No Bico do Corvo

Análise franca

Alguém compartilhou a sua coluna pedindo uma análise, no caso se o texto seria ou não tendencioso, ou estaria a serviço de alguém ou de corrente política. Li duas publicações, me interessei e procurei outras, e estavam disponíveis na internet. Escrevo com todas as letras: o texto é isento, redigido por pessoa (s) que conhecem a cidade, seu contexto geopolítico e a história. Certamente isso deve incomodar aos mencionados, criticados, abordados de uma maneira geral, mas é uma boa referência para os leitores interessados no setor eleitoral e social.

Raimundo J. H. Andrade

O Corvo responde: obrigado pela análise ilustre professor. O Corvo se esforça. Comunicar hoje em dia e, expressar o pensamento, é um exercício muitas vezes inglório. Fazemos uma coluna de “dois mundos”, ou seja, procuramos atender o impresso e o eletrônico.

 

Dois mundos?

Calma, o Corvo explica: a humanidade custou até encontrar um jeito de noticiar e documentar os fatos. Antes do Gutemberg só havia pintura nas paredes, nos papiros, gravuras em pedra, em lâminas de chumbo ou outros materiais. As notícias eram repassadas na base da oralidade ou por meio dos arautos. Com a “impressão” isso mudou. Depois surgiram o rádio, a Tv, e, agora a internet. O Corvo é um ser que acompanhou praticamente todo o processo de mídia, de cabo a rabo e hoje, tenta lidar com a bagunça que às vezes se forma. É o efeito da enxurrada de notícias tendenciosas e falsas. Há como trabalhar sério e não dar espaço ao irreal e por razão assim, o Corvo “sobrevive”, analisando e expondo o ponto de vista com lucidez, mesmo que apoiado no humor.

 

A que ponto chegamos …

Pessoas formam opinião sem checar os fatos. Isso é um problemão. É mais ou menos igual aos duelos entres os pistoleiros do velho oeste selvagem. O que saca mais rápido se dá bem. Pesquisar e analisar os fatos é o caminho para não iludir a si e os outros e acabar embarcando na onda da mentira, porque ela tem as pernas curtas.

 

Cruzador de batalha

Corvo, você acertou em cheio. Como pode o PT de Foz do Iguaçu, tão bem relacionado com Brasília, nunca conseguir formar e nem eleger um político de expressão, e nem uma boa bancada de vereadores. Os petistas que se julgam expressivos não devem se ofender, não os diminuo em nada, mas não se comparam a certos nomes do poder local. Nunca saem do “módulo coadjuvante”, precisando servirem e se somarem a outros, e olha lá. O partido navega como encouraçado, mas o arsenal é puro festim. Só faz barulho e não atinge ninguém. E quando querem mudar isso, vira em confusão.

P.V.A.C. (o leitor pediu para não ter o nome revelado.

O Corvo responde: prezado, entre tapas e beijos, ao que parece, o Partido dos Trabalhadores acabará se encontrando. É o que pensam os filiados e deduzem os analistas. A direção nacional está na tarefa de formar uma “frente ampla”, e não é tarefa fácil. Quando isso chega nas cidades é bem pior. No mais, ao que se sabe, muita gente passou o final de semana conversando. Para quem acompanha e gosta da política o bom mesmo é passar no mercado, comprar um saco de pipoca e arranjar lugar na arquibancada.

 

Pausa para o Natal

Nos próximos dias haverá ondas de calor e também de ansiedade. Primeiro porque o Sol deve voltar a matar a pau, e, com a ajuda do homem que destruiu as camadas de proteção do planeta. Segundo porque no mundo da política, há um compasso de espera pelo julgamento do Paulo Mac Donald, inicialmente marcado para o dia 27, segunda-feira da semana que vem. Haja sono no sábado e no domingo! Depois disso é que o povo vai deliberar e imaginar o que fazer. Teremos também aquele tempinho para esperar o Papai Noel.

 

MDB em revisão

Este colunista recebeu várias informações sobre as conversas emedebistas em Foz. O partido reserva um leque de estratégias para o ano que vem e estaria pronto para lançar candidatos, ou candidatas. Eis que existe a possibilidade de uma dobradinha feminina e pode fazer a diferença. Excluam o nome de Rosa Jerônimo da lista, porque ela não pode concorrer. Bom, há várias visões sobre isso e o Corvo escreve o que dizem os advogados.

 

E o Chico?

Alguém teria dito que o prefeito Chico se preparava para deixar o governo e com isso.

 

Francischini

Quem esteve em Foz do Iguaçu foi o deputado federal Felipe Francischini, do União Brasil. Ele foi visto numa badalada “padaria” da cidade conversando com correligionários e “apoiadores” locais. Sua presença causou certo “alvoroço” no local. O povo deu de pedir até autógrafo. Felipe é chegado num pãozinho quente com manteiga. Dizem que estava até bem mais em forma que das últimas vezes. Subiu no status de GG para apenas G. Está afinando igual assobio de papudo.

