Codefoz debate ações e propostas de saúde pública em Foz do Iguaçu

A sessão mensal do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) foi marcada por temas da saúde pública em Foz do Iguaçu. Houve duas apresentações abrangendo a proposta de constituição de hospital universitário no município e o Método Wolbachia como estratégia de combate à dengue.

No debate sobre modelo hospitalar, as contribuições abarcaram demandas amplas da saúde pública, em gestão, atendimento à população e financiamento. Limites do modelo de saúde plena vigente, necessidade de pactuação em torno de contratos de serviços em eventual nova modelagem do Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL) e riscos de decisões associadas a politizações do tema e ao período eleitoral foram posicionados.

Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves reforçou o papel do conselho de abordar temas relevantes para a coletividade, enfatizando que a discussão em torno do modelo de assistência hospitalar deve ser ampliada com a sociedade. “Quanto mais diálogo e transparência, maior será a chance de afastar erros”, recomendou, após a sessão.

“O debate em torno do Hospital Municipal não se extingue aqui, sendo atribuição do poder público ampliar essa pauta devido à sua complexidade”, apontou. “Como foi apresentado em nossa plenária, são muitas questões envolvidas, não só o ensino, como a qualidade do serviço hospitalar, folha de pagamento, passivo atual e financiamento futuro”, citou Fernando.

 

Apresentação da Unila

Vice-reitor da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Rodne de Oliveira Lima propôs como enfoque de debate a criação de um hospital universitário para o que vem sendo tratado como federalização do Hospital Municipal Padre Germano Lauck. À plenária, contextualizou a visão e as ações da instituição de ensino nessa direção.

Fez um histórico das tratativas da universidade envolvendo a criação de um hospital universitário no município. Explicou a necessidade da instituição por um equipamento dessa natureza para as atividades práticas dos cursos na área de saúde. E avaliou que o hospital universitário ajudaria a resolver problemas da saúde pública iguaçuense, como a baixa quantidade de leitos por número de habitantes e o de financiamento, entre outros.

“Cidades que constituíram hospital universitário, ao longo do tempo, foram se tornando referência em saúde, porque atraem para o município profissionais e um rol de serviços diversificados e de alta complexidade”, avaliou. “É um ponto de desenvolvimento do setor de saúde em várias dimensões, que extrapolam a oferta de serviços”, considerou Rodne.

 

Distanciar política e saúde

Presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACIFI), Danilo Vendruscolo afirmou que as decisões em torno do Hospital Municipal são politizadas desde a sua fundação e ganham força em períodos de eleição. Argumentou que propostas de mudanças drásticas precisam ser construídas e ter o aval da sociedade, e que qualquer debate neste momento é infrutífero devido às limitações da legislação eleitoral.

“Se é um projeto de Estado [estratégico] e não de governo, essa proposta precisa ser amadurecida com instituições que atuam na saúde, órgãos de controle etc.”, cobrou. “A sociedade civil é parceira para buscar soluções para o Municipal, como já foi em momentos bem difíceis dessa unidade. Mas não pode ser em algo com poucas informações técnicas, precipitado e ao término de uma gestão municipal”, disse Danilo.

  • AI Codefoz / foto Divulgação

 

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