Forças de segurança destroem 15 portos clandestinos em operação no Lago de Itaipu

Forças de Segurança que atuam no Oeste destruíram 15 portos clandestinos em duas operações realizadas no Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai. Uma das ações ocorreu na última semana, na região de Guaíra, e envolveu equipes da Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar.

Guaíra, assim como Foz do Iguaçu, integra uma das muitas rotas usadas por contrabandistas e traficantes para a passagem de ilícitos do Paraguai para o Brasil. Em dois dias de operação, 12 pontos que serviam para atracar embarcações e esconder mercadorias foram eliminados.

Os espaços foram identificados após um cuidadoso mapeamento realizado pelas equipes de Inteligência das unidades de segurança, em especial o Batalhão de Fronteira (BPFron). Explosivos e tratores foram usados para acabar com os portos e dificultar a ação dos criminosos.

A operação foi preparada com bastante estudo. As bombas foram instaladas em buracos na terra e acionadas por fogo, sem risco no transporte e armazenamento. Este tipo de explosivo cria crateras nas trilhas, o que impede a passagem de veículos, usados com frequência para o transporte de drogas, armas, munições, cigarros e outros produtos estrangeiros.

A segunda ação ocorreu nesse final de semana, em Santa Helena, região onde equipes da PF e BPFron de Foz realizam operações com frequência. Três portos clandestinos foram destruídos neste trabalho, que assim como o anterior integra a nona edição da Operação Importunus. Na mesma localidade foram recolhidos 200 quilos de maconha.

De acordo com a Polícia Federal, as estruturas contemplavam áreas para atracação de embarcações e depósito de mercadorias. Também possuíam ligações com estradas vicinais utilizadas para o escoamento do material ilegal vindo do Paraguai. Nesta ação foram utilizados tratores para acabar com as passagens ilegais.

“Este trabalho é mais uma forma de combate à criminalidade na região de fronteira, dificultando o transporte de material ilícito e sua entrada no país. Além disso, demonstra o compromisso e a presença das forças de segurança na região dos municípios lindeiros”, destacou a PF.

Ainda conforme a polícia, a operação também tem como foco a proteção do meio ambiente, já que a construção de portos clandestinos e abertura de vias de acesso no Lago de Itaipu resultam em desmatamento, poluição por despejo de lixo e resíduos, além de possível contaminação da área pelo despejo de óleo mineral, combustível e agrotóxicos.

Monitoramento

O trabalho das forças de segurança é árduo na região de fronteira. Para se ter uma ideia, agentes da PF e BPFron se revezam diariamente para patrulhar uma extensão de 1.500 quilômetros de margem no Lago de Itaipu, entre Foz e Guaíra, na tentativa de combate a criminalidade.

O trabalho precisa ser constante, já que as quadrilhas não desistem. Mesmo após a destruição de portos clandestinos, muitos espaços voltam a ser abertos pelos criminosos. Nesta última edição da Operação Importunus, por exemplo, a polícia identificou a reabertura de um local que já havia sido fechado no ano passado.

“A gente destruiu essa rota clandestina no ano passado. Aí eles abriram bem do lado fazendo um desvio, e esse ano a gente destruiu novamente. O trabalho é esse aí, monitorar a movimentação, a logística e restringir o acesso” explicou o chefe do Núcleo Especial de Polícia Marítima da PF (Nepom), Cristiano Garolofo.

Outras etapas desta operação estão sendo planejadas e serão realizadas ainda neste ano, visando inibir cada vez mais a atuação de criminosos no Lago de Itaipu.

 

  • Da redação / Foto: divulgação PF

 

 

 

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