Coluna No Bico do Corvo
Segurança
Toda a vez que Brasil, Paraguai e Argentina realizam atividades na área da Tríplice Fronteira e adjacências, a sensação de segurança aumenta, embora as reclamações, porque há quem não concorde com isso. Com uma atividade envolvendo 16 países, então, teremos um exercício militar quase sem precedentes e com atividades humanitárias nas comunidades.
Quem não concorda
Como sabemos o comércio no Paraguai não é apenas para os turistas. Há quem ainda trabalhe forte no envio de mercadorias aos grandes centros, por meio de embarques ilegais, utilizando estradas e suplantando o lago o tempo todo, e, até mesmo por meio de transporte aéreo. Até aí a queixa é uma, em que as operações e manobras militares embaçam esse translado ilegal, porém, o problema maior é outro: o ingresso de armas e munições no Brasil, que abastecem milícias, reforçam o arsenal do crime e fazem um inferno de quem esperar viver em paz e com ordem. O que acontece no Guarujá, na periferia de São Paulo, Salvador e nos morros cariocas, é um exemplo desse levante marginal, onde a lei é o fuzil e as pistolas contrabandeadas.
Transporte em discussão
Desde os tempos em que o Adão pegava ônibus para visitar a Eva, o transporte coletivo é fonte de encrenca em Foz do Iguaçu. Não deveria ser assim, pois há esforço em realizar o serviço e agradar os usuários. Vamos relembrar: o transporte era operado como um feudo, por quatro empresas que loteavam as linhas e brigavam toda a vez que se sentiam ameaçadas. Para quem não lembra ou não sabe, o setor passou a se organizar com a construção de Itaipu, que realizava ela mesma o leva e traz de operários.
Mudanças
As empreiteiras do consórcio Binacional utilizavam uns vagões enormes, puxados por carretas, em todas as direções. Havia a operação formal na cidade, porém muito tímida. O empresário Ermínio Gatti, que atuava no setor em São Paulo, foi quem implementou a maior frota. Ele não se cansava de relatar o esforço, quase inumano de motoristas e cobradores em circular pelos bairros sem calçamento, com a necessidade de usar correntes nos ônibus, para os pneus não escorregarem no barro. Quem duvidar, ou pretender saber mais, que consulte o Dilto Vitorassi, um expert no assunto.
O tempo voa
E os anos voaram, as ruas e avenidas foram pavimentadas, as localidades expandiram, surgiram novos bairros e eis que as empresas de transporte que atuaram no modelo de concessão, por mais de quatro décadas, acabaram banidas, e, diante de várias justificativas. O fato é que houve amparo judicial e fim de papo. Não vamos entrar aqui em muitos detalhes.
Discussões sem fim
E o assunto vive na pauta dos vereadores, debatido seguidamente na Câmara. Por sua vez, a prefeitura faz as justificativas quanto ao modelo de gratuidade, e assegura que ele beneficia mais de 400 mil passageiros, com recursos repassados pelo Município; esse financiamento beneficia algo em torno de 38% dos usuários. Para se ter uma ideia, em apenas em um mês, entre junho e julho, mais de um milhão de pessoas usaram o transporte. As mudanças estão esbarrando em questões orçamentárias e alguns entraves podem sim, acabar dificultando a operação.
A gratuidade
Afinal, quem é transportado gratuitamente ou com descontos nas passagens? Isso é garantido, por Lei, aos que possuem mais de 60 anos, os aposentados por invalidez; portadores de necessidades especiais e seus acompanhantes; somados, são mais de 180 mil passageiros. Como sabemos, os estudantes contam com o benefício. Segundo o órgão competente, o Foztrans, há mais de 5 mil cadastrados e o “Passe Livre” realiza cerca de 60.000 viagens ao mês. Um detalhe, em Foz, pessoas com 60 anos podem ter o benefício, em outras várias cidades ou capitais, isso ocorre apenas aos que possuem mais de 65 anos.
A integração
Há ainda, outro benefício disponível aos passageiros, conhecido como Integração Temporal. É quando os usuários trocam de ônibus em um período de até 90 minutos, sem pagar por uma nova passagem. O período foi ampliado; antes era de 60 minutos. Em suma, quase 200 mil passageiros fazem a integração.
E quem é que paga?
O custo dessa operação é de um pouco mais de R$ 5 milhões, segundo as últimas medições; um valor que é calculado por quilômetros rodado, como manda o contrato. Bom, considerando que a circunferência do planeta é 40.075 km, os ônibus de Foz dão mais de 11 voltas ao mundo em apenas um mês. Segundo os dados, percorreram 547.016 km na última medição. Apesar da metáfora, isso não é lá um absurdo, mas daria para ir até a Lua e fazer a metade do caminho de volta.
