No Bico do Corvo

Complicação

É abrir um jornal de circulação nacional e ver a enxurrada de acusações contra o ex-presidente Bolsonaro. Acontece com ele o mesmo que ocorreu com Lula, no auge das operações contra supostos atos de corrupção. “Uso do Estado” é o que mais pesa contra o “regime bolsonarista”. Quem aponta isso é a CGU, em contrariedades cometidas em processo eleitoral. É uma complicação para o ex-presidente. As acusações tentam laçar ele e a ex-primeira-dama, como forma de impedir que concorram à cargos eletivos, em qualquer esfera.

 

Opções

Sabendo dessas possibilidades, ou seja, de Bolsonaro e a mulher serem alijados de concorrerem a vagas eleitorais, alguns nomes crescem muito para o embate em 2026, com é o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. “A eleição foi ontem e já estão falando em disputa presidencial?”, questionarão os leitores; mas é isso mesmo o que acontece, a política é mais ou menos igual ao Carnaval, o povo começa a pensar no próximo desfile já na quarta-feira de cinzas.

 

E a terrinha?

Em Foz a ebulição começou faz tempo e pode faltar água para a fervência de alguns candidatos. Vão acabar queimando o fundo da chaleira. Quem começa a se articular muito cedo corre risco de cansar a beleza dos apoiadores e ser passado para trás. Isso acontece com aqueles “eternos” postulantes a qualquer coisa, o tempo todo. Algumas pessoas precisam se tocar que o tempo passa e as coisas mudam. Este colunista não quer causar desânimo, mas os antigos devem, em algum momento, passar o bastão aos mais jovens. A vida nos ensina isso. Não existe perpetuação de poder.

 

Segundo turno

A batalha pela conquista do segundo turno está ganhando proporção inédita, e, necessitará uma certa paciência. Acontece que muita gente concorda, bate palminhas, elogia e coisa e tal, mas no fundo, tasca a lenha na iniciativa. E quem faz isso? Agem assim os que temem perder a boquinha ao longo do processo, sendo superados pelas novas propostas. Vamos fazer as contas: se há mais de 15 candidatos, apenas dois concorrerão ao posto de prefeito. Muita gente já sabe que ficará pelo caminho e diante disso, sabota o projeto. E quem trabalha contra isso sabe que está prejudicando a cidade, a começar pelos repasses de verbas. Cidades com segundo turno possuem um patamar diferenciado.

 

Quanto falta?

Não é difícil saber quantos votos ainda seriam necessários para atingir o coeficiente de 200 mil eleitores. Uns dizem que faltam menos de dois mil, nas há quem garanta que é preciso bem mais. Acontece que a Justiça Eleitoral faz uma análise e deduz uma certa quantidade de eleitores, porque pessoas morrem, se mudam da cidade ou simplesmente estão impossibilitadas legalmente de comparecer às urnas. Esse apanhado, ou faxina no cadastro de eleitores é um tanto imprevisível, mas a média na redução é e, torno de 3 mil eleitores. Mas é preciso avaliar isso bem, porque enquanto há essa baixa, muitos jovens optam pelo título e pessoas que se mudam para Foz se domiciliam eleitoralmente. Há quem garanta que passa efetivar a existência do “Segundo Turno”, é preciso cadastrar 210 mil eleitores, no mínimo, para manter uma margem de segurança.

 

Perto dos 200 mil

Num dos últimos levantamentos, Foz teria 197.859 eleitores. O Corvo está avaliando a possibilidade de realizar uma “contagem regressiva”, do tipo: “faltam 2.141 votos para Foz disputar as eleições no segundo turno!”. Mas para isso acontecer mesmo, com boa margem de segurança, o ideal seria somar uns 8 mil votinhos nessa conta. E olha, não está nada difícil conseguir a façanha. Basta conscientizar os jovens e incentivar os novos moradores.

 

Ballet badalado

Cerca de 500 pessoas prestigiaram a apresentação do Ballet do Teatro Guaíra, neste domingo, em Foz. Foi um desfile de celebridades culturais e também de políticos. O Diretor da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, nominou algumas pessoas, mas outras não e é claro, isso causou desconforto. Mas pensa, são tantos os candidatos que surgem em Foz, que se precisaria bola de crista para adivinhar. Considerando a situação, poderia haver mais candidatos até, do que plateia.

 

Sem o balé

E a politicagem era tanta, que muitas pessoas não conseguiram prestar a atenção no desempenho dos bailarinos. “Puxa vida, vim aqui para prestigiar o evento cultural e não aturar aperto de mão e papo furado de candidato”, disse uma mulher, al alto tom. Mas ela que se conforme, daqui em diante isso acontecerá até no “escurinho do cinema”.

 

Prefeitável ou prefeiturável?

Corvo, você escreve essas duas palavras correntemente. Mas qual é a correta? Sabemos que ambas levam ao mesmo destino, ou seja, as urnas, sendo que umas nem passarão perto do título, não é verdade?

Maria L. G. S. Pinto

 

O Corvo responde: diz o vernáculo, ou o oráculo que há dentro dele, que “prefeitável” é o candidato ao posto de prefeito e “prefeiturável” é alguém que concorre a uma das vagas que há na estrutura administrativa de uma cidade, ou na prefeitura. Mas quando o assunto é eleições, pode-se utilizar os dois termos. O primeiro é o mais seguro.  

