Série de eventos em Foz do Iguaçu movimentam comércio de Ciudad del Este

Uma sequência de eventos nesta semana em Foz do Iguaçu, aliados a queda do Dólar frente ao Real, garantiu movimento forte no comércio de Ciudad del Este, no Paraguai. O segmento, que depende diretamente da presença de turistas do lado brasileiro da fronteira, passou duas semanas de baixa após o feriado de Corpus Christi. Empresários cobram das autoridades locais mais reforço na segurança dos comunistas.

A promoção de eventos de pequeno, médio e grande porte é essencial para movimentar a economia de Foz do Iguaçu e da região, na sazonalidade (períodos de baixa) do turismo, afirma o prefeito Chico Brasileiro (PSD). “Além da presença dos participantes de congressos, conferências, fóruns e atividades esportivas em nível estadual, nacional e internacional, nosso destino também recebe os parentes deles”, ressaltou.

A sequência de eventos teve início nos últimos dias da semana passada com o XVII Congresso Sul-Brasileiro de Oftalmologia, de 22 a 24 de junho no Bourbon Cataratas, o Arraiá Flores Bela de 24 a 25 no Centro de Convenções e o Arraiá do Pé, de 24 a 25 no Sonora Music Park. Esta semana começou com o Congresso de Educação UCB 2023 – Vida e propósito, de 25 a 27 no Rafain Palace Hotel & Convention e fecha com o Sicredi – Summit Governança 2023, do dia 27 até ontem (29) no Mabu Thermas.

 

Visibilidade

A forte presença de brasileiros em Ciudad del Este ganhou destaque na imprensa do Paraguai. “O movimento dos compradores começou muito cedo e durou toda a manhã e parte da tarde”, destacou o jornal La Clave, lembrando que aptos duas semanas quase sem atividades, as ruas do centro comercial foram tomadas por um número significativo de turistas compradores que cruzaram a fronteira bem cedo pela Ponte internacional da Amizade.

Embora o movimento não tenha sido uniforme em todos os setores, é extremamente saudável para a economia de uma cidade que depende 100% da atividade comercial, lembra a reportagem, destacando que o último pico de vendas ocorreu nos dias do feriado prolongado de Corpus Christi, em 8 de junho. “Se não há venda no microcentro, isso se faz sentir imediatamente nas copas e supermercados distribuídos nos diferentes bairros, então o efeito transbordamento se faz sentir”, lembra o jornal.

“Não é o mesmo movimento que tivemos no feriado prolongado de Corpus Christi, mas depois de quase duas semanas parado, esta quarta-feira foi muito agradável. Entendemos que esse movimento não atingiu todo o microcentro, mas é bom. Não é segredo que quando as coisas não estão bem no centro, também se sente nos bairros”, disse Israel Martínez, dono de uma loja de celulares localizada na galeria Jebai.

Segundo o comerciante, o sistema de negociação mudou muito com as mídias sociais e o acesso à internet. Foi-se o tempo em que os compradores vinham visitar a cidade para pedir ou buscar determinado produto. Hoje toda a informação está na internet. “Antes os turistas iam e vinham, agora vêm logo atrás do produto que procuravam, já têm os preços em mãos; aliás, todas as lojas da cidade hoje têm site próprio e rede social e isso impacta muito”, disse.

 

Segurança

Martínez destacou que seria muito positivo que os turistas levassem mais tempo para explorar Ciudad del Este, mas para que isso aconteça é preciso trabalhar a questão da segurança. “Há assaltos, roubos debaixo do nariz da Polícia e ninguém faz nada. Vejo que estão pedindo mais segurança, mas nada acontece, então os brasileiros procuram ficar o mínimo possível na cidade e isso significa menos gastos”.

O empresário acrescentou que, além da segurança, também devem ser feitos trabalhos de limpeza e embelezamento do microcentro, onde todos os setores devem estar envolvidos. “As ruas têm que ser consertadas, vejo que agora estamos avançando nisso, mas o problema agora é a ESSAP que depois de um tempo vem quebrar o asfalto novo para consertar os canos antigos. Ou seja, saímos de um e entramos em outro”.

A limpeza, garante, é da responsabilidade de todos, ou seja, proprietários de galerias, lojas e trabalhadores da via pública. “As pessoas cortam para o mais rápido e jogam toda a responsabilidade para a Câmara Municipal, que a tem, mas não se pode fazer milagre numa zona onde estamos todos uns em cima dos outros, com ruas permanentemente saturadas de viaturas; Então, cada um tem que fazer a sua parte para pelo menos não jogar lixo na rua”, concluiu Martínez.

Em relação à segurança, mais uma vez, a Câmara de Comércio e Serviços de Ciudad del Este (CCYSCDE), solicitou a intervenção do Governo federal, através do Ministério do Interior para que a situação possa ser analisada a partir do Comando de Insegurança da Polícia Nacional que já se arrasta há algum tempo no shopping. A expectativa é que, assim que assumir o novo governo, algo possa mudar.

 

  • Da Redação / Foto: Jornal La Clave

 

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