Coluna do Corvo

Esquerda, direita, volver!

A política no Brasil é cheia de fenômenos; gente da esquerda cuidadosa com os “colegas” de direita; o povo do centro tentando a todo o custo escapulir dos extremos, e, militantes ávidos da direita, pensando duas vezes antes de polemizar com o oposto. É assim o comportamento eleitoral nas cidades, onde o embate é um pouco mais próximo, cuidadoso, com as trincheiras a poucos metros das outras, a eleição acabará e as pessoas precisarão conviver. Ninguém quer uma ferida tão profunda e quem a causar, terá problemas para governar, por outro lado, será difícil sobreviver se não vencer. É um jogo para poucos.

 

Baixo nível

Nunca, em tempo algum se viu um nível tão baixo em Foz do Iguaçu, à base da aniquilação, cancelamento, e, uma enxurrada de aberrações. Incrível como isso, para alguns políticos e coordenadores de campanha é apenas munição eleitoral. Por favor, a população não merece! Pior, essas coisas acontecem decerto aos olhos dos candidatos que querem vender a imagem de santinhos, e tudo o mais. Oras, isso não é fazer política, é chafurdar a lama, cheia de dejetos. Quem aguenta?

 

Os programas políticos

Os leitores pedem e este colunista faz questão de atender. Para fazer uma avaliação pontual dos candidatos, foi preciso olhar e ouvir as transmissões de rádio e TV, as pílulas ao longo da programação e também o que acontece nas redes sociais. O que vale é medir o grau de comunicação, para ver quem fala mais alto, no sentido de emplacar o recado.

 

Sâmis

O candidato continua a insistir no tempo em que foi o prefeito. Certamente precisa do recurso, para dizer o que fez e de que maneira o seu sucessor governou, desfazendo isso e aquilo. É uma comparação um tanto perigosa, porque divide a opinião e também faz lembrar o governo do oponente, permitindo que as pessoas pensem se os atos foram eficientes e necessários. O visual é bom, ao estilo tucano do bico lustrado. Os depoimentos nos trazem o saudosismo e devolve ao ar, pessoas que andavam sumidas.

 

General

Mostra que é um candidato tranquilo, falando pausadamente; utiliza os primeiros programas para se situar no ambiente, aqui entre nós, um tanto hostil por conta de uns e outros; trabalhando o perfil e o que articulou quando esteve em Itaipu. É um cabedal de coisas para mostrar e isso faz o espectador (eleitor) pensar. A direção de arte é muito eficiente, com um desenho de tela adequado ao perfil da maioria dos eleitores. O jargão é “servir”.

 

Paulo

Ele usa a velha justificativa do “vou voltar, sei que ainda vou voltar”, como um sabiá. Resta saber se o canto será sustentado. Está mais para o “I Will be back!”, do Exterminador do Futuro! Bah, que situação hein? Vai que isso cola? A abertura é a mesma, pelo menos nas primeiras exibições e os assuntos mudam, como o caso do transporte, mostrando os ônibus vazios na Praça do Mitre. Essa conversa está cansando. O programa eleitoral é feijão com arroz, tipo papai-mamãe, nada além ou aquém do necessário, é afinal o estilo Paulo de aparecer. E dá-lhe beijos, abraços e apertos de mão. Certamente um dos maiores gastos da campanha é com álcool gel e lenços higiênicos. E viva Foz do Iguaçu!!!

 

Aírton

O candidato usa recursos gráficos eficientes e passeia pela cidade, localizando bem os bairros, localidades e o que falta para complementar e melhorar a vida da população. É notável um ponto na estratégia do Aírton: jamais em tempo algum ele desvaloriza a cidade, porque ela é como a casa das pessoas; não destrói nada em busca da eficiência política; aponta a solução com serenidade. A imagem é muito boa. Aírton faz campanha política com mais facilidade até que os programas de Tv.

