Com tempo seco e poluição de queimadas, crescem os casos de doenças respiratórias em Foz do Iguaçu

A baixa umidade do ar, que está 80% menor que o ideal, e a poluição das queimadas registradas nas últimas semanas em todo o Paraná e também no Paraguai vêm provocando uma série de incidentes em Foz do Iguaçu. Além da paisagem alterada, com céu constantemente acinzentado pela fumaça e o forte calor, os pulmões dos iguaçuenses também sentiram o impacto.

De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, a procura por atendimento médico devido a problemas respiratórios aumentou em 41% entre os meses de julho e agosto, saltando de 433 registros, para 614 casos com necessidade de medicação ou internação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Hospital Municipal.

O clima seco favorece o agravamento em quadros de rinite alérgica, asma, bronquite e enfisema, por exemplo. A respiração fica mais difícil e é comum que os portadores dessas enfermidades sintam mais cansaço e falta de ar. Crianças e idosos integram o grupo de maior risco e há necessidade em redobrar os cuidados.

A água é indispensável para hidratar as vias respiratórias e prevenir irritações na garganta, além auxiliar na saúde dos rins e do sistema urinário. Outra dica considerável é realizar nebulizações com soro fisiológico para ajudar a reduzir o ressecamento da garganta e do nariz. Os umidificadores de ambiente também melhoram bastante o conforto dos ambientes e não possuem um custo elevado.

É importante também evitar exercícios físicos em horários de muito calor e manter uma dieta saudável, que garante resistência e boa imunidade. Caso sinta falta de ar, mal estar súbito, febre alta associada à tosse, ou perceba sintomas mais intensos de comorbidades já tratadas, a pessoa deve procurar auxílio imediato nas unidades de saúde, pois muitas doenças podem evoluir rapidamente de forma grave.

A situação de seca deve persistir durante todo o mês de setembro, com um breve intervalo a partir de sexta-feira (13), com a chegada de uma frente fria, segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar). Após essa pausa, o tempo seco retorna, com previsão de que algumas cidades registrem temperaturas na casa dos 40°C.

Estado de alerta

O Paraná vem enfrentando um período crítico de estiagem, com grande aumento no número de queimadas. Somente em agosto, o Estado registrou cerca de 20 mil focos de calor, aproximadamente seis vezes mais do que foi registrado em julho.

Frente ao cenário, o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou, no início de setembro, situação de emergência no Estado, com publicação de um documento que autoriza a dispensa de licitação em contratos de prestação de serviços, obras e aquisição de bens necessários ao combate à estiagem pelo prazo máximo de 180 dias. A medida também reforça a mobilização dos órgãos estaduais sob coordenação da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil.

Em tentativa de mitigar os efeitos da falta de chuvas, Ratinho Junior anunciou na terça-feira (10) investimento de R$ 24 milhões para ações de combate a incêndios florestais no Paraná.

A nova força-tarefa prevê a contratação de aeronaves especializadas para combate às chamas, formação de brigadistas, compra de equipamentos (abafadores, mochilas costais e sopradores, por exemplo) e contratação de caminhões-pipa para auxiliar no combate a incêndios.

  • Da redação  / Foto: divulgação

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