Foz será uma das cidades-sede de reuniões temáticas do G20
O Governo Federal anunciou as 13 cidades-sede que receberão as reuniões dos grupos de trabalho do G20 em 2024. Entre elas, destaca-se Foz do Iguaçu (PR), uma escolha que realça a descentralização das atividades e a busca por um fórum mais acessível e representativo. Além de Foz do Iguaçu, integram a lista as seguintes capitais: Brasília (DF), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA), São Luís (MA) e Teresina (PI).
As primeiras reuniões estão agendadas para dezembro, em Brasília, no Palácio do Itamaraty. Entre os dias 11 e 15, acontecerão os encontros das Trilhas de Sherpas e de Finanças. Pela primeira vez na história, essas trilhas realizarão uma reunião conjunta no início dos trabalhos do G20, marcando uma integração inédita entre esferas políticas e financeiras.
A descentralização das atividades é uma inovação desta edição do G20, transformando-o em um fórum mais acessível e representativo. Com reuniões nas cidades-sede distribuídas pelas cinco regiões do Brasil, a estratégia visa fomentar o turismo, o intercâmbio cultural e fortalecer relações bilaterais entre as cidades e as nações participantes.
Paco Britto, secretário de Relações Internacionais do Governo do Distrito Federal e coordenador do G20 Brasília, destaca o impacto econômico positivo na capital brasileira. Ele aponta que, historicamente, o período do início do ano é considerado de baixa temporada no Distrito Federal, mas com os eventos do G20, a cidade estará movimentada. Britto ressalta a colaboração para mostrar uma boa imagem de Brasília e do Brasil, preparando-se para receber os visitantes com mais de 500 vagas disponíveis nos hotéis da cidade nos meses de janeiro e fevereiro.
Visibilidade do Brasil
A visibilidade do Brasil na liderança do G20 é prevista por Britto como um atrativo para investidores. Ele destaca que as reuniões não apenas ressaltam a relevância do país no cenário global, mas oferecem uma oportunidade valiosa para abordar questões específicas de cada região. Brasília, em particular, é vista como uma beneficiária a longo prazo, com capacidade para receber investimentos e oferecer rentabilidade e segurança jurídica.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas Serafim Corrêa, enfatiza a tradição de Manaus em sediar eventos e a importância da escolha da cidade para as reuniões do G20. Ele destaca a oportunidade de apresentar o modelo econômico local às maiores economias do mundo, além de atrair atenção para a Amazônia de uma perspectiva diferente.
A primeira reunião ministerial da Trilha de Sherpas ocorrerá nos dias 21 e 22 de fevereiro de 2024, no Rio de Janeiro, sob a coordenação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. Já nos dias 28 e 29 do mesmo mês, São Paulo sediará a reunião ministerial da Trilha de Finanças, com a coordenação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Esses eventos presenciais marcam um passo significativo na descentralização da diplomacia global, incentivando a participação de líderes, populações locais, empresas e organizações.
G20 no Brasil em 2024
O G20 no Brasil em 2024 não é apenas um evento; é uma oportunidade de redefinir as relações internacionais em um contexto mais inclusivo e participativo. As escolhas das cidades-sede reforçam o compromisso com a diversidade e o entendimento mútuo, contribuindo para soluções mais equitativas e sustentáveis em nível global.
- Da redação com ABr / Foto: AMN