 

Reunião da Esquerda

Mas acontece que o tal “alvoroço” não se deu apenas pela presença do Felipe, mas porque bem próximo da padaria acontecia uma reunião entre membros da esquerda ligada à Itaipu e alguns petistas da cidade, uma situação, diga-se, causadora de incômodo para alguns “rebeldes”. Uma pessoa que foi comprar pão e viu a cena, chegou a comentar que o ambiente lembrava bastante os tempos da “Guerra Fria”. Mas, ao final, tudo ficou em paz. Como este Corvo escreveu notas acima, o rebuliço no PT pode encontrar rumo, pois muita gente não concorda com certas discussões e preferem tocar a vida.

 

Insatisfação?

“É difícil um ‘petista raiz’ simplesmente se cansar, desistir do partido, sair e procurar outro. Em geral os filiados são aguerridos, vão para a luta nas reuniões do partido. É mais fácil se juntarem e partirem para a expulsão de alguém do que abandonarem a legenda”, alguém disse para o Corvo (e pediu para não ser identificado). Será que mandou um recado?  As coisas andam bem rápido e há quem garanta que dois nomes já estão no rumo do facão, depois da encrenca que culminou no rompimento com o governo municipal.

 

A tal reunião

Segundo garantem as fontes, era para ser um encontro casual entre amigos, coincidentemente petistas. Queriam somente atualizar o papo, mas alguém que estava na padaria soube da rodinha e saiu alardeando. Não demorou começaram a passar de carro em frente ao local, tentando imaginar o que estava acontecendo. Até uma empregada da casa ao lado recebeu um telefonema: “dá uma subida no muro e veja se consegue enxergar quem está lá…”. Como ela é baixinha respondeu: “só se o senhor trouxer uma escada, porque não tem aqui”.

 

Câmara de Vereadores

Com a indecisão sobre quais serão os candidatos a prefeito, as atenções se voltam e com muita força para a escolha do Legislativo local. Muitos atuais vereadores estão entendendo que correm o risco e, claro, como medo de não se reelegerem, correm para a rua. Há quem diga que o Plenário da Câmara vai ficar bem vazia no próximo ano. Todo mundo deve cair em campanha. E há também a possibilidade do aumento de cadeiras, o que teoricamente aumentaria as chances dos candidatos. Foz deve discutir a elevação para 21 vagas de vereador. Atualmente são 15.

 

Ai…ai…ai…

“Estou eufórico, com o segundo turno aumentarão as nossas chances na Câmara. O povo poderá pensar melhor e rever em qual vereador votar, se a eleição foi prolongada em um mês”. Essa besteira teria sido proferida por um vereador em reunião com algumas pessoas. Um piá de 16 anos teria puxado a orelha dele: “Mas, o segundo turno é apenas para a Majoritária, a escolha do prefeito e vice. Os vereadores são definidos no primeiro turno”, o senhor não sabia disso?”. Que barbaridade hein?  O menino sabe, o marmanjo não.

 

Mengele em Foz

O Corvo brinca muito com isso, porém com certo receio e respeito. Uma notinha inofensiva foi suficiente para uma tempestade de “cartas”, até de outras cidades. O fato é que há muito folclore rondando o tema. Ao que dizem, não há documentos oficiais sobre a presença do médico nazista na fronteira. O “anjo da morte” pode ter se hospedado na cidade ou permanecido algum tempo, mas não deixou rastros. O Corvo se baseia na conversa dos antigos e sabe que há exageros aqui e ali.

 

Anos 70

Joseph Mengele se “pirulitou” para a América logo depois da guerra. Teria permanecido um tempo na Argentina e escapou para o Paraguai, onde viveu livremente, uma vez que não havia acordos de extradição com a Alemanha e Israel. Só lá pela metade dos anos 70 entrou no Brasil e buscou refúgio em várias localidades do Estado de São Paulo. Viveu cerca de 18 anos no país, em localidades desapercebidas do Litoral Sul, em Serra Negra, Eldorado, Bertioga, Diadema e Embu. Logo, dificilmente teria permanecido em Foz ou outras cidades paranaenses. Amanhã o Corvo completa o pensamento e as informações sobre o médico e monstro.

Sábado foi o dia da Corva

Há ocasiões em que tudo dá certo e foi assim para a Eliane Luiza Schaefer. Primeiro ela foi a contemplada do sorteio de um livro “Dona Maria, Uma Vida de Esperança”, escrito pela Jornalista Izabelle Ferrari. O sorteio aconteceu no curso Media Training, ministrado pela escritora e jornalista, diga-se, ministrou um conteúdo fundamental aos que desejam exercer um jornalismo ético e de qualidade. Depois do almoço Eliane foi ao Mercado Cantinho da Família, que festejava o aniversário de Três Anos e preencheu cupons de sorteios. Ganhou outro prêmio no estouro de balões e mais tarde, foi presentada com um belo conjunto de taças de vidro, para a sobremesa. Alegria que só. Pensa alguém feliz! Ficou tão radiante que o Corvo não desperdiçou a oportunidade!

 

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