Coluna do Corvo

Visual em mudança

Este colunista aprecia a qualidade de programas eleitorais, por isso comenta. Com o freio e bridão, que a Justiça vestiu no General, pode ser, a situação acalme um pouco, sem tantas trocas de farpas e agressões entre os candidatos.

 

Decisão

A expressão “Conteúdo ilícito”, segundo o Luiz Osorio Moraes Panza, doeu doída e o ambiente político vai pensar bastante nas dores de cabeça com penas de R$ 5 mil aos infratores, em cada veiculação. E o bicho pega também contra o veículo de comunicação! Pelo menos há um precedente atual em caso de ataques rasteiros. Outra coisa, quem atacar, precisa pelo menos assumir, como manda o figurino, de maneira bem explícita e clara. Com explicou o desembargador, não se pode permitir, que os “atos atentatórios” comprometam o “equilíbrio da disputa”. A eleição de Foz não pode parecer um telecatch, com o Ted Boy Marino enfrentando a Múmia! Bola pra frente!

 

Mordendo e assoprando

Francamente se o General utilizasse as belas e inteligentes peças de propaganda, no lugar de ir para cima da crucificação do Paulo Mac, conseguiria um desempenho bem melhor em matérias de votos. Peças de campanha como a montagem de “quebra cabeças”, a “prestação de serviços no centro e nos bairros” são muito eficientes e fazem o eleitor pensar. São melhores que o arranca-rabo. Faz tempo a cidade não se deparava com isso. Fatalmente os oponentes terão que passar sebo nas canelas e isso vai melhorar bastante a discussão pela prefeitura.

 

A diferença

Infelizmente, a cabeça do pessoal do marketing é bem diferente dos cérebros pensantes e conflituosos dos intrépidos candidatos. Eles são louquinhos para roer osso de canela dos rivais. O publicitário quer conquistar pela paz e amor, e o candidato, quer sair da trincheira para a casamata e, metralhar o oponente, com rancor e ódio. Essas diferenças sempre ocorreram e existirão. Em geral o político manda e se julga mais competente e é aí que leva o tombo. Deixar os profissionais trabalharem pode ser a solução.

 

Tarifas “zero”

A teoria de não cobrar pelos serviços públicos, ou pelo menos alguns, precisa ser muito discernida e comprovada antes de ser colocada em prática. A população não é bicho de laboratório. É fundamental saber como isso se ajustaria em uma cidade como Foz do Iguaçu, onde há usuários flutuantes, que fazem uso dos equipamentos, como é o caso do transporte coletivo.

 

Em outros lugares

É impressionante a facilidade de implantação de coisas assim, no linguajar dos candidatos. Eles sabem que precisarão vencer obstáculos. Alguém disse: “se isso é possível na Noruega, e em vários outros lugares, pode ser implantado aqui”. Para começo de conversa, o PIB norueguês (per capta) é US$ 94,6 mil, contra US$ 8,9 do Brasil. Em outra hipótese, em várias cidades norueguesas, a passagem de ônibus é calculada pela distância percorrida, mas o valor médio de um trajeto é US$ 3,30. Bem mais alto que Foz e capitais brasileiras até. Então, não custa pesquisarem. A pergunta é: de onde vai sair a grana para subsidiar o transporte?

 

Visões

Os candidatos trabalham o assunto de várias maneiras: Zé Elias acredita que a gestão econômica bem equilibrada pode bancar o transporte; Paulo pensa em rever todo o sistema e otimizá-lo, sem afastar a possibilidade do Município encampar o serviço; Latinha diz que os turistas e visitantes bancarão o transporte e outros serviços com a Taxa de Visitação; outros candidatos que não se manifestam sobre o tema, dizem que o estão estudando, mas que precisa ser repensado. O fato é que até o momento, o assunto não saiu do laboratório. O Ermínio Gatti vivia repetindo a frase: “transporte levanta ou afunda governo”. Não estava errado. Segundo o saudoso, escutou isso do Jânio Quadros, que municipalizou o sistema em São Paulo que quebrou o queixo e outras partes do corpo. Bom, Foz do Iguaçu é bem menor.

 

O que é melhor?

Francamente, o Sistema de Transporte é algo que requer muito estudo e planejamento, sobretudo quando a humanidade discute para valer a sustentabilidade. A palavra de ordem é inovar a mobilidade, por meio de novas fontes de energia, por eletricidade, biocombustíveis, e modalidades coletivas como o VLT e outras alternativas. Os políticos são imediatistas e pulam fora de discussões assim.

