também atuei em outras áreas de turismo, marketing, publicidade e a gente percebe que quantas vezes fui fazer diligência na prefeitura e as coisas que não acontecem”.
“Estando lá, percebo que pode ser feito”, afirmou o candidato. Na avaliação de Zé Elias, a única caneta que tem poder hoje, no Executivo de Foz, é a do prefeito. “Ele pode conduzir todas as situações. Seja no debate nacional ou na tríplice fronteira. O papel do prefeito é de extrema relevância”, disse ele, ressaltando que o cargo permite buscar e encontrar as soluções que o município precisa.
Plano de governo
O candidato foi indagado que, desde o início da campanha, quais propostas apresentadas pela população foram ou podem ser incorporadas em seu plano de governo. “Quando a gente sai, visitar os bairros, a população do Jardim Congonhas, Vila C, por esses dias até peguei ônibus lá no Bela Vista, desci no terminal. A gente acompanha o dia a dia e sabe que é sofrido, que vai escutar a falta de saúde, de educação, de vaga nas creches, vê a questão de uma UBS central de extrema necessidade e isso a gente vai encontrando essa demanda conforme você caminha”.
“Por exemplo, na Vila bancária, não temos nenhuma creche próxima, nenhum posto de saúde. E é uma população de extrema carência, que precisa se deslocar até a Vila Yolanda, ou Jardim América, atrás do posto de saúde, e isto tem um custo. E ela não tem dinheiro para esse custo. Então essa situação a gente começa a enxergar mais de perto”, relatou. Segundo ele, tem muita coisa pra ser feita em Foz. “Coisas que deveriam vir caminhando”.
Educação
O candidato também foi indagado sobre seu plano para a educação. Na avaliação de Zé Elias, este é um setor de extrema importância e a população precisa entender esse processo. “Estamos com um déficit nas últimas décadas em Foz, mal cuidado existe uma expansão da cidade na região leste, por exemplo, hoje há falta escolas novas. A gente entende que precisamos fazer um raio X da educação. E isso já no período de transição. Tem escolas que vão poder ser ampliadas, outras de construção de novas salas de aula já no próximo ano”, contabilizou.
“Falta mão de obra, esporte, falta salas de aulas, falta tudo. Isso precisava ter sido construído no decorrer dos anos. Então hoje se você tem uma escola que atende 250 crianças de manhã, 250 a tarde, aonde você vai atender no integral? Qual que é essa mentira? É uma miragem. E essas promessas já foram feitas em 2004, em 2008, em 2012, em 2016 e foram feitas em 2020. E vai acontecer feito em 2024?”, indagou.
Indústria de promessas
A população está cansada, perdeu a confiança nas promessas, afirma. “Precisamos construir juntos. Tem escola que tem capacidade técnica de atender o período integral. Agora, não pode ser depósito de criança. Tem que ter um projeto pedagógico específico, você tem que ter as atividades extras curriculares. Você tem muita coisa para serem feitas antes de jogar as crianças dentro da escola”.
Zé Elias disse que se comprometeu junto com os professores de acabar com a divisão entre educação infantil e fundamental. “Todos os professores tem que ser tratados iguais, ter o mesmo salário, o mesmo plano de carreira e isso a gente já se compromete a partir do próximo concurso, defender os professores da educação infantil da mesma maneira que são tratados o da fundamental”.
O candidato se comprometeu ainda é de zerar, em 2025, a fila das creches e falta de vaga nas escolas. “Orçamento tem. Tem final de ano que eles não têm onde utilizar o dinheiro da Educação. São R$ 320 milhões previsto para o ano que vem, mas precisamos atender as crianças, esse é o compromisso da educação em Foz e isso entendo, tenho 30 anos de experiencia na educação”, completou.
- Da Redação