No Bico do Corvo

Mais uma confusão

Ainda com os joelhos ralados depois da discussão sobre o Passe Livre/Estarfi, prefeito e presidente da Câmara voltaram a se unhar por conta das propostas de ajustes no ITBI, imposto de transmissão de bens imóveis.

 

Primeiro a Câmara

No duelo, em pleno Sol, nas badaladas do meio dia, como houvesse bolas de feno atravessando a rua, o presidente da Câmara sacou primeiro: assim que o projeto chegou, saiu uma “nota de repúdio” à proposta. Quem leu, sentiu uma ponta de “pessoalidade” do presidente e o disparo irritou o Executivo. “Isso é uma provocação”, disse um assessor direto do Prefeito.

 

Raspou

A bala ainda estava zunindo e Chico se viu na obrigação de “mandar ver” e sacar, postando uma quase “reclamação” para se defender da “nota de repúdio” do Legislativo; chumbo trocado literalmente e que doeu. O prefeito precisou usar o arsenal técnico para explicar que a coisa não era bem assim e nem assado e que não passava de um ajuste.

 

Os duelos

Chico, Morales e a fauna política precisa aprender que esses arranca-rabos chamam a atenção, mas no contexto atual, na rebordosa institucional, pode acabar mais prejudicando que outra coisa. Há indicadores muito precisos sobre a necessidade de harmonia entre poderes, do contrário tudo vai para os quiabos. A população não está lá muito interessada em briguinhas e troca recorrente de farpas.

 

Contra-ofensiva

O que era para ser um simples duelo, acabou se tornando quase uma declaração de guerra, com o uso de uma arma poderosa: a distribuição de números de “zap-zap”. Segundo uma fonte que habita as cercanias da pastelaria, quase em frente à Câmara, alguns representantes do setor imobiliário começaram a dar voltas no quarteirão. Em tese, eles seriam os mais afetados pelos tais “ajustes” e alguns vereadores já teriam recebido mensagens do tipo: “não vota contra a gente porque ano que vem tem eleição”. Com a ação, os setores interessados e, abarcados, esperam barrar o projeto.

 

Prática comum

Acontece que o ato de fazer pressão, usando mensagens e redes sociais virou uma prática comum nos últimos tempos. Isso tira o sono de alguns parlamentares. “A gente mal consegue analisar tecnicamente os projetos e já desaba uma chuva de mensagens”, desabafou um vereador, desconfortável com a estratégia.

 

Coitados dos assessores

Segundo consta, há vereadores trocando até o número do celular, passando o antigo para os assessores. É uma maneira de se aliviar da pressão. O macete anda confundindo muita gente, pois alguns assessores deram de responder as mensagens como fossem o parlamentar e imagina a encrenca? “Poxa, você foi responder isso… tá louco? Isso não é o que eu falaria para essa pessoa…”. Desabafos assim se tornaram recorrentes, até nos corredores do Legislativo.

 

A volta do telefone corporativo

Uma solução, inclusive para preservar a vida pessoal e familiar dos vereadores e assessores, é a volta dos telefones corporativos, como existiam antigamente. De certa forma isso poderia garantir um número de fácil acesso à população, apenas em horário comercial. Há quem tome umas e outras e dá de ligar para o vereador na madrugada, ou em horários inconvenientes. Depois que inventaram o celular a vida se transformou em inferno para muitos políticos, especialmente os que não sabem dizer “não” quando alguém pede o número do celular.

 

Visita ilustre

O vereador Kalito fez uma visita ao ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi, postando inclusive foto em suas redes sociais. Ele agradece o “papo”. Na verdade, o escritório do Paulo, que fica na Rua Xavier da Silva, é um ponto de encontro aos que adoram falar de política e relembrar os “áureos” períodos em que o engenheiro esteve no poder.

 

Endereço histórico

O local, bem como as suas adjacências sempre foi muito movimento nas últimas décadas, sobretudo em períodos eleitorais. Na mesma rua onde está a sala de Mac Donald, em sua construtora, havia em frente, o diretório do PDT. Na esquina oposta, funcionava a sede do antigo PMDB. Durante muito tempo as duas siglas rivalizavam e quando organizavam reuniões nas mesmas tardes, era um tal de traíras indo e vindo, e pessoas seguindo, para saber o que fariam em terreno “inimigo”. Havia também os que davam a volta no quarteirão, tentando despistar. O fato é que muitas decisões importantes aconteceram naquele trecho.

