Vermelho critica proposta orçamentária do governo e alerta para impactos negativos na economia
O deputado federal Vermelho (PL) manifestou forte descontentamento com a proposta orçamentária enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional para 2025. Segundo o parlamentar, o documento reflete uma visão distorcida e prejudicial que ignora as reais necessidades da economia e da população brasileira. “Estamos diante de uma proposta que não menciona cortes de gastos públicos desnecessários, nem tampouco a redução de impostos. É a velha cantilena de arrecadar mais, tirando recursos de uma sociedade que já carrega uma pesada carga tributária”, criticou.
O deputado destacou que a proposta governamental inclui o aumento de tributos, como a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do Imposto de Renda sobre Juros sobre Capital Próprio. Além disso, Vermelho condenou a intenção do governo de reonerar integralmente a folha de pagamentos como medida para equilibrar o orçamento de 2025. “Isso mais parece uma piada de mau gosto. Fizemos um esforço concentrado para reduzir essa oneração, com o apoio da sociedade organizada que não aguenta mais pagar tantos impostos. Reonerar a folha é punir o empresariado que movimenta o país, é gerar desemprego”, afirmou.
Déficit primário
Vermelho também lembrou que o governo petista não se preocupou em ajustar seus gastos nem em promover políticas de estímulo ao progresso e ao desenvolvimento da nação. “Não bastou a PEC da Transição elevar o orçamento para 2023 em R$ 145 bilhões, nem a regra fiscal para 2024, que permitiria o equilíbrio fiscal. O governo deve fechar o ano de 2024 com um déficit primário superior a R$ 32,6 bilhões, mais uma vez, um sinal claro da falta de gestão e de compromisso com o equilíbrio das contas públicas”, frisou.
Itens controversos
O deputado questionou ainda as projeções de arrecadação para 2025, que somam R$ 121 bilhões e incluem itens controversos, como R$ 31 bilhões provenientes de um novo modelo de transação tributária para tentar eliminar a dívida das dez maiores empresas do país com o fisco, R$ 28,5 bilhões do voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) e R$ 20 bilhões de restrição ao uso indevido de benefícios fiscais.
“Além de considerações duvidosas sobre essas fontes de receita, o governo ainda estima arrecadar mais com a criação de novos tributos. A elevação da alíquota da CSLL para empresas, bancos e seguradoras deve somar R$ 14,9 bilhões, e o aumento para 20% da alíquota dos Juros sobre Capital Próprio deve adicionar mais R$ 6 bilhões”, detalhou.
Em tom enfático, Vermelho apelou por um basta à política de aumento de impostos para sustentar o que chamou de “má gestão pública e desperdícios”. “Não podemos permitir essa sangria de tirar cada vez mais do contribuinte. O governo do PT quer sufocar o Estado, mas nós não vamos permitir”, concluiu o deputado, prometendo mobilização no Congresso para impedir a aprovação da proposta orçamentária nos moldes apresentados.
A manifestação de Vermelho reflete a crescente insatisfação entre parlamentares da oposição, que cobram medidas mais austeras e políticas que incentivem a geração de emprego e o desenvolvimento econômico, sem sobrecarregar ainda mais os brasileiros com novos tributos.
- Assessoria