Coluna do Corvo
La Nave Vá…
Se as pessoas estão horrorizadas com o nível das campanhas é bom que se preparem, vem muito mais pela frente. O cidadão de bem espera um debate de galhardias, de armas ajustadas no campo da discussão dos problemas de uma cidade, mas o que fazer, se os políticos preferem agir como em filme dos Três Patetas, se mordendo nas canelas, enfiando os dedos nos olhos, aos tapas e safanões? Será que sabem medir as consequências dos arranca-rabos? Possivelmente não. O temperamento dos eleitores se transformou bastante nos últimos anos e, a eleição municipal é um novo arcabouço de pensamentos e isso se mede pelo número de indecisos. O que a ala política acredita ser estratégia, o povo pode considerar tiro no pé.
Muito trabalho
Pelo visto, os agentes da Justiça Eleitoral formarão calos nos dedos de tanto digitarem ações e nas aplicações de multas aos infratores, transgressores, gente que sabe que as leis são duras, mas não dão bola para o prejuízo.
Vale a pena?
Quem se dedica à “arte da encrenca” deve ter em mente que isso pode acarretar episódios ruins, colocando as torcidas em confronto; política não é como futebol, é algo bem mais sério. Não queremos repetir tragédias em nossa cidade. Uma coisa é aguerrir, lutar para eleger a pessoa certa, outra é causar acidentes de percurso, muitas vezes irreais ou sem fundamento, no fim, causando prejuízos irreparáveis. Antes de denunciarem, não custa averiguar à fundo se é algo que realmente vale à pena e que mostra a face do oponente, pela verdade. Erros custam caro mais tarde, o eleitor está calejado.
Nas redes
Este colunista deu um passeio pelas redes sociais no final de semana e desperdiçou o tempo com o besteirol. Chega a dar raiva, com brincadeiras sem graça, acusações estapafúrdias, invencionices, sarrinhos, e denúncias incabíveis. Vai chover ação judicial, se tudo for devidamente encaminhado aos cartórios, acompanhado das atas notariais.
Eleição dos carecas
E dá-lhe brincarem com a calvície de uns e outros. Este colunista, revoltado, vai raspar a cabeça para dar moral aos candidatos, uma barbaridade brincarem com isso! Como cantava o Sílvio Santos, “é dos carecas que elas gostam mais”… cabeludo ou careca, isso não faz a mínima diferença quando o assunto é a qualidade da administração.
Eleição dos velhotes
Que baita falta de respeito com os idosos, afinal, nenhum possui a idade tão avançada. Estão em pleno vigor intelectual e físico, diga-se. Os mais velhos possuem 75 anos, com muito gás para queimar.
A festa da democracia
Deixando de lado os arranca-rabos, pois eles são as peças defeituosas da disputa e, ocorrerão ainda por longo tempo, o final de semana foi bastante movimentado em quase todos os principais pontos de encontro da cidade, leia-se semáforos e bairros; havia gente balançando bandeiras até em campos de futebol.
No Porto Meira
Várias carreatas percorreram a localidade na manhã do sábado. Lá estava o Paulo Mac Donald vestindo o chinelão de borracha azul, trepando em caminhão, conversando com as pessoas pelas esquinas, rodeado de eleitores. Dava para escutar as suas risadas de longe. Está igual pato na lagoa de feliz; é certamente o que mais gosta de fazer.
No Jardim São Paulo
O povo que apoia o General Silva e Luna fez blitz em frente à Praça da Bíblia. O candidato passou logo cedo e foi encontrar os colaboradores em outros pontos. E foi assim o dia todo, se deslocando onde os cabos-eleitorais chegavam antes, distribuindo material de campanha, com a presença de uma porção de candidatos a vereança.
Sâmis na caminhada
O candidato tucano emedebista prefere gastar a sola do tênis, visitou comerciantes, ambulantes, falando em empreendedorismo e a busca por mais incentivos fiscais. Sorridente, ele deu a notícia da candidatura homologada pela Justiça Eleitoral.
Saía um chegava outro
Impressionante como os candidatos não trombaram pelo caminho, devem fazer o uso dos olheiros, do tipo: “pode chegar que fulano já saiu”. Na Avenida Brasil e J.K, aconteceu um rodízio e para variar, nem o frio espantou as ilustres presenças em alguns pontos no domingo pela manhã.
As homologações
O que para alguns candidatos é coisa simples, para outros pode ser um pesadelo. Andam especulando todos os tipos de ocorrências (falsas) pelo fato da Justiça se debruçar na análise de várias candidaturas. Isso vai dar trabalho? Depende a interpretação dos juízes e promotores. Pelo tempo, há quem já tenha tomado até laxante, para livrar o intestino da secura.
É hoje
Logo mais ocorre o debate no Foz Plaza Hotel, uma organização do GDia, NTTV, Rádio Clube, Canal SSC e com o apoio de importantes órgãos de peso da sociedade civil. O formato será transmitido pelo YouTube, facebook e ao que consta todos os candidatos confirmaram a presença. Os internautas poderão começar a acessar as transmissões a partir das 18 horas. Este colunista terá muito trabalho, para variar.
O Corvo participará?
Bom, foi uma condição de alguns candidatos; disseram que confirmariam a presença, caso a organização garantisse que este colunista “ não” aparecesse no local e também “não” fizesse perguntas! Ai que medo? É brincadeira, a coluna está organizando outras maneiras de conversar com os nobres e intrépidos postulantes ao cargo de prefeito, e vices. O Corvo vai ficar de frente para a TV, analisando as performances e tudo será conteúdo para a coluna de quinta-feira; não haverá tempo de publicar na quarta-feira.
Debate com vereadores?
Impossível. Quem conseguir realizar algo assim ganhará um troféu! Vamos imaginar uns 250 candidatos em cima de um palco, respondendo perguntas de dez ou 15 espectadores, porque quem iria encarar uma chatice dessas? Só se for uma “rave eleitoral”! A Lei é clara, se abrirem espaço para uns, terão que contemplar os outros.
Importante
As pesquisas e os debates enriquecem o processo eleitoral. Uma coisa, afinal, complementa a outra e ajuda na formação da opinião, oferecendo parâmetros e subsídios aos eleitores, mas algo é certo: só o debate não resolve a eleição e o desempenho, dependendo, pode complicar os planos de muita gente. Hoje será possível ver com uns e outros aprimoraram a fala e, como irão tourear as dificuldades. Tomara não transformem o espaço em lavadouro da roupa suja, a audiência não merece.
O gosto do freguês
Há quem veja o debate esperando um arrancar sangue do outro, como fosse um espetáculo de luta livre. Esse pensamento chama a audiência e infelizmente faz parte da natureza humana. Mas há quem espere pela discussão de nível, com o compromisso com os eleitores e a cidade. Os debates dizem muito sobre o nível intelectual da cidade. Para os bons entendedores, quanto mais calmo for a contenda, melhores serão os resultados no futuro, porque gente civilizada, em geral, administra com qualidade e a cabeça no lugar.