 

Paulo adora

Se há uma coisa que o Mac adora é receber a visita de políticos e pessoas influentes. Segundo uma informação reservada, antes de alguma figura aparecer, ele pede para ligarem para os advogados e perguntarem se pode fechar acordo, esperando ouvir que haverá a possibilidade de ser candidato. O escritório jurídico mandou até gravar uma mensagem, disparada assim que ele liga.

 

Vai ou não vai…

Parece que na eleição do ano que vem, não vai colar espalharem que o Paulo Mac “está impedido” e diante disso, é provável que seja candidato. Disseram que ele poderia inclusive pedir a mudança nas certidões eletrônicas, pois haveria cumprido o prazo determinado pelo T.R.E. Ele deixa como está, de propósito, para “enganar a torcida”. Há uma porcentagem muito grande e favorável para o Paulo ser candidato.

 

E o partido?

Parece que não anda lá muito confortável no “Podemos”; o Corvo ouviu dizer que estuda a viabilidade de retornar ao PDT ou outra sigla que ele guarda à sete chaves. No rol das “desculpas” o PDT é mais interessante; não precisará ficar gastando tempo com explicações, bastaria dizer que ficou com saudades. O PDT fica muito próximo do PT, o que lhe é conveniente caso se eleja. Prefeito de cidade como Foz, sem ligação com governo federal é passarinho sem asa.

 

Muitos amigos

Paulo, em verdade, faz bico ao analisar o governo de Jair Bolsonaro, e, em campanha, apoiando alguns aliados, precisou subir no mesmo palanque. Acontece que ao longo dos oito anos em que foi prefeito, o governo era de Lula, logo, ele vivia em Brasília passando o chapéu e fez muitos amigos por lá, inclusive Fernando Haddad, com quem manteria boas relações até os tempos atuais. Não faz muitos dias, Haddad teria ligado para o Paulo, ao visitar Foz.

 

Ajoelhar e rezar

Alguém contou para o Corvo que há uma boa relação entre Paulo Mac e a deputada Gleisi Hoffmann e isso pode pavimentar o nome do ex-prefeito, caso o PT não consiga alguém em condições de enfrentar o candidato apoiado por Chico Brasileiro. Paulo precisará usar toda a sua astúcia para conversar com a esquerda, centro e trazer consigo nomes expressivos como os deputados Vermelho pai e Matheus filho. Em outra frente, como sabemos, marcha o General Silva e Luna, com um exército de apoiadores. O nome dele está se espalhando em várias localidades.

 

Não será fácil

Quem conhece bem de política jamais poderá dizer que a eleição do ano que vem será “mel na chupeta” de algum candidato. Isso, por enquanto é impossível de se prever. Devemos tem em mente, que se as coisas andarem nos trilhos, teremos Paulo Mac, o General Silva e Luna e no máximo mais um ou dois candidatos peneirando votos. O setor político deve se afunilar e salvem-se os que puderem.

 

Chico e Paulo

Alguém contou para o Corvo que os dois andam conversando. Não dá para duvidar, afinal de contas ambos são políticos espertos e viveram longos anos na mesma trincheira, lutando contra adversários poderosos. Hoje o cenário anda bem diferente, porque há novas forças políticas e a maioria de olho no terreno, vendo como ele se comporta. Vermelho, Matheus, Giacobo, Luciano Alves, são os que possuem mandatos e influem muito na opinião pública, mas há outros que exercem poder emergente e aí, amigos, o Corvo não quer queimar o bico e prefere aguardar um tempinho.

 

Chico e Matheus

O prefeito de Foz foi até a Assembleia Legislativa e visitou o deputado Matheus Vermelho, o que seria uma surpresa para muita gente. O Corvo descobriu que a conversa foi muito boa e proveitosa para a cidade, independentemente o lado e as convicções políticas de cada um. Não deu para saber muito dos detalhes da conversa, isso aparecerá nos noticiários, mas um passarinho piou que em algum lugar, falaram um pouco sobre os bastidores da política, mas sem grandes revelações ou que mereçam atenção destacada. Tudo anda morno no setor, além do mais Chico tem se equilibrado na corda-bamba quando o assunto é a sucessão. Uma característica dele. A vida de equilibrista, rumo ao final de mandato e sem definir sucessor exige certa concentração e muitos, muitos segredos. Bom, não demora saberemos de todos.

 

Na capoeira

Mudando de assunto, deixando os rabos-de-arraia da polpitica de lado, é uma enorme satisfação informar que o Mestre Ary, representou Foz do Iguaçu na cidade de Pato Branco. O evento de Capoeira, além de troca de graduação, também homenageou o mestre Bugre pelos 50 anos. Aqui vai uma abraço aos amigo!

 

 

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