Foz registra aumento do número de casos de Chikungunya
Centro de Controle de Zoonoses segue com estratégias para capturar mosquitos transmissores da doença em diversas regiões da cidade, além dos mutirões em áreas com maior índice de contaminação
A Secretaria da Saúde de Foz do Iguaçu está acompanhando com atenção o aumento do número de casos de Chikungunya na cidade. São 212 pacientes já confirmados em 430 notificações – o maior índice já registrado. Até o momento, não há óbitos causados pela doença.
Desses 212, 154 casos são de pessoas não residentes em Foz e 58 residentes. Os dados foram apresentados em reunião do Comitê de Combate à Dengue nesta quarta-feira (29). As equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) estabeleceram novas estratégias para conter o mosquito transmissor.
Foram instaladas armadilhas em residências para que os agentes de endemias pudessem delimitar os locais com maior incidência da doença. Ao todo, cerca de 130 armadilhas foram vistoriadas e em 39 foram encontrados vetores da Chikungunya.
“São ações diárias que os agentes desenvolvem na cidade. São milhares de imóveis vistoriados para que consigamos eliminar o maior número possível de focos e entender como o mosquito está se desenvolvendo. Somente por meio deste estudo será possível seguir atualizando as estratégias de combate”, disse a supervisora técnica do CCZ, Renata Defante Lopes.
Atendimentos para os casos de dengue
A dengue permanece como a principal doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. São quase 22 mil notificações durante o ano epidemiológico 22/23, com cerca de 1.500 casos confirmados e quatro óbitos.
Conforme apontou o diretor da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, o total de notificações sofreu uma diminuição de 44% na última semana epidemiológica. Entretanto, o sinal ainda é de alerta para os dados que serão incluídos no próximo boletim semanal sobre a doença. “A redução da curva mostra que as políticas de combate estão surtindo efeito, porém, não podemos desacelerar o trabalho que está sendo exercido”, frisou.
A secretária da Saúde, Rose Meri da Rosa, ressaltou o papel dos equipamentos de saúde para acolher os pacientes que apresentaram sintomas da doença. Ela reforça que os cidadãos devem sempre iniciar o atendimento em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para desafogar as filas de espera nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
De acordo com o novo fluxo estabelecido pela pasta, as UBS poderão realizar os atendimentos com pacientes diagnosticados com dengue tipo A e B – considerados quadros mais leves da doença.
“Todas as UBS estão prontas para receber os pacientes que não apresentam quadros graves da doença. Os profissionais farão todo o acompanhamento necessário e, caso seja preciso, irão solicitar a transferência. Essa porta de entrada garante um atendimento ágil aos que precisam”, explicou.
“Começamos todo esse planejamento ainda no início do ano epidemiológico. Sabemos que é um trabalho que demanda o esforço de muitas áreas, por este motivo a toda a gestão está empenhada em contribuir de todas as formas essa missão. Buscamos parcerias, cedemos o nosso pessoal e estamos diariamente na rua para exterminar o mosquito”, garantiu o coordenador do Comitê e secretário de Segurança Pública, tenente-coronel Marcos Antonio Jahnke.
- AMN / Foto: PMFI