 

Bobato na ativa

Dentre os “prefeitáveis”, o secretário Nilton Bobato foi um dos que apareceu na apresentação de balé. Ele possui uma certa influência histórica no movimento cultural, e, por isso, fez questão de prestigiar o evento. Nos bastidores, Bobato se mostrou animado e disposto em fazer campanha.

 

Falando no Bobato

Tudo indica que ele quer mesmo ser candidato a Prefeito, o que falta é escolher de vez o partido em que vai se filiar. Ele pediu desfiliação do MDB e há quem insista em dizer o PT está na mira. O problema é que lá no PT não existe isso de “ser escolhido” pelo candidato, mas de “escolher” quem de fato representará o partido. Para conseguir a vaga é preciso construir unanimidade, e, saber se mover no vespeiro da sigla. É coisa difícil e que requer muito jogo de cintura. Há quem diga que o Bobato pensa na prefeitura, mas pode tentar também a Câmara, onde o caminho é bem mais fácil se é para falar em PT. Mesmo assim a fila é grande.

 

Teatro Municipal

No fim, a apresentação do balé ficou com um gostinho de “cade o Teatro Municipal?”, principalmente porque aconteceu no Cine Barrageiros, em Itaipu, de muito difícil acesso para o público externo. Falar nisso, há muitas discussões sobre a demanda, em se construir um teatro, uma vez que vários espaços estão praticamente sem atividades. Possivelmente faltam atividades teatrais, por meio de grupos e não espaço para que sejam realizadas. Existe o Teatro Barracão, uma sala muito boa no Colégio Estadual Monsenhor Guilherme e uma porção de auditórios em condições de abrigar produções.

 

Lá vem a Fartal 2023

A prefeitura de Foz do Iguaçu já começou a organização da 44ª Feira de Artesanato e Alimentos (Fartal 2023). O bode na sala é o sucesso da FESPOP. Com certeza, as comparações irão acontecer e um leitor já bradou “pobre da Fartal”. Que bobagem, a Fartal é ótima, independentemente de onde acontece. O iguaçuense precisa dar valor ao que é seu.

 

Cadê o mercado?

Segundo disseram a este Corvo, o povo deu de fazer esse questionamento ao diretor-geral de Itaipu, toda a vez que ele surge em evento público. Aliás, muita gente também pergunta: “cadê a Perimetral”? Mas voltando ao mercado, aparentemente com as obras concluídas, o que falta parece ser o modelo de escolher os ocupantes. Os candidatos fiquem atentos, porque espalharam um boato que será dureza realizar um rateio de consumo de energia elétrica, em razão dos equipamentos escolhidos. Diante disso, o empreendimento pode receber painéis solares em todo o teto, o que solucionaria o problema. Bom, só faltava Itaipu construir o mercado e não solucionar o problema da energia? É só puxar um rabicho.

 

Fogos na madrugada

Corvo, moro no Jardim Brasília e foi complicado a madrugada desta segunda-feira, por causa do foguetório. A cachorrada enlouqueceu lá em casa. Isso não estava proibido? O que será, leva alguém estourar fogos na madrugada? Decerto é traficante avisando a freguesia, não acha?

F.B.S.B (O leitor pediu para não ter o nome revelado).

O Corvo responde: prezado, certamente o foguetório aconteceu do outro lado do Rio Paraná, pois ontem foi a comemoração da Independência do Paraguai e muita gente festeja assim. Fogos do lado brasileiro, só sem estampido, o que é algo bem difícil de se concretizar. Nos aproximamos das Festas Juninas e pelo visto, sem rojões. O tempo passa e as coisas mudam. É proibido soltar balão, rojão e está cada vez mais difícil organizar uma quadrilha! O Corvo explica: num passado recente alguém ligou para a PM para se queixar que uma “quadrilha” estava incomodando no bairro. Por questões de interpretação, o BOPE chegou pesado na festinha de um colégio. Com o clima de segurança tenso, vão acabar mudando o nome das danças juninas.  

 

Debate fatídico

A Uniamerica promoveu um debate sobre o PL das Fake news e levou dois vereadores, Adnan e Cassol; participou também o muito conhecido advogado Joel de Lima. Tudo ia bem até abrirem o debate para o tema “liberdade de expressão”; aí a coisa pegou fogo. Há quem realmente não conheça a palavra “liberdade” e muito menos, o significado de “expressão”.

 

Mapa

Corvo recebeu mensagens de algumas pessoas interessadas no mapa da BR-277 (Publicado sábado); as letras estavam bem pequenas e nem com lupa conseguiram identificar os trechos duplicados. Acontece que o original estava mesmo ruim. Mas é simples: a estrada é duplicada entre Paranaguá, Curitiba, até Ponta Grossa; depois há trechos duplicados em cidades como Guarapuava e Cascavel e por fim, duas pistas de Matelândia até Foz. Ao longo do percurso existem várias terceiras faixas, mas longe de agradarem aos motoristas. O que o povo quer, é a promessa do Ratinho Jr. de duplicar a estrada de ponta a ponta.

 

No Brasil e no mundo

Pessoas ainda são presas e processadas por “reconhecimento fotográfico”. Olha o perigo, a começar por algumas façanhas construídas por inteligência artificial. Chega a dar um arrepio saber que um trabalhador passou anos na prisão por simplesmente não conseguir provar que não era o bandido da foto. E agora? Não haverá punição para a imperícia, o relaxo e a displicência das autoridades?

 

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