Com 5,1 mil casos confirmados, Foz do Iguaçu registra a primeira morte por dengue em 2024

Com 5.180 casos confirmados de dengue e 22.419 notificações, Foz do Iguaçu registrou nesta semana a primeira morte pela doença no ano epidemiológico atual, que teve início em julho do ano passado. O óbito foi confirmado na manhã de ontem (14), pela Vigilância Epidemiológica do município, após o resultado de exames encaminhados ao Laboratório Central do Estado (Lacen).

Trata-se de um homem, de 47 anos, que foi atendido no Hospital Municipal Padre Germano Lauck com um quadro considerado grave. Infelizmente não houve boa resposta aos tratamentos e a vítima evoluiu para óbito no dia 14 de abril.

Dos atuais casos confirmados na fronteira, 632 foram identificados como quadros de dengue com sinais de alarme (que precisam de acompanhamento, mas não de internamento imediato). Outros 20 casos são considerados graves, com necessidade de internação.

Com as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) superlotadas, a Secretaria de Saúde credenciou novos leitos hospitalares em unidades particulares da cidade. A medida visa garantir um melhor atendimento a população frente ao aumento de infecções por dengue e o clima frio, que favorece o aparecimento de doenças respiratórias.

O maior índice de infecções engloba pessoas entre os 20 e 34 anos, com pouco mais de 1,7 mil casos confirmados. Entretanto, a incidência da doença em crianças tem avançado nos últimos meses de forma preocupante. No momento há mais de 800 casos positivos entre menos de 1 a 14 anos.

O distrito Norte concentra o maior número de casos confirmados, com 1.267, seguido pelo distrito Leste 1.134 e distrito Nordeste com 1.132. Na região Oeste são 671 casos confirmados, enquanto o distrito Sul contabiliza 271.

É preciso estar atento e procurar auxílio médico já nos primeiros sintomas, evitando que a infecção evolua repentinamente, especialmente nos pequenos. “Nós observamos uma mudança do perfil de infectados e isso é preocupante porque as crianças têm mais risco de evoluir para quadros graves da doença. Por isso é recomendado que já na suspeita da dengue, todos passem por consulta médica”, explicou a coordenadora municipal da Vigilância em Saúde, Conceição Brasil.

Além de cuidar dos quintais, é preciso proteger os mais vulneráveis investindo em bons repelentes e buscando a imunização das crianças nas Unidades Básicas de Saúde. A cobertura vacinal do público alvo, dos 10 aos 14 anos, em Foz está atualmente em 37,53%. Também nas UBSs a população em geral pode procurar pela vacina da gripe, que está disponível para todas as pessoas a partir dos 6 meses de vida.

 

Denúncias

Para frear a dengue a população deve estar atenta à limpeza das residências, recolhendo entulhos e materiais que possam acumular água. Os moradores também podem e devem colaborar com denúncias, informando sobre terrenos e locais com lixo e em estado de abandona, com possíveis focos de mosquito.

Só neste ano o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) recebeu mais de 650 solicitações, cerca de 200 a mais que no mesmo período de 2023. Cerca de 240 multas foram aplicadas até o presente, com valor total que chega a quase R$ 665 mil. Informações podem ser repassadas por qualquer pessoa pelo telefone 156, aplicativo ou site do eOuve.

 

Paraná

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou no dia 7 o último boletim semanal da dengue. De acordo com o documento, referente ao período epidemiológico 2023/2024, foram registrados até o momento 239 óbitos, 331.804 casos confirmados, 628.378 notificações e 111.601 casos seguem em investigação em todo o Paraná.

No período de 1º de março a 30 de abril, dos 399 municípios do Paraná, 50 estavam classificados em situação de risco de epidemia, 169 em alerta e 50 em situação satisfatória para o IIP (Índice de Infestação Predial).

  • Da redação / Foto: divulgação

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