De olho no contrabando, tráfico e outros crimes, forças de segurança “blindam” a fronteira com três grandes operações
De olho no contrabando, descaminho, tráfico de drogas, furtos, roubos e outros crimes, as forças de segurança de Foz do Iguaçu e região blindaram a Tríplice Fronteira nesta semana, com três grandes operações, que ocorrem de forma simultânea em frentes distintas.
Uma das ações, coordenada pela Receita Federal, tem como foco a aduana da Ponte Tancredo Neves (PTN) e outros pontos na divisa com a Argentina. A Operação Fronteira foi deflagrada na segunda-feira (6), sem data para encerramento, como uma resposta ao aumento da importação ilegal de produtos estrangeiros, especialmente do ramo alimentício, como azeites, vinhos, cebolas e outros.
Devido a problemas estruturais, que decorrem das obras de construção da Ponte da Integração, Perimetral Leste e novas aduanas, as equipes de fiscalização identificaram, após monitoramentos terrestres e aéreos, a utilização de desvios para a passagem de mercadorias entre Puerto Iguazú e Foz. O que deveria ser um acesso exclusivo para máquinas, virou rota de contrabando.
Os números evidenciam a expansão da criminalidade. De janeiro até setembro deste ano, quase R$ 7 milhões em bebidas foram apreendidos na fronteira. São quase R$ 2 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.
Para frear a atividade dos contrabandistas, a Receita Federal conta agora com o apoio do Exército, Marinha, agentes do Ibama, Vigilância Agropecuária, Instituto Chico Mendes, Foztrans, Itaipu, Guarda Municipal e polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal. Juntas, as equipes trabalham de forma ininterrupta com pontos de bloqueio na aduana e na cabeceira da PTN, além de patrulhamentos nas estradas vicinais.
Armada fluvial
Em outra frente, pela Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que acontece em todo o Brasil, a Capitania Fluvial do Rio Paraná (CFRP) opera, desde segunda-feira, com reforço total nos patrulhamentos aquáticos no Lago de Itaipu, Rio Paraná e Rio Iguaçu, visando acabar com a utilização destas vias fluviais para o transporte de armas, drogas e outros ilícitos.
A operação deve se estender até maio de 2024, com a atuação de mais de 200 militares da própria capitania e de outras regiões. As equipes contam ainda com o auxílio de 13 embarcações de alto padrão e uma aeronave.
O GLO é uma medida excepcional, que aciona as Forças Armadas para atuar em conjunto com as forças de segurança pública em situações de crise, a fim de restabelecer a ordem e garantir a segurança da população.
Força total
Visando a área urbana de Foz, a Polícia Militar também deflagrou nessa terça-feira (7) a Operação Força Total Brasil, que mira a fiscalização de veículos e pessoas, com o objetivo de reduzir crimes de furto, roubo e tráfico.
A ação, que ocorre em todo o Paraná, contará com patrulhamentos ostensivos, pontos de bloqueio de trânsito, abordagens e incursões em áreas de degradação social. Pontos de grande movimentação de pessoas, como áreas de comércio e praças, terão maior atenção das equipes.
- Da redação / Foto: Receita Federal/CPRF