 

Zé Elias

O candidato do União Brasil mantém e com clareza o modus operandi do partido, analisando o cerne do problema e agregando fatores orçamentários, éticos, econômicos e que poderão prover outro jeito de governar. É uma cartilha que resulta, evidente o crescimento da legenda. Zé entrou de sola no transporte. As produções são claras, certamente tentando passar um ar de limpeza, transparência. Apesar da falta de experiência em política ele dá o recado.

 

Latinha

Até ontem pela hora do almoço a propaganda do candidato não surgiu nas telinhas. Fica um buraco na programação, por fim, suprido pelas informações do T.R.E, o que de certa forma agradecem. Mas ele está bastante atuante nas redes sociais, enviando resultado de suas caminhadas, entrevistas, faz como pode com o auxílio de um celular.

 

Caimi

Sem horário de TV, sem fundo de campanha, com pouquíssimos recursos, resta ao candidato do PMB improvisar e beliscar aos poucos as redes sociais, ele quase não aparece e, ao mesmo tempo, faz uma campanha muito limpa. Trabalha ao velho estilo de gastar a sola de sapato, apertar as mãos e distribuir santinhos. Está rouco de tanto conversar com as pessoas, de Sol a Sol, e dizem que está muito animado com o resultado. Bom, proporcionalmente, pela falta de espaço, obrigatoriamente é quem está mais presente por todos os lugares.

 

Paulo no mato

…precisa cuidar para não ficar sem o cachorro. A nova decisão, TJ-PR sacode a candidatura de Mac Donald em Foz do Iguaçu, porque deve haver mais o que fazer, além de se defender na Justiça. Os tempos são outros. Paulo não desgruda um minuto da campanha e isso requer atenção aos programas eleitorais, falar com apoiadores enfim, mantendo o foco e nessa toada. É uma situação desconfortável.

 

Homologação

Todos esses instrumentos, no fim, permeiam a homologação da candidatura, que tem prazo, até a metade do mês. Cada dia parece ser uma eternidade, eis que o papel nunca chega! Mas ao que se sabe, o que o Mac não perde é a confiança, traduzindo: esperança. Mas se perguntarem a este colunista, é obvio e até lógico, que existem os prazos recursais, contudo, esses petardos sempre causam danos às candidaturas. No caso do Paulo, isso corre até risco de remeter ao status anterior. Mas o que não lhe faltam são bons advogados e o rol de vacinas é grande. A política por exclusão é a mais danosa de todas. Lamentavelmente.

 

Vamos pensar:

O que vai acontecer, caso o Paulo seja apartado da disputa? Para ele, além de um ou dois dias de introspecção, lembrando as maledicências, não vai acontecer nada. Vai fazer as malas e se picar para a Toscana, bebericando vinho direto dos parreirais, em San Quirico ou Pitigliano, Volterra, Monteriggioni, e o resto do mundo que se exploda. Aliás, este colunista nunca escondeu que ele deveria fazer isso, no lugar de se jogar na lama eleitoral.

 

Sarrinho do dia

O Corvo foi conversar com o Bonato e ele estava todo sorridente. Para quem o conhece bem, isso não é coisa boa. Quando o jornalista está rindo, alguém anda se lascando, pelo menos é o que o povo diz. Parecia tão alegre que nem colaborou com a coluna de hoje. Se disse surpreso em saber, por meio de um jornal que circula conforme o vento, que ele, o Darley e o Fabinho, são tão inteligentes, sagazes, capazes de artinhas empresariais impressionantes e acima da média. Foi a tal matéria sair, que choveram empresas querendo contratar assessoria. Francamente, algumas firulas jornalistas são produzidas para afetar as pessoas e descredibiliza-las em período eleitoral e, no fim das contas, causam efeito contrário, que situação hein? Os abordados agradecem os elogios e enviam saudações aos autores!

 

Rádio Cultura

Aos que gostam de analisar os fatos por óticas da mais diversas, o programa Contraponto atente a todos os segmentos. O rol de entrevistas é simplesmente apetitoso. Há muita gente esfregando as mãos para a rodada de entrevistas com os candidatos que acontece na segunda quinzena. Depois, o happy end será o debate da emissora, provavelmente o último antes do primeiro turno. Uma boa quarta-feira a todos!

 

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