Gleisi comemora retorno de programas para proteção às mulheres da fronteira
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, destacou o retorno dos programas especiais para proteção às mulheres da fronteira. Em conversa com imprensa durante o 1º Encontro de Integração de Mulheres Latino-Americanas, ela comentou sobre a retomada do trabalho que a Itaipu já tinha com a gestão passada do Jorge Samek, em fazer uma política de liberdade de gênero e de combate à violência contra a mulher. A parlamentar também saldou o trabalho da Prefeitura de Foz do Iguaçu e da empresa binacional, com a nova gestão do diretor-geral brasileiro, Enio Verri.
Participaram da coletiva as ministras Cida Gonçalves (Mulher) e Esther Dweck (Gestão e Inovação), o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri; a secretária estadual da Mulher e Igualdade Racial, Leandre dal Ponte e a secretária municipal de Direitos Humanos e Relações com a Comunidade, Rosa Maria Jeronymo. Gleisi lembrou da parceria inclusive com a entidade que existia aqui e que foi feito um trabalho com as mulheres do Paraguai também.
“A fronteira é uma das regiões que tem o maior índice de violência contra a mulher do Paraná. Quando a gente conversou com a ministra Cida o conselho da bancada do Paraná, dissemos que aqui em Foz seria um dos locais prioritários para ter uma Casa da Mulher Brasileira”, ressaltou. A deputada afirmou que, a casa das mulheres brasileiras em Foz do Iguaçu, pode-se dizer que é casa da mulher binacional, trinacional.
“Porque acho que temos que fazer um trabalho conjunto, para poder realmente enfrentar a violência que a gente tem, que é a violência física, política, tráfico, enfim, é muito séria a questão aqui”, afirmou. Na avaliação de Gleisi, a vinda da ministra Cida ao município, mostra a disposição dela e com a disposição da Itaipu, o diretor-geral Enio que tem sido muito solícito em assinar o convênio e dar condições junto com a prefeitura para fazer a casa, “é um avanço muito grande”, disse.
Compromisso
Gleisi afirmou recordar que, durante a campanha do presidente Lula (PR), ele fez esse compromisso, de que esse enfrentamento a violência contra a mulher na fronteira seria prioridade em seu governo. “Também da Itaipu, se ele ganhasse as eleições. Acho que está fazendo exatamente essa devolutiva”, comentou. Com o aparelho de proteção à mulher construído no Brasil, na gestão anterior havia também a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que foi extinta com uma série de outros ministérios.
“Agora, o presidente Lula criou novamente o Ministério da Mulher, esta se recriando os programas que havia parado e a gente teve uma apologia à violência. Acho que isso tem que deixar claro, contribuiu muito para que aumentasse a violência contra a mulher não só aqui, no Brasil inteiro”, afirmou. Para a parlamentar, o período desenvolver uma “patologia da violência. As próprias falas do ex-presidente da República, como tratava as mulheres, de armamento que tivemos no Brasil”.
“Hoje temos mais CACS, mais registros de arma para pessoas individuais que os efetivos da PM no Brasil inteiro. Isso é uma loucura. Então aumentou o feminicídio inclusive com armas de fogo. Isso é uma coisa que temos que enfrentar, o presidente Lula está fazendo um esforço agora, exatamente para mudar essa situação a gente tem que restringir o armamento das pessoas que não sabem usar isso, que contribui muito para a violência contra a mulher”, concluiu.
- Da Redação