 

A solução do Caimi

Sérgio Caimi e sua vice, Juçara Andrade, estão em plena maratona eleitoral em Foz do Iguaçu, no melhor estilo “vamos resolver no aperto de mão”. Sem tempo de TV e sem fundo eleitoral, eles estão apostando tudo no bom e velho corpo a corpo. De Morumbi a Jardim São Paulo, passando por Campos do Iguaçu, os políticos tem visitado comerciantes, amigos e até universitários para ouvir, prometer e, quem sabe, se garantir com aquele “compromisso de campanha” que é mais firme que laço de sapato apertado.

 

A marcha do General

Silva e Luna e Ricardinho estão em uma verdadeira jornada de passos firmes e ouvidos atentos pelas ruas de Foz do Iguaçu. Se diálogo fosse combustível, eles já teriam rodado o Brasil inteiro. Enquanto Silva e Luna, com seu jeito de general, comanda a missão de ouvir as demandas da população de pertinho, Ricardinho vai mantendo o radar ligado na imprensa, garantindo que até os podcasts da cidade tenham espaço no coração da campanha. No meio dessa dupla dinâmica, as ideias estão fluindo a pé, de conversa em conversa.

 

Sâmis e a saúde

Sâmis e Fernando estão com planos para a Unioeste que vão além das promessas de campanha. A dupla quer transformar o campus em Foz do Iguaçu em um verdadeiro centro de saúde modelo, com a criação de uma Unidade de Saúde Escola. A ideia é que professores e alunos botem a mão na massa (ou melhor, nos pacientes), enquanto a prefeitura colabora com a infraestrutura. Parece que os futuros profissionais da saúde já estão com um pé na prática, e a população de Foz vai ganhar atendimento humanizado, sem aquele clima de hospital tradicional.

 

A padaria do Paulo

Paulo Mac Donald está de volta com uma receita de sucesso que já fez história: a famosa Padaria Municipal! Agora com a promessa de fabricar 100 mil pães por dia e distribuir sucos de soja, o candidato parece ter se inspirado na era de ouro dos cafés da manhã vitaminados. Afinal, quem não gosta de um pãozinho nutritivo, ainda mais quando a prefeitura paga a conta? É quase um convite para transformar Foz do Iguaçu na capital dos carboidratos saudáveis. Mas a ideia não é só alimentar corpos, é também preparar mentes – e mãos – para o mercado de trabalho. Com esse plano, a Guarda Mirim pode se transformar em uma tropa de padeiros de elite!

 

Guerra do Zé

Zé Elias e Sérgio Moro parecem estar prontos para transformar Foz do Iguaçu no epicentro da guerra contra a corrupção, com a proposta da nova Agência Municipal Anticorrupção. A ideia é colocar uma lupa em cima de cada centavo público que circula na cidade. Com Moro ao lado, é como se Foz estivesse prestes a se tornar o novo laboratório da Lava Jato municipal. Agora, resta saber se essa agência vai realmente cortar os desperdícios ou se, na prática, vai gerar mais papelada do que economia.

 

Latada nos “caciques”

Latinha, como bom representante das periferias, chega com o pé na porta, criticando os “caciques” da política e defendendo um modelo de gestão mais próximo do povo. É o que ele mostrou na entrevista H2FOZ e Rádio Clube FM. Sua promessa de transporte coletivo gratuito financiado por uma taxa turística é, no mínimo, ousada. Mas quem resiste à ideia de uma Foz mais bonita, cuidada e com ônibus grátis? Latinha quer turistas, não só visitantes, e isso já é um bom começo para agitar o debate. E claro, não faltam críticas à velha política. Latinha não tem rabo preso, mas, pelo visto, está pronto para peitar os gigantes da cidade.

 

Airton e a “cidade global”

Airton José quer fazer de Foz do Iguaçu uma “cidade global”, e isso já soa como um upgrade turístico. Com propostas de federalizar o hospital municipal e criar uma zona de processamento de exportação, o candidato tenta mostrar que sabe como aumentar a base econômica sem perder o foco nas funções sociais. Entre promessas de mais saúde e educação, ele quer ver as matérias-primas transformadas em Foz, como se fosse mágica: entra insumo, sai inovação!

 

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