Após forjar a própria morte e se esconder por 17 anos, suspeito de homicídio é preso em Foz
- Um caso bastante peculiar ganhou repercussão nacional nesta semana. Um homem, suspeito de um homicídio registrado em 2006, no Rio de Janeiro, foi preso pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu após forjar a própria morte, adotar uma identidade falsa e se esconder por 17 anos.
Odilon Wagner Vlasak Filho é na verdade Francisco Wagner, um militar da Marinha que há quase duas décadas assassinou o marido da mulher com quem se relacionava e fugiu. Depois de várias investigações, o homem foi dado como morto após a polícia descobrir uma certidão de óbito em nome dele, datada de 21 de dezembro de 2019, no Ceará.
Francisco na verdade havia forjado o próprio óbito, mudou-se para Foz e começou uma nova vida. Na fronteira ele se casou, teve filhos e abriu uma empresa. Depois de anos, a polícia do RJ acabou descobrindo que a certidão de óbito do investigado era falsa, e que na verdade ele havia adquirido uma nova identidade e documentos.
Através de uma cooperação entre a PF e os bancos nacionais de mandados de prisão, foram encontrados indícios de que Francisco agora era Odilon, vivendo em Foz. A conclusão veio ao comparar as biometrias de ambos. Odilon já havia registrado passaporte e, inclusive, porte de armas. O que o fez registrar seus dados nos sistemas nacionais.
Na fronteira, já com todas as informações, a polícia convocou Francisco com o pretexto de esclarecer alguns pontos nos registros de suas armas. Na delegacia ele foi confrontado e preso em flagrante por falsidade ideológica. Na casa dele foram recolhidas cinco pistolas, dois fuzis e muita munição.
O investigado foi transferido para o Rio de Janeiro, onde responderá enfim pelo crime de homicídio e outros crimes ainda em apuração. - Da redação / Foto: reprodução Globo