Fazendo as contas
O sistema arrecada mais de R$ 3 milhões, por período aferido, A diferença, cerca de dois milhões é, então, custeada pelo município. Na próxima medição haverá o aporte do valor no aumento do Estarfi. Há um ponto importante na defesa do Município, toda a vez que trata do assunto: o transporte coletivo é um direito social, conforme o artigo 6º da Constituição Federal. Lá diz que o transporte deve ser ofertado pelo poder público, garantindo o atendimento dos usuários sem precisar aumentar o valor da passagem. Como sabemos, o governo Chico Brasileiro é muito mão de vaca com as empresas de transporte, quase não concedendo aumentos. É falar em aumentar a passagem, que o prefeito arrepia e avermelha, no ato.
Se aumentasse…
A matemática pública diz que se a passagem fosse R$ 4,50, as contas seriam mais confortáveis e se o valor acompanhasse outras cidades, nos R$ 5,00, a sangria seria bem menor para a empresa que executa o serviço e para a prefeitura também. Mas convenhamos, a grana sempre sai do mesmo lugar, ou seja, do bolso do contribuinte. O difícil é convencer quem paga, que isso beneficiará quem não paga. Segundo uma informação, o Foztrans está estudando a ampliação do sistema com mais ônibus e novas linhas. O “X” do problema continua sendo recursos para financiar as novidades e o serviço, de um modo geral. 2 + 2 ainda resulta em quatro e a matemática não vai bem com maquiagem, começando pelo setor público.
Problemas?
Quando o Corvo escreve sobre a virtual ocorrência de problemas que podem prejudicar a operação de transporte, é porque conhece a história e sabe que há muitas variáveis no setor. Ele é ameaçado toda a vez que a qualidade cai, ou quando a capacidade não é suprida, por meio de horários e equipamentos, quando os repasses não são realizados em dia e surram as concessionárias, quando os trabalhadores estão insatisfeitos, enfim, o iguaçuense está mais do que escolado no tema.
Na política
Os leitores querem saber do fervilhar político e o fato é que o caldo está bem morno, dá até para colocar a mão no caldeirão. Em verdade a maioria está escondendo o jogo e com essa lambança que o governo federal anda fazendo, de atrair partidos de todos os lados, a situação fica ainda mais incógnita. A política nas cidades entra em estado de “novelo”, sem que os artífices possam negociar com partidos, porque nunca sabem onde é que eles vão parar.
Fracionamento
Ineditamente, a situação parece ser mais confortável para a “esquerda”, o problema aí é encontrarem um nome. Já a direita, apesar de ter o nome, anda se fracionando ideologicamente, com os radicais implodindo as trincheiras. “Fogo amigo” parece ser uma especialidade dos bolsonaristas convictos.
Muito ou pouco
Em condições assim, há duas situações: ou Foz terá quase uma dezena de candidatos, da esquerda, direita e centro, ou dependendo, apenas dois. Que deus nos livre dos “laranjas”, essas figuras esquisitas que aparecem nos pleitos mais para esculhambar do que contribuir. Tomara isso não aconteça.
Segundo turno
Ao que se sabe, teremos uma campanha em breve, bancada por várias forças. O nicho está na gurizada, porque para atingir a meta, é necessário o recrutamento eleitoral. Os idosos, por exemplo, já estão cadastrados e é raro alguém pedir a baixa no título, porque passou a idade de votar. Pelo menos é o que disseram ao Corvo.
Preliminar
Acontece que perto das eleições, os cartórios eleitorais fazem uma faxina. Segundo alguém disse ao Corvo, não há tanto risco de diminuição do número de eleitores por morte, mudança de domicílio, dentre outras. É provável que na soma entre as baixas e os acréscimos, seja possível alcançar os 200 mil eleitores. Bom, trata-se apenas de ema projeção.
Dona Carla
A deputada Carla Zambelli vive um inferno astral. Se fosse um “inverno austral” até daria para aguentar. E o pior é que parece ser abandonada pelos fiéis companheiros de labuta e agressões. Não conta nem com os blogueiros de plantão, que diria? Também, quem manda dar uma xerife de comédia, correndo atrás de jornalista com arma em punho?
Looking for Paquinha
O Corvo está na torcida pelo aparecimento da gata, que assustada saiu para a vizinhança. Como sabemos, a casa é a zona de conforto dos felinos e qualquer alteração caus estresse. Um caminhão encostou em frente à casa do Darley, uma região normalmente calma, na Vila A e isso foi o suficiente para a madame gata, a Paquinha, fugir. Quem souber onde ela está, ou puder contribuir com alguma informação, favor avisar ao celular 99938-1366. A família GDia agradece. Paquinha é muito querida por todos e conhecida dos leitores também.